Yolanda Narrando
A sala estava cheia de gritos, o som da guerra ainda ecoava dentro da minha cabeça. Quando entrei, vi o Falante deitado no sofá. O sangue escorria pela blusa dele, uma mancha escura se espalhava rápido. O rosto dele tava branco, sem cor nenhuma. Senti o coração apertar, meu corpo inteiro gelou.
Meu amo estava em pé, com o rosto tenso, andando de um lado pro outro. Ele gritava ordens, chamava nomes, pedia pressa. A voz dele era pesada, firme, mas dava pra sentir o desespero.
— Dios mío! — sussurrei, levando as mãos à boca. — Falante.
Quando a doutora chegou, o barulho pareceu diminuir. Ela se ajoelhou ao lado dele e levantou a camisa. Vi o buraco do tiro, pequeno, mas fundo. A médica olhou pro Hades e disse com calma que a bala tava alojada, que precisava de cuidado rá
