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O Pai Da Minha Filha

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Blurb

Desde que nasceu, o orfanato foi o único lugar que Pérola chamou de lar. Além de encontrar abrigo, ela desenvolveu laços de amizade muito fortes, principalmente com Nicollas Nicollas, que chegou ao orfanato com seis anos de idade, enxergou em Pérola uma pessoa muito especial, alguém que ele queria proteger e cuidar com todo o seu coração.Devido à sua tendência introvertida, Nicollas guardava em segredo um intenso sentimento de amor por Pérola. Com o passar dos anos, a relação entre os dois evoluiu para um romance secreto e apaixonado, proporcionando-lhes a experiência da ternura e intensidade do amor juvenil.Depois de algum tempo, uma reviravolta os separou, levando-os por caminhos diferentes. Nicollas se tornou um CEO de uma grande empresa, ao passo que Pérola se destacou como chef talentosa e uma mulher emancipada, correndo atrás de seus sonhos com empenho. Mesmo com todo o sucesso, o coração de Pérola permanecia incompleto: a vontade de descobrir suas raízes e entender as circunstâncias de seu abandono.Por coincidência do destino, seus trajetos se encontram mais uma vez, revivendo a paixão de um amor que sempre permaneceu vivo. O reencontro desse sentimento intenso pode ser a resposta que ambos buscavam para alcançar a felicidade genuína, um desejo acalentado desde os tempos de juventude.

