O bar estava cheio, mas eu não via mais nada além de Hugo e o celular dele na mesa. Minha visão ficou turva de raiva. O desgraçado estava exibindo uma foto da minha mulher como se fosse um troféu. Me aproximei devagar. Leo, atrás de mim, sussurrava um nervoso “Henry, pensa bem”, mas já era tarde para pensar. — Que foto engraçada essa aí — falei, puxando uma cadeira e me sentando de frente para Hugo. Os dois amigos dele pararam de rir imediatamente, sentindo a tensão no ar. Hugo, por outro lado, não se abalou. Pegou a cerveja e bebeu um gole, me olhando de cima a baixo com um sorrisinho nojento. — Opa, delegado — ele debochou. — Veio beber com a gente? — Vim ver essa foto que você achou tão interessante. Ele bloqueou o celular com um toque casual. — Ah, só uma coisinha que achei no m

