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Nas mãos do Mafioso

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Blurb

— Se você se aproximar, eu pulo. — Me ameaçou com a voz chorosa, não apenas eu, mas todos os homens recuaram. — Anita desce daí garota, esta maluca. — Deu de ombros, o vento bagunçava seus cabelos, gesticulei para quem estivesse falando, que continuasse. — Eu não tenho nada a perder. Não me importo de pular. — Olhou o horizonte, a maioria dos homens desceram, precisam cuidar do bar, as garotas também desceram. — Pelo menos não me ferrarei sozinha, você vai perder tudo que eu lhe devo, eu não tenho mais ninguém mesmo não me importo em morrer.

— É uma pena, porque eu tenho fotos da suas amigas, são três não são? Acho que o que você faz numa noite elas fazem três vezes juntas, são três, parecem ser ricas, de alta classe. — Me olhou assustada, engolindo o choro em seco. — As minhas amigas não tem nada haver com isso. — Ri lhe desafiando com as mãos no bolso. — Perder meu dinheiro eu não vou, acha que eu vou? — Negou me olhando. — O que você quer de mim? Uma hora me cobra, me joga para ser prostituta, na outra parece que é meu dono me beija, bate, mata, decide logo quem vai pagar a minha divida, eu me entrego.

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Capitulo I- Anita Divit
Olhei em volta todos a minha volta comentavam baixo me olhando, segui em frente até chegar em casa. Meu tio estava sentado na poltrona, havia meses que a minha mãe estava doente, eu já não sabia mais o que fazer para ajudar em casa. Tentamos de tudo, mas a cada dia que se passava, ao invés de melhorar minha mãe piorava. Aproximei-me da cama devagar, meu coração batia ritmicamente devagar. A passos lentos, ao me aproximar ela apenas movia os olhos, tentando me ver, me olhar fiquei a sua frente, quando tentou sem falar sem voz. — O prazo dos dinheiros que pegamos emprestado já venceram Anita, eu não sei mais o que fazer. — Olhei para meu tio, estando a frente da minha mãe, lamentei que ele não houvesse mais recursos. — Tio este mês receberei o pagamento da lanchonete. — Sorriu fraco quase em lamentação. — Seu salário não dá para pagar Anita, por mais que tentemos, não há mais recursos. Assenti, para tudo sempre haveria uma solução, assim que minha mãe me ensinou desde pequena. Todo fim seria feliz, pelo menos é o que devemos acreditar, ser gratos acima de tudo. Segurei a mão pequena, fria, frágil na minha mão, mamãe emagreceu muito nos últimos meses, mas devo agradecer por estar viva, quando os médicos lhe deram apenas seis meses, já temos oitos meses nessa situação. — Mãe vai ficar tudo bem, temos que acreditar. — Seus olhos verdes vagaram sobre mim, até que uma lágrima desceu, me aproximei para limpar seu rosto, magro, esguio, agora minha mãe parece apenas uma carcaça em um corpo que já fora belo. Minha mãe sempre foi a melhor dançarina de balé da cidade. Muito bela, mas aposentou-se após descobrir que estava doente, passei a mão em seu rosto com carinho, me aproximei para beija-la. Eu tenho que acreditar que tudo ficará bem em algum momento. — Anita? — Meu tio me chamou após um tempo ao lado da minha mãe. — Anita sua mãe não esta respirando. — Levantei com pressa e como ele passei a mão em seu rosto, esperei algum retorno dela por busca de ar, uma inspiração ou expiração, o que não houve, afoguei-me em lágrimas. — Não, não mamãe, não não me deixe. — Pedi em súplicas, e como eu meu tio também chorou, sacudir seu corpo para que reavivasse, não houve chances. Sem haver mais vida naquele corpo que fora minha matriz, meu alicerce debrucei-me sobre ele até que o pessoal do funeral chegou. Olhei para os dois homens de pé, neguei quando eles tentaram se aproximar. — Anita não dificulte a situação, eles tem que cuidar do seu corpo, embalar para que tenha um velório digno e decente como toda cristã. — As lágrimas secaram em meus olhos, estes que já estão inchados do peso, da dor pela minha perda. Afastei-me e como meu tio disse, acompanhei o embalo do corpo magro, frágil da minha mãe. A sua cama ficou vazia, encolhi-me no abraço do meu tio, que não escondeu sua dor, chorou em som alto e tenaz a minha orelha, seu bigode me incomodava, mas o que mais incomodava naquele momento era a perda repentina de mamãe. Passei a noite em claro no meu quarto, pela manhã pessoas chegaram para perguntar, foram pessoas que estiveram conosco naquela luta por meses. Eu até tentei demonstrar ser uma garota forte, mas a fraqueza, o desgaste me consumia, com uma rotina levando cachorros para passear pela manhã para fazer um extra, aulas de espanhol para os alunos que necessitavam de reforço de idiomas, a tarde trabalho na lanchonete e a noite cuidar da minha mãe, para que nada lhe faltasse, acabei desabando, todo meu esforço foi em vão no final. Com meu salário do mês da lanchonete e mais alguns trocados, fizemos seu velório. Sepultamos seu corpo naquele mesmo dia, era doloroso, um martírio, ver o corpo que me gerou, e me alimentou naquele lugar, numa cova funda, sem ação. Sai abraçada com minhas amigas que me amparavam naquele sentimento doloroso que nunca parecia passar, eu tentei ver algum motivo para sorri, mas não havia, apesar de todos dizerem que minha