bc

Terapia

book_age18+
1.3K
FOLLOW
4.4K
READ
sex
doctor
drama
bxg
serious
female lead
realistic earth
multiple personality
like
intro-logo
Blurb

Angela Davis é uma garota de 19 anos que está em seu segundo período na universidade, passando por alguns problemas que a levam ao limite, Angela tenta suicídio e após esse episódio, seus pais a convencem a fazer psicoterapia. Porém, ela e seu psicólogo, Jason, acabam tendo uma relação muito além da profissional.

chap-preview
Free preview
Você vai fazer terapia
Angela POV's Mais um dia começava e como sempre acontecia, de segunda a sexta, tive que acordar cedo para ir à universidade. Antes de levantar fiquei encarando o teto do meu quarto por alguns minutos, o cômodo estava silencioso e eu gostava disso as vezes, mas haviam momentos em que aquele silêncio levava meus pensamentos a lugares dos quais a maioria das pessoas gostariam de fugir. Sentei na cama sentindo o frio que predominava no quarto me abraçar, talvez eu não devesse deixar o ar-condicionado em uma temperatura tão baixa, porém não é como se isso de fato me incomodasse. Fechei os olhos respirando fundo enquanto tentava afastar aqueles pensamentos pelo menos por hoje, afinal é um novo dia e ele pode ser melhor do que o anterior certo? Quem eu queria enganar? -O dia de hoje vai ser uma merda-Disse para mim mesma me levantando da cama e seguindo em direção ao banheiro. Assim que olhei para o espelho oval que tinha no lugar a primeira coisa que notei foi que minhas olheiras haviam aumentado, a cor violeta embaixo dos meus olhos castanhos estava mais evidente, já faziam dias que eu não tinha uma boa noite de sono, sempre acordava no meio da noite ou às vezes sequer dormia direito. Meus cabelos também já tinham visto dias melhores, hoje não passam de um amontoado de fios castanhos bagunçados, mas eu realmente pouco me importava com isso. Tomei um banho demorado, mesmo que meus pulsos ainda doessem um pouco, queria atrasar o quanto pudesse minha chegada até aquele lugar, assim que terminei pus uma roupa qualquer, me preocupando apenas que a blusa tivesse mangas cumpridas, e penteei meu cabelo, não que isso tenha ajudado a deixá-lo melhor, mas pelo menos posso dizer que tentei. Peguei minha mochila e desci as escadas, encontrando as pessoas, que menos queria ver logo pela manhã, assim que chego na sala, meu pai e minha mãe estavam de mãos dadas no sofá me encarando, já posso até imaginar o porque, vão me dar uma bronca pelo o que aconteceu ontem. Flashback ON Havia sido um daqueles dias… complicados, cheguei muito triste e irritada da universidade, eles haviam feito de novo, aquilo se tornava pior a cada dia e eu já não aguentava mais. "Por que aqueles miseráveis não me deixam em paz?" Penso, lembrando das duas pessoas - idiotas - que parecem sentir prazer em me irritar. Eric Parker e Samantha Taylor, o casal mais perfeito e irritante do campus da universidade Slim. Sabe quando dizem que as pessoas amadurecem na universidade e todas aquelas brincadeiras e piadas idiotas que diziam ou faziam com você no ensino médio ficaram para trás? Pois é, lamento dizer que isso nem sempre é uma verdade, Eric e Samantha são grandes exemplos disso. Eles são um casal popular pelo campus e a brincadeira preferida deles, desde a escola onde nos conhecemos, é encher meu saco das maneiras mais irritantes possíveis. Eu realmente pensei que todas essas brincadeiras e piadas infantis iriam acabar quando saíssemos da escola, porém acabei parando na mesma universidade que eles e aquela história de amadurecer ainda não havia se concretizado, agora estou no meu segundo período de medicina veterinária e todos os dias eles mexem comigo como se estivéssemos no ensino médio, não importa quanto eu tente evitá-los ou quantas vezes peça para que os dois pararem, essa merda nunca tem fim. Hoje pra variar não foi diferente. Eu estava distraída caminhando pelos corredores vazios enquanto ajeitava meu material dentro da mochila, mas meu caminho foi interrompido por um puxão forte que fez com que meu braço doesse e todos os meus livros juntamente com a mochila fossem parar no chão. -Olá Angela-Samantha disse com seu tom falso de simpatia enquanto ainda segurava meu braço-Sentiu minha falta durante o fim de semana? -Pode me soltar Samantha, por favor?