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Capítulo 1
Pérola Meu nome é Pérola, fui deixada ainda recém nascida , sem ter conhecido meus pais biológicos. Nunca soube por que fui abandonada por minha mãe, mesmo sendo tão vulnerável naquela época. Quais motivos levam uma mãe a deixar seu bebê desamparado? Não compreendo absolutamente nada disso. Moro em um orfanato denominado Santa Marta que está localizado em Campo Grande, Recife. Segundo o que as tias contavam, fui abandonada aqui quando era bebê e tenho estado aqui desde então. Não há ninguém que eu saiba que possua o mesmo sangue que eu, mas se minha mãe biológica me deixou, talvez ela não desejava ter seu próprio descendente próximo, ou talvez tenha ocorrido algo inesperado para ela me abandonar. Neste lugar, ao menos tenho um abrigo, embora algumas tias não nos deem o tratamento adequado. Já vivenciei situações desagradáveis com algumas tias que abusavam, menosprezar e agrediam sem motivo aparente. Em diversas ocasiões, fui privado de alimento. Graças a Deus, todas essas tias já não estão mais em nosso convívio, a não ser por uma que nutre um sentimento de hostilidade em relação a mim, sem que eu compreenda o motivo. Não recordo de ter realizado qualquer m*l para ela, pelo menos não que eu saiba. Aqueles que possuem maldade em seus corações não precisam de justificativa para causar sofrimento a outras pessoas, especialmente quando se trata de uma criança inocente. Essa tia não me agrada, pois seu tratamento é bastante desagradável para comigo. Tenho a impressão de que, se pudesse, ela já teria me mandado embora deste lugar na base da violência. As doações são recebidas pela administração para garantir a manutenção do abrigo, que se tornou um porto seguro para crianças desamparadas, como eu, em busca de auxílio. Felizmente, ainda há pessoas altruístas na sociedade que contribuem para a preservação do ambiente, caso contrário, não consigo imaginar o que aconteceria conosco. Este é um abrigo sem assistência governamental e acredito que, se houvesse, talvez fosse mais eficiente. Essa percepção veio depois que amadureci e comecei a analisar mais profundamente a situação e o funcionamento desta instituição. Se fosse por elas, nunca teria conhecimento de nada. Outro aspecto peculiar é a maneira como elas interagem com as pessoas que chegam aqui com o objetivo de adotar uma criança. Certo dia, involuntariamente, testemunhei a tia que não simpatiza comigo recebendo dinheiro de um casal. Eu estava escondida e presenciei esse casal levando uma criança logo após acreditar que o pagamento havia sido realizado. Naquele momento, notei algo incomum, porém optei por não comentar com ninguém, sequer com meu mais próximo amigo. No orfanato existem muitas crianças, mas é meio difícil alguma ser adotada e encontrar uma família de verdade, que é o sonho de todos nós. Eu sempre ficava olhando aquelas famílias chegando e adotando algumas crianças, mas nunca me adotaram. E eu ficava muito triste com isso porque ninguém me queria. Será que tenho algum problema? Com o decorrer dos anos, pude notar que ao chegar alguém interessado em adotar crianças, elas tendem a escolher somente aquelas de pele clara, me deixando sempre de lado. A grande parte dos casais que frequentam este lugar são de pele clara e não entendo qual é o impedimento em me adotar. Será que eles jamais considerariam me adotar por causa da minha cor de pele? Oxe, gente preconceituosa só atrapalha! A maldade que permeia o mundo é o preconceito racial persistente, que nunca parece ter fim. Por conta da cor da minha pele, nunca encontrei uma família disposta a me acolher. Neste lugar, há uma instituição de ensino, professores e eles são muito amigáveis conosco, aliás sempre fui muito dedicada aos estudos. Os professores ensinam com dedicação e são pessoas que não esperam recompensas por seu trabalho. Eles se dedicam para garantir um futuro promissor para todos nós, como afirmou a professora Fabiana, por quem tenho profunda estima. O mundo deveria ser habitado por mais pessoas como eles. Todos que contribuem, desde os dentistas até os médicos, prestam seus serviços de forma voluntária. Imagino que façam parte de uma ONG. Ouvir essas palavras há muito tempo atrás deixou uma marca em mim. Passei a refletir, o que significa uma ONG? Se existirem mais pessoas altruístas como os professores e todos os voluntários aqui, o mundo com certeza será um lugar melhor. Agradeço a Deus por minha paixão pelos estudos e tenho a esperança de, no futuro, ingressar em uma instituição de ensino superior e conquistar uma oportunidade de trabalho satisfatória. É muito prazeroso adquirir conhecimento. Neste lugar encontramos toto isso , e se estivéssemos ao relento, não teríamos nada disso, nem mesmo um abrigo para descansar, sem mencionar que poderíamos até estar sem vida. Não tenho ideia do que se passa com as crianças nas ruas, já que só escuto histórias terríveis sendo mostradas na televisão. Sim, é possível assistirmos à televisão, no entanto não podemos assistir televisão, pois as tias não nos autorizam a isso. Elas podem ter seus motivos para agir assim, não tenho conhecimento. Aqui, as meninas não se aproximam de mim com o intuito de criar laços de amizade. Desde sempre, elas me intimidam. Cada uma delas forma seu próprio círculo. Existem garotas mais velhas do que eu, outras mais jovens, e até mesmo aquelas da mesma cor de pele que a minha, que se consideram brancas, unindo forças umas com as outras para me ridicularizar com apelidos ofensivos. É bastante desagradável não contar com alguém que expresse seu carinho por nós. Por vezes, chego a cogitar que, por ser de pele escura, as pessoas não me enxergam como alguém comum. Apesar das adversidades, tenho uma grande amizade que valorizo bastante e sei que ela também é recíproca. Talvez seja essa a razão pela qual algumas pessoas não simpatizam comigo. Às vezes me pego questionando por que meu amigo bonito e sua pele branca, ainda não encontrou um lar adotivo, mesmo tendo chegado aqui já com seis anos e sabendo que muitos preferem adotar bebês. Sinto uma conexão intensa com esse meu amigo, apesar de reconhecer minha juventude. Já completaram dezesseis anos desde a minha chegada neste lugar... Só consigo imaginar o momento em que atingir a maioridade e não poder mais ficar neste lugar, me pergunto para onde irei. Tenho dezesseis anos, enquanto meu amigo vai completar seus dezoito e fico surpresa por ele ainda não ter sido expulso, graças a Deus. Quando atingimos a maioridade, recebemos a ordem de saída do abrigo e nos vemos entregues ao destino. Ou em uma instituição como já me contaram. Não desejo perder a companhia do meu amigo ou a pessoa que amo. Ele fica do meu lado em todos os momentos, principalmente quando preciso lidar com pessoas inconvenientes. Apesar de ser um tanto reservado, meu amigo está sempre ao meu lado, me apoiando e cuidando de mim. — Olá, minha linda! Como você está se sentindo? Está tudo bem com você? Sempre me sinto um pouco constrangida quando ele me chama de querida, linda ou princesa, pois ele tem um jeito muito doce e afetuoso. Minha alegria se completa ao estar junto dele. Ele possui pele clara, seus olhos são da cor azul e ele utiliza óculos de grau com lentes espessas, o que acaba sendo motivo de chacota por parte de algumas crianças. Por qual motivo algumas crianças conseguem demonstrar maior maldade do que outras? Eles incomodam-no, zombam dele por usar óculos e afirmam que ele se assemelha a um extraterrestre de tão magro. Antigamente ele passava os dias em prantos, mas atualmente essa situação mudou. Ele é bastante magro mesmo, no entanto, para mim, não há qualquer inconveniente se as garotas daqui o consideram pouco atraente, pois eu o vejo como o mais belo. Na minha opinião, ele é extremamente lindo, mesmo usando óculos. Felizmente, ele não possui preconceitos, pois há pessoas que insistem em me rotular como n***a chata, afirmam que nunca alcançarei nada na vida e sequer serei adotada por conta da minha cor de pele. Estou ciente de que não serei mais adotada, pois já ultrapassei a idade considerada ideal. Em suma, há uma grande quantidade de pessoas malvadas neste abrigo.. Porém, ele nunca me desrespeitou por causa da tonalidade da minha pele, embora seja extremamente claro. Admito que o desejo de ser acolhida já não está presente em mim, porque se a infância foi complexa, agora na adolescência parece ainda mais desafiador. — No que essa cabecinha tanto pensa e não me responde... Está tudo bem com você? — questiona ele, capturando minha atenção e me tirando do estado de distração em que me encontrava. — Peço desculpas, Nicollas, estava apenas refletindo sobre assuntos triviais, nada relevante. Você é extremamente gentil comigo. Eu te amo, Nicollas. Você é verdadeiramente único, a única pessoa preocupada comigo. Não consigo imaginar minha vida sem você. Sinto tanto medo de você partir e me abandonar. Devo admitir que não sei como vou lidar com sua ausência. Ele permanece em silêncio, encarando meu rosto, visivelmente constrangido. Não entendo por que, mas sempre deixei claro o meu amor por ele e estou preocupada com a ideia de tê-lo longe de mim no futuro. Não estou pronta para lidar com a ausência do meu amor.

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