Prólogo
— Não se atreva, Luka! Não!
Ele vem inevitavelmente, cego pelo desejo e pelo seu poder sobre mim. Ele avança lentamente, me encurralando e não permitindo que eu escape. Me privando de respirar apenas com a sua presença e o seu ardente olhar n***o. — Não se atreva, ouviu! Não se aproxime! Eu recuo e tropeço. Apoio as mãos na mesa, percebendo que não há para onde correr. Que ele é o dono desta casa e estamos sozinhos aqui.
— Vamos, Marina. Você ainda não entende? Eu sempre consigo o que eu quero e você não será uma exceção.
— Mas eu não! Você não vai me ter!
— Você é minha esposa!
— Odiada! Jogo na cara dele, mas minha voz desaparece, e o meu coração parece bater na garganta, quando expiro com lábios trêmulos o que nós dois sabemos: você não me ama...
Um rato, é quem eu sou para você. A sua esposa odiada!
Músculos de aço se projetam nos seus ombros nus, a luxúria toca os seus olhos negros e a protuberância nas suas calças me diz diretamente o que ele precisa de mim. Mas isso é impossível... Impossível! Ainda ontem Luka Borzov não me suportava.
Só o pensamento de que ele estava ligado a mim pelo dever quebrou a sua alma, revelando uma raiva indisfarçável. Então, o que mudou agora?
Seria possível que ele descobrisse o que eu estava escondendo dele atrás da minha aparência? Não, eu não acredito.
Ele não escondeu as suas prostitutas de mim. E a sua atitude em relação a mim também.
Um passo, mais um. Não há mais distância e eu grito: Vá embora! Procuro a salvação do meu monstro... e não encontro. O último passo e não tenho mais liberdade. A suas mãos são fortes e quentes, tão ardentemente e imperiosas quanto o seu olhar. Elas tocam as minhas coxas, apertando o meu vestido com força, e a dor instantaneamente toma conta de mim.
Não, não é dor. É desejo! Tão dolorosamente agudo e repentino que abro os olhos, incapaz de dizer uma palavra. Não sou capaz de resistir ao homem que me pressiona contra a mesa como uma fera furiosa me atacando. Sem mais delongas, ela arranca o vestido do meu ombro, e envolve um sei*o branco com os dedos escuros, esfrega o ma*milo, que endurece instantaneamente.
Inclina a cabeça para minha têmpora e sussurra:
— Eu não gosto. Eu não te amo, Ratinho! Mas juro que ambos pagaremos o preço da jaula onde o teu pai nos colocou.
Não acontecerá de outra forma!