Narrado por Hero Green
Amanhã, Maísa Viana será oficialmente minha esposa.
Esse casamento não é romance. Não traz véus nem flores silvestres, tampouco sonhos de menina ou juras diante do altar. É estratégia. É escudo. É marca invisível que diz: intocável.
O amor não faz parte disso. Mas o código de honra exige perfeição. Tudo que é meu precisa ser marcado, protegido, impecável.
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Acordei às quatro e quarenta e cinco. Não por ansiedade, mas porque meu corpo obedece à disciplina, não ao sono.
Vesti-me com a mesma precisão com que construo alianças. Terno sob medida, tecido exclusivo de Milão, cortado com exatidão. Camisa branca, colarinho firme, botões de prata gravados com minhas iniciais. Gravata escura: silenciosa, autoritária.
Hoje, o mundo entenderia.
Quando um Green se casa,
