Eles nunca saberiam quem se moveu primeiro.
Talvez tenha sido o vento. Ou a raiva acumulada. Ou aquela coisa que vinha crescendo entre os dois desde o primeiro olhar. Mas, num instante, estavam frente a frente. No seguinte, os corpos colidiram como se o universo tivesse segurado a respiração.
Isabela sentiu o impacto antes mesmo de entender o que acontecia.
O peito de Kael era sólido, quente, firme como pedra viva. As mãos dele vieram rápidas, uma agarrando sua cintura, a outra subindo pelas costas, prendendo-a num aperto que não deixava espaço pra dúvida ou fuga. Não havia delicadeza. Havia urgência. Força. E um calor que queimava mais do que qualquer feitiço.
Ela ofegou. A respiração entrecortada.
Sempre imaginou que seu primeiro beijo seria com Henrique, no portão do colégio, com o
