Desejos Profundos.

4

MATT

O restante do dia não foi nada como eu havia planejado assim que Daryl saiu pedi a Hanna que se vestisse pois a levaria embora, minha cabeça estava latejando não conseguiria mais dar a ela a atenção que ela merecia por mais que eu quisesse ficar cada segundo com ela não teria mais clima para isso, notei que ela ficou um pouco incomodada com algo, ela se calou não protestou nem um segundo depois que sugeri que a levaria para a casa.

-Está tudo bem Hanna?-pergunto curioso com ela sentada no banco do carona,eu costumava ficar com o carro do meu amigo e vizinho Bartolomeu ele trabalhava fora da cidade e para o carro não arriar a bateria eu tomava conta dele, era um favor para um amigo e sempre e bom ter um vizinho para contar.

-Não, está tudo bem...-ela olha pela janela para a paisagem.

-Tem certeza?-digo tentando quebrar o muro que ela pôs entre nós, como ela podia ficar assim depois da noite maravilhosa que tivemos? Sei que cortei o clima mas quando voltei ao quarto ela estava estranha.

-Está tudo bem só que estranhei o fato de eu ser a única pessoa no mundo que não sabia da existência do seu irmão.-Ela disse isso com uma certa aspereza na voz.

-Como assim?

-Você não confia em mim? Porque todo mundo sabia e eu não? Não sou importante para você?

-Calma ai Hanna,desde quando eu não falar do meu irmão é um motivo para você me atacar? É só meu irmão e nem ao menos tenho contato com ele, só quando ele me procura.

-Desde quando eu não sei absolutamente nada de você Matt,mesmo depois da gente ter tido a melhor noite da minha vida você parece estar sempre escondendo algo de mim.- ela diz com raiva. - Achei que éramos amigos.

-Mas...mas...isso é ridículo Hanna,você está se ouvindo?-Pergunto incrédulo.

-Eu vi como você ficou quando o seu irmão apareceu e percebi que abaixou sua voz quando estavam conversando e também...

-Também o que?-Pergunto ao ver que ela ficou pálida.

-Eu também...deixa pra lá!

-Hanna minha princesa o assunto entre eu e Daryl era sobre um problema dele! Nada com grande importância. -Tive que desconversar ela saber sobre meus esquemas era algo muito perigoso.

-Er....

-É o que mais você iria falar?

-É que...bom...eu sei da Lana! Porquê me escondeu ela? Somos amigos você podia ter contado...

Nesse momento sinto os pelos do meu braço se eriçarem e o simples mencionar desse nome faz meu coração apertar e meu estomago embrulhar. Paro o carro no acostamento com brutalidade.

-Quem te contou dela?-Sinto o tom da minha voz duro e alto.

-Na...não importa.

-Sim Hanna importa sim, quem te contou da Lana? - minha voz está alterada e Hanna se encolhe no banco, mas não consigo me conter estou borbulhando de raiva.

-Eu...eu olhei uma pasta que havia no seu computador em um dia que você se atrasou,eu juro que estava só procurando o projeto daquela churrascaria que o Gabriel pediu para fazermos e vi a pasta eu sei que não devia ter olhado mas minha curiosidade foi maior.

-Como soube dela?-aumentei ainda mais o tom da minha voz

-Já disse a pasta.-Hanna estava encolhida perto da porta.

-Não tinha o nome dela nas fotos Hanna,como soube quem era, como soube o nome dela?-eu estava realmente alterado percebi pelo modo como Hanna estava com os olhos arregalados e tremia também.

-Pedi a Lisa para perguntar ao Colin, e ele só disse o nome dela o restante procurei na internet!-ela diz com um desespero evidente na voz.

-Colocou nossos amigos nisso? Usou minha amizade com o Colin para me investigar, usou o relacionamento dele com a Lisa para isso? Não acredito em você.-meu olhar era frio e minha voz complemente dura.

-Eu fiquei com ciúmes e então resolvi pesquisar sobre ela, principalmente depois do Colin ter falado para Lisa que a Lana era um assunto delicado para você. E eu não sabia da sua morte. Sua voz saia desesperada e aguda quase um grito.

-Achou nas suas pesquisas tudo o que precisava saber? Todos os detalhes? Você leu no obituário que não podemos nos despedir porque o caixão estava lacrado? Que eu não pude estar lá e mesmo assim a mãe dela gritou no meio do enterro que era tudo culpa minha? Que seu irmão jurou que se voltar a me ver não vai responder pelos próprios atos? Que o pai dela se matou no fim de semana seguinte por não aguentar perder a menininha dele?-falei cuspindo as palavras por mais que Hanna fosse especial ela não tinha esse direito.

-E...eu sinto muito.-ela diz com o olhar perdido em meu rosto e os olhos cheios de lágrimas.

-Que droga Hanna! Você não tinha esse direito, é meu passado se não contei era porque não queria. Se não contei era porque até hoje, até nesse exato momento tudo o que aconteceu é forte demais para eu aguentar.

Segui para o bairro de Hanna em silêncio e parei em frente a porta de seu apartamento, ainda sentia a volta daquela dor que apertava meu coração e me fazia lembrar de todo o meu passado.

