Capítulo 14
Narrativa de Falcão
Sentado aqui nesse hospital, esperando notícia da minha Esmeralda, não entendo o motivo dela ter se escondido por tanto tempo. Agora, com essa gravidez inesperada, infelizmente vou ter que fazer o DNA. Não a conheço direito, não sei sua índole. Estou acostumado a lidar com pessoas falsas, pessoas sem coração. Eu não consigo confiar em ninguém.
Chamei a doutora, pedi sigilo e mandei ela colher sangue da Esmeralda pra fazer o DNA, só pra saber se posso confiar.
Pensei nela esse tempo todo, e ela nem sequer lembrou que eu existo. Eu queria encontrar... encontrei. Mas não sei se levo comigo ou se deixo ela no morro, lá com a dona Marina. Ela ainda corre risco de vida... vou ver o que eu vou fazer.
Fui tirado dos meus pensamentos por dona Marina, dizendo que a doutora queria falar comigo. Levantei e fui até a médica.
— Ela vai ficar aqui essa noite — disse a doutora —. Está muito fraca. Vamos ter que deixar ela no soro e induzir ao sono, porque está sem forças e não queremos que ela perca o bebê.
Perguntei, preocupado:
— Com quantos meses ela está? Porque, dependendo do tempo... esse bebê é meu.
A doutora olhou no papel e pediu permissão pra fazer uma ultrassonografia. Eu permiti, dona Marina também. Levaram ela pra uma salinha, e eu e dona Marina fomos juntos.
Chegamos lá, ela ligou o monitor, passou o gel na barriga da Esmeralda e começou a deslizar o aparelho. Conforme ia passando, as imagens apareciam na tela. De repente, surgiu um pontinho escuro.
— Aqui está o bebê, o coraçãozinho... — disse a doutora. — Ela está com três meses de gestação. Daqui a um mês já dá pra ver o sexo. Sabemos que é um bebê saudável, mas está sofrendo por causa da pouca alimentação.
Ela explicou que não estava tendo nutrientes suficientes pra ele se desenvolver. Esmeralda comia pouco, então teria que ficar pelo menos dois dias no soro.
— Se vocês quiserem ficar, podem ficar — continuou a doutora. — Mas ela não vai acordar durante esses dois dias. Será induzida ao sono, porque o sono também alimenta, e a criança vai ficar bem. Ela já está se recuperando, não está mais em sofrimento, porque demos vitaminas e bastante nutriente no soro. Quando acordar, já vai estar de alta.
Assenti com a cabeça, olhei pra dona Marina e falei:
— Dona Marina, estarei na minha casa de praia aqui perto. Qualquer coisa, a senhora manda me chamar.
Saí dali e fui direto pra minha casa, junto com Medusan. Mabel e dona Marina ficaram na casa da Esmeralda — uma casinha aconchegante de dois quartos, um quintal bonitinho, com um banquinho e um pé de acerola. Deixamos elas ali e partimos.
No caminho, passamos no restaurante da Luíza — uma antiga ficante. O restaurante dela fui eu que dei, porque ela queria sair dessa vida de marmita. Mulher prendada, inteligente. Dei esse restaurante pra ela começar uma nova vida.
Só passamos lá pra comer. Almoçamos, tomamos uma cerveja e ela olhou pra mim, dizendo:
— Mais tarde vou lá te visitar.
Aceitei, claro. Ainda aproveitei e pedi pra ela levar uma amiga pro meu parceiro. Íamos fazer uma festinha.
Saímos dali e fomos direto pra boate, onde também temos umas amigas — se é que vocês me entendem. Começamos a conversar, tomando mais uma cerveja, um whisky, e fumamos um beck. Entrei com uma delas pra me aliviar. Foi legal... a mina me fez um boquete ótimo. Não cheguei a t*****r, deixei pra noite.
Ficamos ali bebendo e fumando até umas sete, hora que a Luíza fecha o restaurante. Pegamos ela e a amiga — por sinal, muito gostosinha: baixinha, morena, b***a grande, pernas grossas, estilo gordinha gostosa. Luíza é magra, mas toda gostosa também. As duas fazem meu tipo.
Chegamos na minha casa. Não perdi tempo. Fui pro banheiro tomar um banho e falei pra elas ficarem à vontade. Trouxemos do restaurante quatro quentinhas e cervejas.
Saí do banheiro e as duas já estavam me esperando. Eu e Medusan, que estava no outro banheiro, também tomamos banho.
Entrei no quarto e tive a visão do paraíso: as duas deitadas na cama, peladinhas, me chamando pros trabalhos. Eu já fiquei duro. O amigo deu logo sinal de vida.
