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1097 Words
[...] Já faz muito tempo que eu não sei o que é uma refeição digna ou o que é banho, não sei onde estou, que dia é ou até em que mês estamos, não ouvi e ninguém me informou sobre o paradeiro de Alice. A cada dia que passo aqui aumenta mais a minha angustia eu só quero saber onde esta minha menina, o que estão fazendo com ela. - Hora da refeição. - Escuto a porta sendo aberta e o mesmo homem que sempre vem se ajoelhar e colocar uma bandeja de sopa na minha frente. - Eu não quero isso. - Falo com a voz baixa e rouca, chutando a bandeja. - Você precisa se alimentar garota. - A única coisa que eu preciso é da minha filha. - Ela esta em boas mãos, fica calma o chefão disse ... - Eu quero que o '' chefão '' vai à m***a, eu não vou comer até ver minha filha. - Ele balança a cabeça em sinal de desagrado e sai do quarto sem dizer nada. Minutos, conforme as horas passam e a porta é aberta novamente. - Conseguiu o que queria princesa, levanta. - Tento levantar mais estou muito fraca para isso, ele me ajuda a me levantar e me carrega por um extenso corredor entramos em um pequeno quarto bem decorado. - Fique aqui !!. Obedeço e espero ele sair para investigar o quarto, ele é pequeno mais aconchegante suas paredes tem um tom rosa baby e um pequeno armário, uma cama box e um berço das cores brancas, uma porta que se encontra o banheiro. - Maria Jhúlia? - Olho em direção da voz e vejo uma senhora de cabelos grisalhos. - Sim? - Estou aqui para te ajudar a se arrumar. - Eu já disse quero ver minha filha. - Elevo meu tom de voz. - Como eu estou aqui para ajudar a senhorita a se arrumar, só estou recebendo ordens. Reviro os olhos. - Então me diga, o que queres fazer em mim? [...] - Pronto. Estou vestida com um shorts e uma regata simples, ela penteia meus cabelos escuros e prende em um r**o de cavalo. — Agora sim, posso ver minha filha? — Olho para ela através do espelho Ela balança a cabeça positivamente e sai do quarto alguns minutos depois o mesmo homem que me trouxe me leva pelo corredor e descemos alguns escadas, logo depois seguimos por outro corredor e ele abre a segunda porta. Vejo que o cômodo é bem grande e me parece uma sala de estar já que tem um sofá e uma enorme TV ao lado do sofá, uma mesinha com um abajur em cima e um vaso de flor. — Sente-se. — Ele apenas fala isso e sai do cômodo. De inicio nada acontece ninguém aparece e eu posso escutar meu coração palpitando, quando de repente a TV é ligada em um canal de noticias 24horas. — Ela é louca, depois da morte da irmã ela ficou completamente transtornada, ela veio até minha casa me insultou e pegou minha filha de mim, eu juro que tentei conter ela mas ela estava fora de si, ela pegou Alice do meu colo e me empurrou escada abaixo,quando eu acordei já era tarde demais ela tinha levado tudo. — O que o Caio esta fazendo ? — E depois disso o que o Senhor fez ? — A jovem jornalista pergunta. — Eu fiz o que qualquer um faria, liguei para a policia e informei que haviam sequestrado minha filha...sabe eu também sinto falta da Beatrice e sei o quão importante Alice é em nossas vidas... Mas Maria Jhúlia chegou no limite ela queria a vida da irmã. — Pode explicar melhor ? — Ela começou com pequenas coisas, roupas ou alguns artefatos da irmã depois o trabalho e assim por diante Maria Jhúlia queria se tornar Beatrice a família dela me avisou mais quando fui era tarde demais ela acha que Alice minha pequena Alice é filha dela, ela esta transtornada. — Você quer deixar algum recado para ela ? — Ele concorda com a cabeça e encara a câmera. — Maria Jhúlia se você esta assistindo a esse noticiário por favor me devolve minha filha eu estou a dias atrás dela, Por favor eu só quero ter uma vida normal.  — E assim dá encerrado o noticiário, jogo o abajur contra a TV fazendo com que os dois se quebrem. — É TUDO MENTIRA !!!! — Grito para a TV. — Não deveria quebrar as coisas dos outros. — Acabo levando um susto quando escuto uma voz rouca atrás de mim. Um homem esta sentando em uma poltrona que antes eu não havia reparado ele esta sentando tranquilamente enquanto fuma um charuto, seu terno azul parece ser importado e seus sapatos com certeza são italianos, seus cabelos perfeitamente arrumados e alinhados e seus olhos azuis que parecem ver minha alma me assusta. — Não me interessa de quem são essas coisa. — Essas coisas são do chefe da casa e você deveria se acalmar garota. — Olha aqui eu quero que o "chefe" vá a m***a eu to que se lasque, e eu tenho nome e nao vou me acalmar ate ver minha filha. — Acho que deveria se acalmar do mesmo jeito, como quer ver uma criança exaltada desse jeito, e pelo que consegui entender a criança não é sua "Maria Jhúlia". — Ele fala calmamente e saboreia meu nome. — Esse homem esta mentindo, Alice é minha filha eu que a criei e ela é minha, eu só quero sair dessa inferno. — OK essa criança pode ser possivelmente sua, mas não deveria chamar o lugar onde você esta sendo acolhida de inferno. — Ela é minha filha sim, e eu nao pedi para ninguém me acolher,eu sei me virar. — Deveria ter bons modos moça. — Voce e seu chefe deveriam ir a m***a e nunca mais voltarem, eu quero a minha filha. — Ele me observa atentamente se levanta e caminha lentamente ate mim. O cheiro de tabaco e mente invade meu nariz e tenho vontade de enterrar meu rosto em seu pescoço mais me controlo. — Deveria se informar com quem fala antes de ficar ofendendo as pessoas docinho. — Ele sopra a fumaça do charuto em minha cara, nesse exato momento um rapaz entra no comodo. - Chefe chefe achamos o cara. - Ele volta o olhar para o rapaz e fala em uma língua completamente diferente o rapaz concorda e sai sem dizer mais nada, ele volta seu olhar para mim. - Você vera sua filha. Então sai sem dizer mais nada. ^ ~ ^ ~ ^ ~ ^ ~ ^ ~ ^ ~ ^ ~ ^ ~ ^ ~ ^ ~ ^ ~ ^ ~ ^ ~ ^ ~
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