Capítulo 4

578 Words
Acorrentadas saiamos em fila , e os corpos das garotas? Ainda estavam acorrentados a nós, arrastamos aqueles corpos pelo chão, amarrados pés e mãos, aquele lugar era coberto de neve, cada passo que dávamos nossos pés descalços queimavam no gelo. Caminhamos muito até chegar em uma enorme casa, sua aparência era velha, os rebocos da casa já estavam caindo, o limo estava por todo lugar naquela casa. - Parem!  Ouvimos uma voz nova, dessa vez era voz de mulher, a mesma caminhou devagarinho nos olhando enquanto terminamos de frio e nossos pés doíam. - Porque vocês não já tiraram essas duas daqui? A mesma falou apontando para os corpos. - Desculpa senhora, mas... Não podíamos ter oportunidade de deixar as outras escaparem. O chefe barrigudo falou. - Senhor Carlos! Tire elas daqui agora!  - onde vamos coloca-las senhora? - joguem no mar... Enquanto esperávamos tirar os corpos dali a neve descia sobre mim, fechei meus olhos para senti-la, pois sabia que aquela poderia ser a última vez. - Andem! Ouvir ela mais uma vez, mas dessa vez a mesma me empurrou com sua régua de madeira a qual não largava nunca, depois que entramos fomos direto para o fundo da casa, todas caminhando em fila pois ainda estávamos acorrentadas, sem cerimonia aquela mulher alta dos cabelos vermelhos e magricela rasgou nossas roupas nos deixando apenas com roupas intimas. - Sejam bem vindas ao inferno meninas! A mesma falou rindo muito, logo após sentimos água gelada em nosso corpo, aquela agua era tão gelada que saia fumaça dela. - a senhora vai nos matar! Uma delas gritou com a voz um pouco falha, a mulher caminhou ate a mesma e levantou seu rosto. - Não posso matar vocês infelizmente, mas.... Posso tornar a vida de vocês um inferno. falou rindo muito e logo após saiu de perto para que assim as freiras continuassem a nos dar banho. - não...não vou aguentar... Eu vou morrer logo... Uma das garotas falou enquanto tremia de frio e suas lagrimas lavavam seu rosto. - aguenta sim! Você vai sair daqui! Falei olhando para a mesma a qual deixou mais e mais lágrimas rolarem em seu rosto, depois do banho nos deram vestes de feiras para que nós vestissemos, nos levaram para uma enorme sala a qual estava vazia. - Esse será o local de vocês dormirem... Uma das freiras falou enquanto nós entravamos naquele lugar, com muitos soldados armados por perto a mesma começou a tirar nossas correntes. - Eu estou morrendo de fome e frio senhora, por favor me ajuda... - qual seu nome minha jovem? - Ana , meu nome é Ana. - olha Ana eu sou a Cristine,não tenho ordens para te da comida mas vou tentar te ajudar. A mesma falou enquanto abraçava a garota, a Ana era a mais nova da nossa turma, a mesma tremia muito de frio, depois de alguns minutos que a Cristine saiu a mesma voltou silenciosa com alguns pedaços de pão dando assim um pedaço para cada uma de nós. -Se alimentem! Amanhã vai ser um longo dia. - O que vão fazer com a gente? Perguntei deixando minha voz ser o único som naquela sala. - eu não sei querida ... Eu não sei... A mesma respondeu enquanto acariciava meu rosto, as lagrimas estavam querendo rolar em meu rosto mas as engolir em seco, não era o momento de choro. A lágrima mais pesada... É aquela que não cai - Rita Smith 
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