Capítulo Cinco

2555 Words
Acordei já estressada. O despertador do meu celular não calava a boca. Quase o joguei no chão para ver se resolvia. Mas é meu bebê, meu lindinho, meu filho. Não posso fazer isso, até porque, meu pai não vai comprar outro nem tão cedo. Levantei por livre e espontânea pressão e fui direto para o banheiro. Tomei um banho rápido, comparado ao normal. Já saí do banheiro secando o cabelo. Graças a Deus o fio do secador é longo. Consigo alcançar a cama, mesmo ele estando ligado na tomada do banheiro. Coloco uma lingerie branca de renda, uma saia branca e uma blusa navy com manga ¾, uma sandália baixa marrom. — Like The skyscraper! Like The skyscraper!!! - Canto. Estou alegre. Deixo meu cabelo solto, do pescoço para baixo ele forma umas ondas. Gosto do meu cabelo. Puxei a minha mãe. Meu pai diz que sou igual a ela. Só não puxei seus olhos verdes. O que é uma pena! Desço a escada e meu pai já está na porta para ir trabalhar. — Ué? Já vai?! - pergunto terminando de descer a escada. — Sim! - diz com a boca ocupada por uma torrada presa entre seus dentes. — Vou pegar mais cedo hoje! — Ah tá! Achei que estava atrasada! - sorri. — Não! Eu que to adiantado. Tchau! Boa aula! - já disse isso lá fora. — Obrigado! - Respondi mesmo sabendo que não ouviria. — Humm... Torrada com nutella? Pão de forma com nutella? Bolo com nutella? O que vou comer? Ahh! Sanduíche de presunto, queijo e só um pouquinho de nutella. Só um "pouquinho". Pego os ingredientes e coloco tudo no balcão. Pego um prato e um copo. Faço um Nescau e quando vou preparar o sanduíche, um carro buzina em frente a casa. Leve infarto, acho que é um ser de caminhonete azul. Chego perto da janela e vejo que me enganei. É um carro preto, também conhecido. Abro as portas e quando estou pra descer da varanda, Laís sai do lado do motorista e logo duas garotas saem do lado do carona e de trás. — Posso ajudar? - disse já fora da varanda. — Sim! - disse Laís já perto, a poucos metros de distância e se aproximando. — Quero saber o que você deu para o meu namorado e o que você estava fazendo com ele ontem? — Opa! Dei nada para ele não! Eu estava com ele ontem? - me fiz de desentendida. — Garota não me irrita! Tava fazendo o que com ele? Fala antes que eu quebre sua cara. - Ela disse dando um passo à frente. — Sabe, existe algo chamado igreja. Então... Nós estávamos lá! Sua fonte não te informou isso? Antes que pergunte, nós estávamos fazendo coisas obscenas lá na IGREJA! - gritei mesmo. Ah, estresse! Paciência Jesus. Me dê paciência! Please? — Quero você longe do meu namorado ta ouvindo? - disse dando dois passos em minha direção. — Abaixe o fogo que eu não sou uma árvore! Se precisar, sei muito bem me defender! - disse. — Eu e o Liam estamos fazendo um trabalho juntos, só isso. E pelo o que ele me disse, não tem namorada! - pra que disse isso. Ela virou um soco no meu rosto, mas esquivei. Ela veio com dois seguidos. Me esquivei de um e segurei o outro já torcendo seu braço. As amigas dela logo me cercaram. — Se vocês vierem eu vou me defender, e vocês não irão gostar. - Larguei o braço da Laís com força. Já estava ficando vermelho. — Sabe, quando você pára de perder tempo se olhando no espelho e faz algo de útil como: praticar judô! Você vê que uma hora aquilo serve! - disse a olhando sério. Suas amigas já tinham recuado. — Eu sou serva de Deus, mas eu sei me defender e não ficarei parada. Eu nunca nem sequer falei com você, garota! E você não me conhece. Então sossega esse fogo e me esquece! - disse e fui para dentro. Sei que vou me atrasar. Entrei e olhei no relógio da cozinha, 7:02. — Putz! Ferrou! Detenção não, por favor! - disse. Fui correndo lá no meu quarto pegar minha bolsa marrom de lado. Ouvi o barulho do carro dando partida. Laís já foi e eu aqui. — Livro de inglês, literatura. Desço a escada correndo. Peguei uma colherada de nutella, fechei o pote, peguei a chave na mesa, e saí correndo trancando a porta rápido. — Gom gia, xenhola Chébbixe! - Ela me olha estranha. A colher na boca não me deixa falar direito. A Sra Fébbixe depois vai reclamar com meu pai da minha má criação. Depois de correr meio quarteirão, chego no gramado da escola hiper cansada. Já vejo o portão e Christina, a porteira, já está lá para fechar. Graças a Deus deu tempo! — Não vai fechar, Chris? - surgiu das profundezas do calabouço das vacas a Srt Sánchez. — Já passou do horário. — Não espera! Eu estou chegando. - disse meio sem fôlego