-Chegamos, desce do carro.-Falei rispidamente ela não queria parar de chorar meu coração ficou um pouco apertado mas continuei petrificado meu peito ardia e assim que Hanna percebeu que não falaria mais nada ela desceu então arranquei o carro sem nem ao menos deixar ela falar ou se despedir.

HANNA

Meu Deus o que eu fiz? O Matt estava descontrolado nunca imaginei vê-lo assim ele falou de um jeito que me senti a pior pessoa do mundo ele gritou comigo,jamais podia imaginar tudo que ele me falou, jamais poderia imaginar e agora sei porque ele me excluía do seu passado e agora percebo o peso das minhas decisões eu jamais devia ter me intrometido na vida dele,eu não tinha esse direito não devia, talvez um dia ele me contaria ele não estava pronto, mas como eu ia imaginar tudo o que ele me contou? Como ia imaginar toda a dor que ele sentia, quando descobri que a Lana morreu achei que só se tratava de um acidente como ia imaginar todo esse drama que rolou?Mas também eu sou burra,como eu fui simplesmente agir como uma garotinha de 12 anos e ficar com ciúmes.

- Oi amigão! -Digo coçando as orelhas de Theodore, é incrível a festa que sempre faz quando chego.

Meu coração esta apertado, não acredito no que aconteceu, como fui imatura e burra?O Matt m*l me conhece e ai exijo que ele me conte toda a sua vida, e o pior a parte que ele não conta eu saio investigando não acredito, não mesmo, logo eu que guardo um segredo pior do que o dele algo humilhante e devastador,me imagino na situação dele sendo investigada! Meu Deus não ele jamais poderá saber, ninguém poderá; resolvo me distrair eu pego a coleira de Theodore e decido levar ele ate o parque essa é a hora em que Lucile esta lá ele adorar brincar com ela na grama, eles formam um casal lindo. Quando chego no parque o solto e ele vai ate o Dono de Lucile e sua esposa para brincarem juntos, hoje estou totalmente indisposta e meu coração mais quebrado impossível, de repente um vulto para na minha frente e tenho que tampar os olhos para ver quem é, já que a pessoa se coloca bem na direção do sol!

-Ora..Ora... Olha quem está perdida no parque.-me levanto em um salto será?

-Matt???

-Se for se vestir sexy com minha camisa, sim posso fingir que sou ele.-fico boquiaberta carraca eles são idênticos exceto pelo modo de se vestir.

-você?

-Sim, eu mesmo gatinha, não tivemos o prazer, sou Daryl Ortega irmão do Matt.-ele me despia e me devorava com o olhar

-Prazer sou Hanna...Hanna Costa.

-Agora entendo porque meu irmão estava escondendo você! Você é gostosa para caramba!

Meu queixo vai ao chão e fico vermelha, que palavreado mais deselegante.

-Des...desculpa tenho que ir.-Meu Deus ele é tão lindo quanto o Matt mas seu olhar é mais intenso. Algo nele parece proibido, perigoso ele praticamente cheira adrenalina.

-Imagina gatinha, não precisa ter medo,eu não vou morder se não me pedir. Não sei o que viu no meu irmão mas aposto que consigo ser bem mais atrativo do que ele. É só trocar o nome você me chama de Matt e nem vai perceber que não somos o mesmo homem.

-Vocês podem ate ter a aparência muito semelhante, mas o Matt é muito diferente de você.

-Como sabe? não me conhece...Bom uma coisa garanto não sei ate onde ele foi capaz de te fazer chegar, mas te garanto o paraíso.

-Dês..desculpe mesmo preciso ir.-Nesse momento ele com um simples passo me alcança e fica a centímetros de mim.

-Porquê esta tão corada? Por um acaso causo em você o mesmo que meu irmão? E a propósito porque está aqui?

-Não é da sua conta.

-Não,não é. -ele sorri. -Mas saiba que se fosse eu no lugar do meu irmão, passaria o dia todo te proporcionando prazer de todas as formas possíveis.

-Você...você é maluco ou o que?

-Por quê? Simplesmente porquê achei você sexy e gostosa?Adoro garotas inocentes.

-Não sou inocente e você deveria me respeitar eu e seu irmão...

-Você e ele o quê? Não acredito que sejam namorados, ele não namora mais a um bom tempo. E o fato de você dizer que não é inocente me excita e provoca muito mais.

Fico constrangida e de boca aberta, assobio para o Theodore, coloco a coleira nele e saio de lá correndo, ao chegar no meu apartamento deito -me na cama e fico olhando para o teto, droga meus olhos ardem e as lágrimas brotam só agora percebo o quanto eu estava ferrada com o Matt seu irmão tinha razão eu não era nada do Matt e agi como uma controladora como uma namorada ciumenta eu não podia fazer isso, quando descobri sobre Lana fiquei possessa de ciúmes e ainda nem tinha beijado Matt ele me dava leves investidas mas isso não me fazia sua namorada, meu Deus sou muito, mas muito i*****l,tento ligar e deixar mensagens mas ele não retorna, tomo um banho demorado e me deito para dormir mas quando finalmente consigo pegar no sono alguém bate na porta, Theodore começa a latir quando olho no celular são 3:00 da manhã! Cambaleio até a porta e quando a abro quase solto um grito de pavor,Matt estava todo ensanguentado e parecia bem ferido.

- Matt meu Deus o que aconteceu!?