ANA CAROLINA NARRANDO...
Eu não falei por mensagem para a Vitória o que tinha acontecido, eu apenas disse pra elas não irem embora com os amigos do cara que estava comigo, disse que eu estava bem e que ela tinha que levar o meu carro pra casa dela.
Conhecendo bem a mina amiga, com certeza ela já estava surtando e com toda razão.
Na hora do banho, eu chorei muito, eu nunca vou esquecer o que aconteceu hoje, se o meu pai me ver desse jeito ou sonhar que isso aconteceu, acabou pra mim, ele nunca mais vai me deixar sair de casa.
O Matheus queria que eu fosse embora e eu não podia ir embora agora, eu não podia de jeito nenhum.
Quando ele disse que precisava fazer umas ligações, eu acabei pegando no sono no sofá.
E eu sonhei exatamente com aquele maldito do Robson, no meu sonho ele conseguia me estruprar, foi um sonho muito pertubardor, eu acordei estava tudo escuro, eu estava completamente suada e com medo.
Eu queria poder apagar aquilo da minha memória, mais eu sei que não era possível.
Levantei devagar para não fazer barulho nenhum, acendi a luz da cozinha e no relógio do microondas marcava 06:05 da manha, o dia já estava amanhacendo.
Vou embora, essa hora o morro tá mais tranquilo e eu preciso fingir que esta tudo bem.
Eu peguei o meu vestido, coloquei a minha sandalia e sai sem fazer nenhum barulho.
Passei pela portaria do prédio e por incrivel que pareça na esquina tinha um ponto de taxi, eu falei o endereço e com muito custo o taxista aceitou fazer a viagem.
Eu fui o caminho inteiro pedindo a Deus pro Playboy não estar na entrada do morro, porque se não a confusão já estava feita.
Assim que ele chegou na entrada do Morro, ele parou o carro.
— Taxista: Moça, eu não passo daqui.
— Ana Carolina: Por favor moço, eu te dou um dinheiro a mais, a minha casa é lá em cima.
— Taxista: Infelizmente não tem como, eu só vou até aqui.
— Ana Carolina: O meu dinheiro está lá em cima moço, por favor.
— Taxista: Você não tem nem dinheiro pra me pagar, sai do meu carro agora menina anda.
— Ana Carolina: Moço eu to sem bolsa.
— Taxista: Vai sai do meu carro, antes que eu te dou um t**a na orelha, sua sem vergonha ta pensando que eu to brincando de trabalhar é, eu tenho família pra sustentar. — Ele gritou.
Que humilhação, eu desci do carro morrendo de vergonha, acho que nada podia piorar agora.
Assim que coloquei o pé no morro, meu irmão estava sentado fumando um baseado com a Kelly no colo, ela era uma das p**a da favela que saia com ele.
— Playboy: Porque seu carro está lá na casa da vitória e você está chegando a pé? — Ele disse e eu revirei o olho.
— Ana Carolina: Porque eu fui embora da balada antes e não vim com ela.
— Kelly: Acho que ela tava sentando por ai.
— Ana Carolina: É da sua conta? Você da pro morro inteiro e nem por isso eu saio falando sobre isso.
— Kelly: Todo mundo sabe que eu só saio com o seu irmão. — Ela disse enquanto chupava um pirulito de coração.
— Playboy: Deus tá vendo Kelly.
Todo mundo começou a rir, menos eu, eu virei as costas e foi subindo o morro, me sentindo humilhada, esculhambada, com o orgulho ferido.
O Playboy não falou mais nada, ele é de boa, mais ele tem um gênio bem nervoso, ele adora uma briga.
Eu demorei 25 minutos pra chegar na casa da Vitória, o meu carro estava na frente da casa dela e como ela mora sozinha, eu entrei na casa dela em silêncio.
Em cima da mesa estava a minha bolsa, abri ela e peguei meu celular.
Tinha várias ligações da minha mãe, mensagem das meninas.
Eu fui até o quarto da Vi e entrei, sentei na ponta da cama e coloquei a mão nela.
— Ana Carolina: Amiga cheguei.
— Vitória: Meu Deus Ana, que m***a aconteceu? — Ela disse sentando na cama.
— Ana Carolina: Ai amiga. — Quando eu ia começar a dizer eu comecei a chorar.
— Vitória; Porque você está chorando? O que aconteceu?
— Ana Carolina: Ele tentou me estruprar Vi.
— Vitória: Como assim?
— Ana Carolina: Estava chovendo muito, nós fomos para uma rua do lado e ele começou a beijar e por pouco ele....
— Vitória: Ele voltou na balada, ele tava desesperado, falou rápido com os amigos dele e eles sairam correndo de lá, a gente ficou sem entender nada, saímos lá fora te procurando e não achamos.
— Ana Carolina: Apareceu um homem lá, armado, ele me salvou, mais eu tive uma crise de desespero e eu implorei pra ele me levar pro apartamento dele.
— Vitória: Eu não sei o que falar amiga, vem aqui. — Ela disse e nós nos abraçamos chorando.
— Ana Carolina: Eu senti tanto medo, tanto medo mesmo amiga, eu to com nojo, com repulsa, com odio.
— Vitória: Amiga nada vai te fazer esquecer isso, mais eu prometo que não vou falar pra ninguem.
— Ana Carolina: Se o meu pai sonhar com isso, eu não quero nem ver.
— Vitória: Ele não vai saber, a gente vai inventar alguma coisa.
— Ana Carolina: Eu só queria deitar e dormir amiga, mais minha mãe vai fazer um almoço lá em casa hoje.
— Vitória: Vai pra casa, dorme, na hora do almoço eu estou lá e a gente fica de boa juntas.
— Ana Carolina: Te amo, obrigada.
Eu peguei a chave do meu carro e fui direto pra casa, eu abri a porta bem devagar porque com certeza a minha mãe iria acordar com o barulho.
— Claudia: Isso é hora de chegar? — Ela disse da cozinha.
Merda!
— Ana Carolina: A gente acabou parando pra comer, o que você esta fazendo acordada?
— Claudia: Perdi o sono
— Ana Carolina: Meu pai está em casa ?
— Claudia: Não.
Agora sei porque ela perdeu o sono, ela estava esperando o meu pai.
— Ana Carolina: Eu vou dormir mãe, na hora do almoço vou estar pronta aqui em baixo tabom. — Eu disse e ela confirmou com a cabeça.
Vocês já me seguem no i********:?
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Aut.GabiReis , acesse o link na bio e entrem no nosso g***o de leitoras para receber fotos dos personagens e spoilers quentinhos.
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