mãe descansou. Eu acreditei numa recuperação, que de repente não houvesse mais câncer, seus cabelos voltassem a crescer, loiros brilhantes e saudáveis o que não aconteceu. Continuei pensativa, até que um homem alto, de aparência italiana se aproximou usando um terno preto, ele não era alguém próximo da nossa família, eu nunca o vi. Ao ver meu tio caminhou em sua direção, conversaram baixo por um momento, ignorei por acreditar que fosse alguém dos seus. A família do meu tio nunca esteve presente em nossas vidas, talvez aquele fosse o momento de se reconciliar. Nas perdas, mortes as pessoas se reconciliam pela dor. Cheguei em casa conferir meu celular, ainda com o rosto pesado, o cansaço pela noite sem dormir, pelo tempo de trabalho me consumiam. Quando meu tio chegou completamente molhado, chovia lá fora, como naqueles dias cinzentos. — Eles estão me cobrando novamente Anita! — Sentei-me no sofá, engolindo em seco a possibilidade de perder a casa por causa das dívidas.— Mas m*l acabamos de sepultar a mamãe. — Lamentou sentando a meu lado. — A casa esta com a hipoteca vencida. — Eles não vão demorar a cobrar. — Lhe olhei de sobrancelhas arqueadas. — O quê? — Assentiu em silêncio. — Eu sei que sua mãe não contou. — Suspirei, por qual motivo mamãe hipotecária a casa? Pus as mãos na cabeça notando que a medida que os dias vinham, acumulavam-se problemas. Passaram-se três dias, voltei as atividades normais após passear com os cachorros dos Schnaid, retornei para casa, a não ser eles naquele dia, ninguém mais me deram seus cachorros para levar pra o passeio. Cheguei em casa mais cedo um confusão vinha de dentro da casa. Entrei ao escutar barulhos vindo de dentro e não era de conversas desta vez, ao passar pela porta um homem segurava meu tio ensanguentando pela gola da blusa, pelo suas vestimentas ainda estava na cama, parecia ter sido surpreendido, o rosto bastante machucado. — Senhor o que houve? Solte-o por favor. Supliquei aflita tentando tirar meu tio de suas mãos enormes, o homem era alto a medida que dava dois de mim, dois do meu tio. Somos quase a mesma altura, me olhou com uma expressão nada amigável. — É você que vai me dá meu dinheiro? Vai pagar meu dinheiro? — Recuei passos retrocedentes a medida que caminhou em minha direção, engoli a saliva com dificuldade em minha garganta. Meu tio tossia engasgando no chão. — Não tenho seu dinheiro, Senhor, não agora. — Pedi erguendo as mãos. — O que você que a quantia que seu tio me deve é tão baixa assim? — Vasculhei atrás dele com os olhos em busca do meu tio ainda sentado no chão, totalmente machucado. — Tio quanto deve a este homem? — Perguntei de pé desta vez, o mesmo me olhava avaliativo, seus olhos nada agradáveis avaliava meu corpo, meu rosto de uma maneira obscena que alguns clientes na lanchonete olhara algumas vezes. — A quantia mais os juros Anita! — O olhei ainda me olhando, quando sua mão tentou tocar meu rosto, recuei apenas do tronco para cima. — Eu aceito você como pagamento docinho, me renderá um bom lucro. — Neguei vendo meu tio nos olhar. — Tire suas mãos dela.... — Tentou dizer até ser interrompido pela voz firme do homem. — Ou quê Manoel? Me diz o que você poderá fazer? Meu tio tentou se levantar em vão, me olhou angustiado. — Eu vou pagar seu dinheiro não se preocupe. — Avisei tomando a frente, já que naquele momento não havia mais o que fazer, assentiu me olhando. Saiu da nossa casa com um sorrisinho no rosto, caminhei até o meu tio para ajuda-lo a levantar. — Não temos condições de conseguir este dinheiro Anita. — Eu também tive certeza do mesmo, lhe vendo caminhar a meu lado mancando da perna, seu rosto cheio de hematomas. — A cobrança de hipoteca já chegou, se não tivemos o saldo, em uma semana ficaremos sem casa. — A ajudei sentar no sofá, olhei em seu rosto aflito. — Não temos para onde ir tio. — Avisei a ele, que ergueu os ombros caindo em seguida em completo desanimo, suspirou apoiando-se no braço do sofá, lhe vendo daquele jeito não havia esperanças. Peguei a caixa de primeiros socorros para limpar seus ferimentos. Sai para mais um trabalho, quando retornei não o encontrei em casa. Estava na porta quando um carro parou, olhou para a casa, tirou os óculos do rosto era um homem alto, o mesmo que vi no cemitério após o sepultamento da minha mãe. — Meu tio não esta em casa. — Avisei para ele, que olhava em volta avaliativo. — Eu sei! Acabou de sair da cidade com uma mala. — Abri ao máximo meus olhos, ele estava dizendo que meu tio me deixou? — Não, não era ele! — Ergueu levemente os lábios ao me escutar, perdi o riso ao vê-lo me olhar de tão perto, seus olhos negros olhou nos meus. — Acha mesmo que sou do tipo que se engana garota? Recuei alguns passos afirmando que não, seus olhos eram voraz, pequenos, os cílios grandes, a pupila não parecia dilatada, senti medo e pavor. — Leve-a garota! — informou em voz alta, quatros homens apareceram rapidamente, suas mãos pegaram meus braços, e pernas a medida que tentei lutar até chegar ao carro. Fui empurrada para dentro dele, ao gritos de socorro, aquela hora ainda era dia, mas ninguém se atreveu a vim me salvar. Mordi a mão do primeiro que tentou cobrir a minha boca.

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