Peguei logo a gordinha gostosa; ela já veio querendo beijar. Virei o rosto e disse:
— Não beijo, p**a.
Luíza começou a me chupar e a gordinha chupando a Luíza. Medusan chegou na hora e já foi encapando o p*u; puxou a gordinha e já foi metendo com força. Ela gemeu gostoso no p*u do meu amigo, que é grande. Ela até tentou fugir, mas Medusan segurou e só deu socadão. Eu enfiando na boca da Luíza até sentir sua garganta — ela deu pressão e soltou; deu outra pressão e soltou.
— c*****o, ahhhhhh — soltei — gosei. Caramba, nunca tinha visto uma garganta profunda tão bem feita.
Botei ela de quatro e soquei forte. Ela logo anunciou que ia gozar; e que g****a — Luíza ficou molinha. Medusan gozou e a mina não; peguei ela, puxei pra mim. Medusan levou Luíza pro banheiro — ele queria privacidade. Eu nem tô aí: peguei ela e fui botando bem devagar. Ela gemeu, mandava eu socar forte. Enfiei de uma vez só e soquei fundo; ela delirava até gozar — áhhhh, filha da p**a, gostoso, me fode isso. Gosei junto, caí pro lado e fiquei mole.
Mandei ela botar a roupa e meter o pé. Luíza já saiu do banheiro vestida. Dei um malote pra cada uma; Medusan levou elas. Eu tomei banho, jantei e dormi.
Acordei com Medusan me chamando — já era dez horas da manhã. Caramba, dormi muito, mas também depois de uma f**a daquelas dava pra dormir pregadão. Ele disse que dona Marina estava me chamando para ir até o hospital. Dei um salto da cama, fui para o banheiro, fiz minha higiene pessoal, tomei meu banho e um gole de café preto que já tinha pronto — meu amigo fez. Entramos no carro e fomos para lá; pegamos dona Marina e Mabel e seguimos ao hospital.
Olhei para Mabel: ela estava com uma tromba enorme pro lado do Medusan. Olhei pro Medusan e ele estava todo marcado de unha e chupão — então eu entendi, e ela também. Pronto, estamos ferrados. Foi na hora que eu também me olhei: eu não estava diferente — todo arranhado, chupão no pescoço e no peito.
Entramos na clínica. Chegando lá, botei a camisa. Claro, chegando lá fui direto falar com a doutora. Ela olhou pra mim séria e disse:
— Depois quero falar com o senhor.
Logo perguntei:
— Como está a Esmeralda?
A doutora respondeu:
— Ela está bem; já pode ir para casa. Íamos deixá-la mais dias, mas não precisa — ela está respondendo bem aos tratamentos. O bebê está bem, está tudo bem, só que ela não quer voltar para o Rio de Janeiro e é necessário que ela vá para o Rio de Janeiro ficar junto com as pessoas que podem cuidar dela. Sozinha aqui em Búzios ela não pode ficar, por isso recorremos ao senhor para falar com ela, já que essa criança pode vir a ser sua.
Afirmei:
— Tudo bem, vou falar com ela.
Entrei no quarto; ela estava sentada e me olhou, desconfiada. Eu perguntei:
— Por que você fez isso? Por que você fugiu?
Ela olhou pra mim e disse:
— Não te interessa.
Mandei que dona Marina juntasse as coisas e pagasse a clínica. Dona Marina foi lá, juntou o que tinha que juntar, pagou a clínica. Eu falei:
— Vamos embora.
Botei ela no carro. Ela tentou espernear. Eu falei:
— Não, vamos embora, nós vamos pro Rio de Janeiro. Você vai morar no morro — não vou deixar você correr risco, até porque essa criança pode ser minha.
Ela ficou olhando séria, parada, olhando pra mim. Acho que ela não sabia ainda que estava grávida. Aí ela respirou fundo, respirou mais uma vez e falou:
— Eu estou grávida.
Eu disse pra ela:
— Sim — e a doutora falou que você está com três meses. Se você não teve ninguém dentro desses três meses, essa criança é minha; e se for minha, ela vai comigo dentro da sua barriga.
Ela começou a rir. Dentro do carro entramos na casa dela; pegamos tudo o que era dela. Ela foi no cofre e pegou um bom montante de dinheiro — eu fiquei pensando de quem era esse dinheiro, mas não disse nada. Entramos dentro do carro. Medusan chamou um carro de aplicativo, botou Mabel e dona Marina no carro rumo ao Rio de Janeiro. Lá nós conversaremos melhor, eu disse pra dona Marina. Entrei no meu carro e saí dirigindo juntamente com o Medusan.