Amanda ficou em silêncio por alguns instantes, como se estivesse decidindo se deveria continuar. O que mais havia para dizer? Ela já havia me mostrado um lado dela que ninguém via. Mas então, como se algo dentro dela tivesse se quebrado completamente, ela soltou um suspiro e se recostou na poltrona, olhando para o teto, antes de me encarar de novo.
— Você quer saber como eu cheguei até aqui? Como construí tudo isso?
Eu apenas assenti.
— Foi sozinha, Henry. Sozinha. Sem ninguém para me ajudar, sem ninguém para me dizer que eu era capaz, sem ninguém para me segurar quando eu caía.
Ela respirou fundo, seus olhos se perdendo no passado.
— Meu pai tinha dinheiro. Mas não era meu. Nunca foi. Ele nunca me ofereceu nada além do mínimo necessário. Cresci sabendo que, para ele, eu era apenas um