-Pedi suspirando cansada de ter que aturar aquilo todos os dias. Eu sei que não preciso aguentar nada que venha da Samantha ou do namorado e******o dela, pelo menos é o que penso quando tento me sentir melhor. O reitor da universidade disse que não vai fazer nada a respeito porque os pais deles são ótimos doadores da instituição e me mandou não incomodá-lo com assuntos tão banais, porém a verdade é que só o procurei porque não sabia mais a quem recorrer, já meus pais… bom, eu já desisti de pedir qualquer tipo de ajuda a eles há muito tempo. -Você quer que eu te solte Angel?-Ela falou de forma debochada enquanto mantinha um sorriso m*****o nos lábios-Então tudo bem. A garota de longos cabelos pretos realmente me soltou, porém assim que fiz menção de me abaixar para pegar minhas coisas ela me empurrou me fazendo cair. -Está melhor agora Angel?-Samantha riu fazendo a raiva que estava sentindo aumentar-Deixa eu te ajudar a pegar suas coisas-A garota falou, mas eu tinha certeza que ela não iria me ajudar. Samantha pegou minha garrafa de água que estava no chão ao lado da mochila e abriu a mesma bebendo um gole do líquido e em seguida virando o restante em meu material espalhado pelo chão voltando a rir logo em seguida enquanto olhava minhas coisas encharcadas. Eu normalmente não reagia a suas provocações, odiava me meter em confusões, fora que meus pais odiariam ter que passar pelo constrangimento de ter uma filha que briga pelos corredores da universidade, mas às vezes toda aquela merda excedia meu nível de paciência e foi isso que aconteceu daquela vez. Me levantei pronta para dar pelo menos um empurrão em Samantha, porém acabei me esquecendo de um detalhe importante, ela nunca anda sem seu "cão de guarda" e Eric me lembraria disso muito bem quando, da mesma forma que sua namorada fez a minutos atrás, segurou meu braço, porém ele era mais forte e seu aperto também tornando aquilo realmente doloroso para mim. -Me solta-Pedi encarando agora o garoto loiro de olhos azuis que me olhava com raiva. -Cala a boca sua ratinha, pensou mesmo que eu iria deixar você bater na minha namorada?-Eric perguntou segurando meu maxilar com força logo em seguida-Ponha-se no seu lugar sua bastarda imunda. Sim eu era uma "bastarda", não, eu não sou fruto de um caso extraconjugal de nenhum dos pais, sou adotada e infelizmente esses dois sabiam disso. O pai da Samantha é amigo do meu pai adotivo e parece que contou à sua filhinha que eu não era filha legítima do seu amigo e claro que a garota adorou saber dessa informação, assim como adorou contar a todos da escola na época. Eu não vejo nenhum problema em ser adotada, mas ali, entre os filhos legítimos das famílias mais ricas de uma cidade pequena onde todos se conheciam e onde as aparências importavam mais que qualquer outra coisa, eu era tratada como uma imunda assim como Eric mesmo disse, eles odiavam pessoas que não se encaixavam na sua "classe", ou seja, são um bando de idiotas preconceituosos e de conceitos pra lá de retrógrados para dizer o mínimo. -Pode deixar Eric, está tudo bem, não é como se essa coisinha insignificante fosse realmente me atingir-Samantha falou com um sorriso presunçoso nos lábios pintados em um vermelho vinho pelo batom. Como um bom cachorrinho obedecendo às ordens do seu dono, Eric me soltou e foi para o lado da namorada. Todos ficamos calados por um tempo e eu achei que finalmente poderia pegar minhas coisas, porém estava enganada. -E então Angel, como foi beijar o nosso querido professor de biologia celular?-A garota perguntou me encarando com uma de suas sobrancelhas erguida. -D-Do que você está falando?