da corrida de casa até aqui. — Se não fechar agora. Vou falar para a diretora que você anda favorecendo alguns alunos. - ordenou. — Não! Por favor, Chris! Por favor! - implorei. Depois de um ano inteiro, meu primeiro atraso. — Não posso, você está atrasada. Sinto muito! - disse. — Ai! Que cansaço! Abri aí tia Chris! - Disse Liam, bufando em minha nuca. — Que susto! - disse. e se pôs ao meu lado, pedindo novamente que abrisse o portão. — Eu não posso. Sinto muito! - disse e foi corredor adentro. Provavelmente chamar a diretora. — Aff, mano! Caral... — Ouu! Não vai xingar no meu ouvido não! — Amba! Ca-ramba! - disse e fomos nos sentar e esperar a boa vontade da diretora. — Tomara que venha a diretora! - disse me sentando no banco cimentado. — Tomara! Por que se vim aquele espantalho, bruxa. Chamada de subdiretora. Estamos mortos. — Nem brinca com isso. Aquela mulher é um.... — Falando de mim? - apareceu quem não devia! — É um? Continua srt Sanger! — É um...uma pessoa trabalhadora e rígida! - o que não é mentira. Mas eu não ia chamar essa sucuri de salto, disso. — Que coisa f**a! Terminando o ano letivo e você se atrasa. Me admira isso de você. Olhe bem com quem a senhorita anda. Más companhias fazem isso. Agora você! - disse para o Liam. — Já é um freguês antigo. — Pô sra Gerttrudes. Alivia aí! Só hoje? - bela forma de tentar convencê-la. Balancei a cabeça desanimada. — Me desculpe sra Gerttrudes! Eu me atrasei mas foi só hoje. Ele eu não quero nem saber. Mas eu? Sou uma ótima aluna! Por favor? - ela ia ceder... Ia ceder. Se alguém não abrisse a boca. — Ótima aluna! Fica namorando aí chega atrasada. Eu te avisei que íamos chegar atrasados! Eu te falei! - ele não disse isso. Olhei para ele perplexa. — Então vocês se atrasaram porque estavam namorando. Vocês acham isso bonito? Vamos! Detenção! — Ah não! Cara... — Olha menina! - disse me zuando. — CARAMBA! Só caramba, seu desgraçado filho de uma boa mãe. — Bem feito. É parceria! No trabalho e na vida! - disse envolvendo meu braço com o dele. E seguimos a sucuri de salto. — É só um trabalho, não viaja! - disse. E seguimos no corredor, porém estava muito quieto. Sempre tem vários alunos matando aula. E olha que são 7:00 da manhã! — Porque tá tudo tão quieto? — Por que? Haha. Porque hoje é dia de prova de estado. — Como? Não! Impossível! Não acredito! — O que é prova de estado. - eita garoto "inteligente". — É só a prova de iniciação para a faculdade, Sr O'Jill. Entrem. Vocês fizeram a escolha de vocês! Preferiram ficar aí se.. Se.. Pegando! Arg!. - que termo baixo sra sucuri. — Por favor, Sra Gerttrudes! Pelo amor de Deus! Meu sonho é entrar em uma boa faculdade. Não quero ter que ir para a municipal. Deixa a gente fazer a prova! Vai! — Já chega!! - gritou. — Não precisa gritar, não tem ninguém s***o aqui! - eita. Ele falou isso mesmo? Ela o olhou furiosa. — Sra Gerttrudes! - chamei a sua atenção! Se era para ser parceria, então era parceria. Sou convincente quando quero. — Eu nunca cheguei atrasada, nunca tirei nota r**m. Minha nota mais baixa foi um B- em ed. Física. Sou uma aluna que não cria problema. Uma aluna que... — E daí? Do que que isso te adianta agora? - ah ela não falou isso. Sua sucuri de salto. — Olha aqui! Você pode atazanar o colégio inteiro e ficar atrás de todo mundo. Mas na hora que a se-nho-ra, sai pegando os muleques do time de futebol. Ninguém fica no teu ouvido de mimimi. Pô! É tão difícil aliviar uma mancada minha? Estava namorando? Estava! Mas e daí! Quem nunca errou? É só a Sra sair da frente e deixar a gente ir pra sala. Só tem nós dois aqui. Vai ferrar só eu e ele? Jura? - OK, eu explodi. Joguei tudo no ventilador. Ela fica com os garotos do time mesmo que eu já vi! Então aguenta querida! Ela estava vermelha ou de vergonha ou de raiva. E quando ela ia abrir a boca para falar algo, que tenho certeza, não era coisa boa. A diretora, anjo de diretora, apareceu. — Deixa eles irem! - eu te amo! Diretora linda. — Obrigado Sra Sanclear! - ele sabe falar. Ela confirma em um gesto com a cabeça e o Liam saiu me puxando. Quando nós dobramos o corredor, ele me imprensou na parede de armários e me beijou. Ele me beijou de novo? Ta! Tá começando a me irritar. Mas tá tão bom. Mas..mas...isso é falta de respeito comigo. O afasto empurrando ele para a outra parede de armários vermelhos. Seguro no colarinho do seu casaco cinza. — Por que fez isso? - indaguei-o — Porque...porque..ah ver você lá brigando com a sub foi