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724 Words
Gabi narrando Encaro o homem na minha frente que eu não sabia o homem e nunca tinha visto ele nesses dias que estava aqui, e abaixa a arma e me encara rindo. - Pode ter certeza que você não vai morrer sem sofrer - Ele diz me fazendo arregalar os olhos para ele e ele sai e fecha a porta e me deixa ali amarrada. Encaro o teto por várias horas , e ninguém entra de volta no quarto. - Gabriela Gabriela - Marcelino diz entrando junto com o homem de mais cedo - A sua sorte é que conseguimos acalmar a Carla - Ele fala tirando a mordaça da minha boca e eu o encaro. - Agora a gatinha esta sem língua - O cara diz e eu o encaro . - Deixa ela Marcos - Marcelino diz e eu os encaro - Eu acho que vou ter que te avisar pela última vez - Ele diz mostrando o telefone e vejo a minha filha brincando na rua. - Alana - Eu falo arregalando os olhos - Se você tentar fugir ou fizer alguma coisa parecida com oque você fez - Ele diz passando algumas foto dela na creche - É ela que vai sofrer as consequências - Ele diz - E você vai ser culpada pela morte da sua filha. - Meus olhos enchem de lágrimas eu não poderia colocar a vida da minha filha em perigo. - Acho que ela entendeu - Marcos diz - Não é mesmo? - Sim - Eu falo em soluços e segurando o choro - Eu não irei arrumar problemas mais. - Menina boa - Marcelino diz - Até proque você está avisada, seja bem obediente , caso ao contrário a sua filha vai sofrer por você - Eu assinto com a cabeça. (..) Um mês se passaram e Carla agora que estava melhorando de todos os seus hematomas, ela estava me fazendo passar pelas maiores humilhações do mundo, os meus clientes era só quem ela escolhia e sempre era um bando de velho. Eu me sentia um lixo, imunda toda vez que eles saiam de dentro de mim. - Desculpa - Falo assim que abro a porta do banheiro e acabo esbarrando em um cara - Eu não te vi aí, desculpa - Ele me olha de cima à baixo e continua sério, mas como ele estava na minha frente como uma parede , eu não conseguia sair da ali se ele não me desse espaço, ele encarava o meu rosto, e o mesmo deveria estar vermelho já que eu estava chorando no banheiro. - Olha por onde anda moça - Ele diz e eu apenas assinto . Ando até o salão de novo, normalmente fazíamos de 3 a 4 programas por noite, já deveria ser umas 4h da manhã e eu já tinha feito 3. - Ei Gabi - Luiza me chama , ela também tinha sido enganada e veio parar aqui , eu era de São Paulo e ela do Rio e acabamos criando uma amizade aqui - toma isso - Ela diz me estendendo um copo de água. - Eu esbarrei na aquele cara - Eu falo vendo que ele estava falando com Carla - Será que ele foi reclamar de mim para Carla? - Nunca vi ele aqui - Ela fala - Acho que não, se não eles estariam olhando para cá - Ela diz e eu assinto. Ela tinha razão ela já estaria me fuzilando com os olhos. - Eu vi elas falando sobre um leilão - Mara a outra menina que trabalha aqui fala - Leilão? - Eu pergunto - Leilão de mulheres Gabi - Luiza diz e eu ergo o olhar para ela - Isso existe? - Eu pergunto - Nesse mundo existe tudo - Mara fala - Carla vai participar, ela vai escolher alguém para levar. - E como que funciona ? - Eu pergunto - Ela vende uma das meninas por uma quantia de se perder de tantos zeros - Mara fala e eu arregalo os olhos. Cada dia que eu ficava aqui, eu descobria uma coisa pior que a outra, oque me deixava mais aterrorizada e com medo. Eu era apenas uma menina de 16 anos perdida nesse mundo, e com uma filha e uma mãe para proteger, em que m***a eu fui me envolver.
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