-Perguntei nervosa enquanto via o seu sorriso aumentar. "Como ela soube?" Me perguntei sentindo todo meu interior se revirar assim que Samantha me mostrou uma foto em seu celular e lá estava a imagem do homem de pelo menos cinquenta anos com os braços em volta de mim, me beijando. Claro que não era a imagem de quando tentei me afastar dele logo antes ou a imagem de quando o afastei chorando logo depois que ele me beijou à força, talvez ela também tivesse a imagem de quando ele me pegou com força me colocando debruçada em cima da mesa e passando aquelas mãos nojentas na minha b***a, porém, com certeza não haveria uma imagem de quando lhe dei um chute nas bolas e saí correndo daquela sala. Aqueles momentos não importavam para Samantha, ela queria algo que pudesse me humilhar e aquele beijo era o caminho perfeito para isso. -Eu tinha esquecido meu caderno na sala, mas acabei encontrando algo melhor quando voltei para pegá-lo-Ela falou enquanto balançava o celular na minha frente-Isso explica porque suas notas sempre foram tão boas-Samantha se aproximou de mim e sussurrou próximo ao meu ouvido-Faz o seguinte da próxima vez que for trepar com ele pede uma nota boa pra mim e pro Eric também, assim prometemos não contar do seu segredinho sujo pra ninguém. -Vai se ferrar sua i****a-Falo tentando pegar o celular da mãos dela, mas a garota se afasta antes que eu pudesse fazer isso. -Quer saber, não importa, tem cópias dessa foto espelhadas por todos os murais desse prédio, boa sorte pra explicar isso. Eu não quis contar a ninguém sobre aquilo, afinal era a palavra de um professor que estava a anos naquela instituição contra a minha, em quem iriam acreditar? Também não queria ter que dizer às pessoas que a meses vinha notando um comportamento diferente do professor em relação a mim, não queria contar que fui burra o suficiente para achar que não era nada demais. Não queria contar que aquela não era a primeira vez que ele me agarrava à força e agora eu tinha medo de ir à universidade às quartas, que era quando tinha que assistir a sua aula. De qualquer jeito resolvi não responder a provocação de Samantha e me abaixei para pegar minhas coisas o mais rápido que podia, pois se era verdade o que ela estava dizendo não queria ficar para ver o olhar de nojo que sabia que ganharia de cada um que passasse por mim naquele prédio. Assim que fechei minha bolsa e me levantei fui surpreendida mais uma vez por Eric que dessa vez tinha um dos cestos de lixo do lugar na mão e fez questão de jogar todo o conteúdo em mim. -Pronto, agora você está parecendo o que realmente é, um lixo-O loiro falou jogando o cesto de lixo no chão e pegando a mão de sua namorada em seguida saindo dali junto com a mesma que não pode deixar de acenar para mim antes de virar o corredor e sumir das minhas vistas. Tudo aquilo ficava cada vez pior, eu não aguentava mais. Já perguntei tantas vezes a mim mesma e a eles o porquê daquilo, o porquê de todas as ofensas, o porquê de todas as humilhações, mas era sempre a mesma resposta vaga: "Porque você merece". E eu já estava começando a achar que aquilo era realmente verdade, que realmente merecia aquele tratamento de merda. Como Samantha disse, as fotos estavam espalhadas por todo o prédio, as pessoas me olhavam com desprezo e nojo, de certa forma eu não as julgava por isso. Fui o caminho todo de casa sentindo os olhares tortos das pessoas queimarem sobre mim, eu já devia ter aprendido a dirigir, porém nunca tive tempo pra isso. Quando cheguei em casa naquele estado meus pais não ficaram muito felizes. -Mas que cheiro é esse Angela, resolveu brincar com lixo agora?-Minha mãe falou tampando o nariz. -Não,é que... -Do jeito que é desastrada deve ter caído em algum lugar sujo, estou certo?-Meu pai me interrompeu. -Não pai-Respirei fundo e resolvi que tentaria pedir ajuda mais uma vez, talvez eles me ouvissem-Pai, a Samantha Taylor e o namorado dela… -Vai começar com isso de novo Angela?-Ele me interrompeu mais uma vez-Quantas vezes vou ter que dizer que os Taylor's são sócios importantes para minha empresa, já disse pra não criar problemas com a filha deles. -Mas pai, ela… -Olha filha, eu sei que você deve se sentir m*l ao lado da Samantha, afinal ela é uma garota linda e muito educada-Quem falava dessa vez era minha mãe e eu não podia acreditar que estava ouvindo aquilo-Acredite, também não queríamos ter uma filha tão inútil, mas sentir inveja da Samantha não vai resolver seus defeitos. Ouvir aquelas palavras doeu muito, mas eu já devia estar acostumada, ouço coisas assim deles todos os dias, não entendo porque me adotaram, nunca demonstraram qualquer afeto em relação a mim. -Entendi-Falei tentando segurar as lágrimas que insistiam em se acumular em meus olhos. -Agora suba e vá tirar esse mau cheiro, teremos vistas para o jantar-Meu pai falou sequer olhando pra mim e apenas acenando na direção da