diferente. - esse garoto é estranho. — Diferente? Diferente vai ser o soco que eu vou virar no meio da sua cara se fizer isso de novo. — Ta Lya! Só que foi excitante ver você diferente. Sabe, agindo daquela maneira e não sendo a monga que você é! - ele quer morrer. Fiquei perplexa com suas palavras. Monga? — Monga? É a sua...sua... Tia! - Quase falei mãe. Quase. — Seus lábios estão vermelhos! - oi? — Não interessa! Já disse! Se fizer isso novamente... — Vai virar um soco na minha cara, já sei, já sei! - ele colocou seu braço em volta do meu pescoço e fomos assim para a aula. — Com licença, Sr Grupper! - Liam interrompeu ao professor e atraiu todos os olhares para nós. — O que fazem aqui? - Perguntou. Ele já estava com as provas em mãos. — A diretora nos deixou fazer a prova. - disse. — Está bem! Entrem! - disse e olhou para Laís. Ela já deve ter falado algo. Vaca! Fomos caminhando para nossos lugares. Porém estavam todos ocupados. Até alunos turistas estavam aqui. Laís, a vaca, estava sentada em meu lugar. Mereço. E Chris, o da Kita, estava no lugar do Liam. Só tinha sobrado dois lugares, um do lado do outro. Adivinha? Psé! Juntos! — Você me dá cola tá! - olha as idéias do outro. — Sabe que essa prova é diferente né? Tem 4 tipos de prova que são dadas coordenadamente. Ninguém perto tem a mesma que você! - expliquei. — Vocês vão ficar conversando? Vou anular a prova dos dois se continuar! - Calma Prof. — Nós não vamos! Pode deixar Sr Grupper. - Liam disse. — Sim senhor! - ironizei. Sr Grouper me olhou com um olhar assassino. — Ai! Doeu! — Quieta! Quer ferrar a gente? - tá preocupado é? — Só estou agindo diferente de uma monga! Não é isso que você quer? - Joguei! — Eu também quero dormir Contigo! Você vai? - ops! Me sacaneou! — Haha' Muito engraçado! Tá vendo minha risada histérica? - palhaço! — Então sossega a b***a! - garoto irritante! — Terei mesmo que tirar vocês da minha sala e deixá-los sem prova? - fessor pelamordeDeus! — Não senhor! - To muito irritante hoje. Não tô normal! — Ai m***a! Já disse que isso dói! - disse baixo. O professor apenas nos olhou. Ele nos passou a prova e o tempo todo eu e Liam implicamos um com o outro. Foi divertida essa prova, apesar de achar que fui m*l. Mas a companhia valeu a pena, eu acho! — Vamos sair um pouco? - Liam ta me chamando pra sair? — Pra onde? - pergunto curiosa. Já estávamos no gramado do lado de fora da escola. — Para um lugar! - ele diz. — Hum... Não gosto disso. - disse. E ele apenas riu com o bico que se formou em meus lábios. — Que lugar? — Um lugar... Um lugar especial! - ele disse e só me deixava mais preocupada. — Esse lugar é público? Vai ter gente lá? - pergunto preocupada. —Calma! Não vou fazer nada com você! - ele diz e olho para ele com uma cara de: " a tá! Acredito!". — Juro! Tá com medo de mim? — Devia? - pergunto e sorrio de canto. — Não! Juro que não faço nada! Tá com medo que te beije de novo? - ele pergunta rindo. — Se você quer morrer é problema seu! - digo e dou dois passos e ele me segura e puxa para três passos mais perto. — Juro que nunca mais vou te beijar! - ele diz e olho para ele incrédula novamente. — Eu prometo! E uma promessa de um O'Jill é sempre comprida! - o olhei e sorri. — Ta! Mas que essa promessa seja válida em! Se não, já sabe! - disse e ele abriu a porta da caminhonete azul. — Morre! Já sei! Fica calma! - ele disse se posicionando ao meu lado no volante. — Só vou te beijar quando você pedir, e ainda vou pensar no seu caso. — Mesmo que eu fique..."diferente". - disse me referindo ao motivo do segundo beijo. — Nem se você engatinhar para mim e fazer... — Tá bom! Já deu! - abri a porta com a caminhonete andando. Não está rápida mais...está andando. — Volta aqui garota! Ficou doida? - disse segurando meu braço pra que eu não descesse. — Você vai se machucar. Fecha essa porta! — Para o carro! Não quero ouvir nenhuma besteira sua! Não sou como as garotas do colégio, Liam! Nunca! NUNCA! Nunca se esqueça disso! — Está bem! Me desculpa! Agora, pode fechar a porta? - ele disse sério e largou meu braço. Eu fechei a porta, confiando mais uma vez nesse garoto estranho. — Ok! Mas...Onde vamos? - perguntei curiosa. — Ainda é surpresa! Mas estamos quase chegando! - ele diz fazendo a curva. — Hum... Esse cheiro! É um cheiro de... É um cheiro de... Ah! Eu amo! - disse empolgada ao perceber que o cheiro era um lugar que eu amo! — Eu também! - disse
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