Algo pesava sobre o peito de Isabela. Literalmente. Ela abriu os olhos devagar, a mente ainda presa a um sonho estranho, e deu de cara com dois olhos verdes — intensos, quase brilhantes. — Impulso… O gato a observava como se ela tivesse dormido demais. Pesado, esticado sobre o corpo dela, ronronava com satisfação. — Sai. Agora. De verdade. Tentou empurrá-lo. O gato nem se moveu. — Tá de brincadeira? — empurrou com mais força. Ele miou, preguiçoso… e brilhou. Foi um estalo de luz esverdeada, como faísca de pedra batendo contra ferro. Só por um segundo. Mas foi o bastante. Isabela congelou. O ronronar continuava, calmo. Como se nada tivesse acontecido. — Tudo bem. Ganhou. — Deitou de novo, olhando o teto. — Você brilha, eu explodo gente. O que mais falta nesse circo? Ficou alguns

