Com um esforço hercúleo, eu me forço a dar um passo para trás. Depois outro. Mas então, Tessa grita, seu gemido tão profundo que eu posso senti-lo na minha virilha.
Não consigo deixar de olhar enquanto Tessa monta em Chase, seus quadris ondulando em um ritmo hipnotizante. O luar lança um brilho prateado em sua pele, acentuando cada curva e mergulho de seu corpo. As mãos de Chase agarram sua cintura, guiando seus movimentos enquanto ela o cavalga com abandono.
"p***a, Tess," Chase geme, sua voz ecoando fracamente através do vidro. "Você vai me fazer gozar."
Tessa joga a cabeça para trás, expondo a linha elegante de sua garganta. O olhar de puro êxtase em seu rosto envia uma descarga de desejo direto através de mim. Sinto-me endurecendo, meu corpo respondendo traiçoeiramente à cena erótica diante de mim.
Isso é errado, eu acho, mesmo que eu permaneça paralisado no lugar. Eu não deveria estar assistindo isso.
Mas não consigo desviar o olhar. Meus olhos são atraídos para Cole enquanto ele se move atrás de Tessa, pressionando o peito contra as costas dela. A mão dele serpenteia ao redor da garganta dela, aplicando uma pressão suave. Os olhos de Tessa se fecham, seus lábios se separam em um gemido silencioso.
"É isso, baby", Cole murmura, seus quadris esfregando contra ela. "Solte para nós."
Observo, paralisada, enquanto a outra mão de Cole desliza entre as pernas de Tessa. Mesmo daqui, consigo ver como ela treme ao toque dele. A visão deles juntos, perdidos em prazer, é ao mesmo tempo agonizante e excitante.
Preciso ir embora, penso desesperadamente. Agora.
Mas ainda assim, não me movo.
Não consigo desviar os olhos enquanto os movimentos de Tessa se tornam mais frenéticos, sua respiração irregular. Ela está perto, eu posso dizer. A tensão em seu corpo, a maneira como ela arqueia as costas — tudo está crescendo.
Agarro o batente da porta, meus dedos ficando brancos. Estou dolorosamente duro agora, forçando contra minhas calças. A vontade de me tocar é quase irresistível.
Isso é loucura, eu acho, lutar para controlar minha respiração. Eu não deveria estar tão e******o. Eu não deveria estar aqui de jeito nenhum.
"Oh Deus", ela suspira, alto o suficiente para eu ouvir. "Eu vou—"
Suas palavras foram interrompidas por um grito agudo de prazer. Eu assisto, hipnotizado, enquanto ela se desfaz entre Chase e Cole. A intensidade crua de seu orgasmo é de tirar o fôlego. Meu próprio corpo pulsa em resposta, o calor se acumulando na minha barriga. p***a, estou prestes a gozar nas calças como um adolescente inexperiente. Tenho trinta e seis anos. Isso é constrangedor.
Mas a visão do rosto de Tessa, corado de prazer, seu corpo tremendo com tremores secundários — é quase mais do que posso suportar. Sinto-me oscilando na borda, perigosamente perto de... não. Não posso ir lá.
Cole guia Tessa para os joelhos, suas mãos emaranhadas em seu cabelo. Estou tão cativado pela maneira como ele se posiciona na frente dela, liberando seu p*u e guiando-o entre seus lábios, que não percebo a porta do pátio deslizando aberta ao meu lado.
"Está gostando do show?" A voz de Chase me assusta, e eu me viro para encará-lo.
"Eu... eu estava apenas..." gaguejo, sentindo o calor subir às minhas bochechas.
O sorriso malicioso de Chase me faz querer desaparecer. O pânico inunda meu sistema. Não consigo lidar com isso agora. Sem dizer uma palavra, viro-me e corro em direção ao meu quarto, a voz de Chase me chamando.
“Precisamos conversar, Gray!”
Eu o ignoro, meus pés me carregando rapidamente pelo corredor. Meu coração bate forte no peito, uma mistura de excitação e vergonha correndo em minhas veias. Preciso ficar sozinha, processar o que acabei de testemunhar, lidar com as emoções conflitantes que ameaçam me dominar.
Bato a porta atrás de mim, me apoiando nela enquanto tento recuperar o fôlego. Meu quarto, geralmente um santuário, parece sufocante. Fecho os olhos, mas não adianta. O rosto de Tessa, contorcido de prazer, está gravado em minha mente. Seus gemidos suaves ecoam em meus ouvidos, recusando-se a desaparecer.
"Se recomponha, Grayson", murmuro para mim mesmo, com as mãos cerradas ao lado do corpo.
Eu empurro a porta e ando de um lado para o outro no quarto, meus pensamentos uma bagunça emaranhada. A imagem de Tessa, seu cabelo preto selvagem e seus olhos lindos brilhando de paixão, continua piscando diante de mim. Eu quase posso sentir a intensidade do seu olhar. É o mesmo olhar penetrante que ela tem quando fala sobre seus amados animais.
"Isso está errado", digo em voz alta, tentando me convencer. "Sarah seria..."
Mas não consigo terminar o pensamento. Sarah ficaria realmente enojada? Ou ela iria querer que eu seguisse em frente, para encontrar a felicidade novamente? Eu balanço minha cabeça, tentando clareá-la.
"Ela entenderia, não é?", pergunto para a sala vazia, minha voz quase um sussurro. "Ela sempre disse que a vida era para ser vivida."
Eu desabo na beirada da minha cama, enterrando meu rosto nas mãos. A culpa é avassaladora, mas o desejo também. A paixão de Tessa, seu fogo, sua determinação — eles chamam algo profundo dentro de mim, algo que eu pensava ter morrido com Sarah.
"O que eu devo fazer?", resmungo, olhando para o teto como se ele pudesse conter as respostas que procuro.