escada. Subi correndo para meu quarto e assim que entrei no cômodo bati a porta atrás de mim. -Eu não aguento mais-Falei com as mãos na cabeça. Eu já havia chegado no meu limite e sentia que não havia ninguém que sequer se importasse, minha única amiga tinha viajado e não me mandava uma mísera mensagem há dias, mesmo eu tendo lhe mandado "bom dia" todas as manhãs, ela era meu único apoio, a única pessoa com quem podia desabafar, a única pessoa que me fazia pensar duas vezes antes de fazer alguma besteira, porém agora eu estava sozinha. Já meus pais, bom, eles com certeza não ligariam caso eu cometesse algum ato impensado, talvez até se sentissem felizes por terem se livrado de mim. A verdade é que ninguém sentiria minha falta, eu não sou importante o suficiente pra isso, nem mesmo meus pais de verdade me quiseram, fui abandonada ainda bebê em uma lixeira num beco imundo como se fosse realmente um lixo, um nada. Talvez Eric estivesse fazendo o certo quando jogou o conteúdo daquele cesto de lixo em mim, é como dizem, temos que voltar às origens mais cedo ou mais tarde. De qualquer forma eu não aguentava mais nada daquilo, não aguentava mais a Samantha e o Eric me dizendo ofensas e me humilhando dia após dia há anos, não aguentava mais o desprezo dos meus pais, não aguentava mais me esforçar para tentar deixá-los orgulhosos, afinal aquilo nunca daria certo. Não aguentava mais me perguntar o porque fui abandonada, não aguentava mais viver. Foram anos nessa merda de vida, agora eu só quero descansar. Fui até a cômoda ao lado da minha cama e tirei de lá uma das lâminas que havia pegado de um dos barbeadores do meu pai, não era a primeira vez que faria aquilo, normalmente eu só fazia para descontar todos os meus sentimentos, porém dessa vez queria ir além, não queria parar quando sentisse que estava indo fundo demais. Sentei na minha cama e comecei a me cortar em ambos os pulsos, com o tempo a dor estava se tornando insuportável então parei e deixei que o sangue escorresse por minhas mãos até atingir o chão, estava me sentindo fraca, mas diferente do medo e da angústia que achei que sentiria, o único sentimento que me preenchia era alívio, eu finalmente teria paz. Comecei a me sentir fraca e deixei que meu corpo caísse sobre o colchão macio, apenas esperando o momento em que meus olhos, que já estavam pesados, apenas se fechassem. -Angela, nossos convidados chegaram-Ouvi a voz da minha mãe, mas sequer me importei com isso-Angela. Foi então que ela abriu a porta e a última coisa que ouvi antes de desmaiar foi o grito do meu pai. -O que você está fazendo menina estúpida?! Flashback OFF Meus pais não quiseram me levar pro hospital, disseram que seria vergonhoso se soubessem que a filha deles havia tentado suicídio, claro, a imagem da família Davies é tudo que importa. Eles apenas chamaram um médico particular, que conseguiu chegar a tempo, depois de algumas horas e alguns pontos que estavam cobertos no momento pela blusa de mangas compridas que estou usando, eu já estava acordada novamente ouvindo meus pais falarem o quão estúpida eu era, por estragar um importante jantar de negócios com os Taylor's e tudo que consegui pensar foi que agora Samantha sabe outra coisa suja sobre mim. -Angela, precisamos conversar-Minha mãe falou ainda me encarando. -Não, eu preciso ir para a universidade, então se me dão licença-Estava saindo, mas meu pai agarrou meu braço e me puxou até o sofá. -Senta logo aí-Ele me jogou contra o móvel cinza e voltou para o lado da esposa-Ficamos muito preocupados com sua atitude ontem, afinal o que todos diriam se nossa filha se suicidasse? -Diriam que são péssimos pais-Olhei para eles com cara de tédio, não estava com paciência para aquilo agora. -Isso mesmo, mas nós somos ótimos pais-Minha mãe falou com a maior cara de p*u-Foi por isso que resolvemos te mandar para uma terapia.

editor-pick
Dreame-Editor's pick

bc

Atraída por eles.

read
62.0K
bc

INESPERADO AMOR DO CEO

read
38.1K
bc

O NOVO COMANDO HERDEIROS DO ALEMÃO ( MORRO)

read
14.5K
bc

Chega de silêncio

read
2.5K
bc

Atração Perigosa

read
9.2K
bc

Querido TIO.

read
10.3K
bc

O plano falhou: O Retorno da Filha Abandonada

read
9.0K

Scan code to download app

download_iosApp Store
google icon
Google Play
Facebook