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987 Words
CAPITULO 1 KATARINY NARRANDO — Chega Eduardo – eu falo desligando a escada. — Continua Katariny. — Sério , você abusa do poder porque sou sua esposa – ele abre um sorriso. — Você que me pediu um treino, disse que queria emagrecer. — Eu quero emagrecer e não morrer, não sei se você lembra o rico aqui é você, não vai ganhar herança nenhuma minha. — Para de besteira – ele fala ligando o aparelho novamente – mais dez minutos e você muda o aparelho. — Mais dez minuto e você vai me ver dentro de um caixão. — Chega de drama meu amor – ele fala sorrindo e eu olho para ele. — O que foi? – Julia fala se aproximando – Eduardo pegando pesado de novo com minha amiga. — Sua amiga que vive de corpo mole, depois vem com reclamação que está gorda em todas as roupas. — Não, meu marido que é abusivo – eles começam a rir. — Já estou indo – Eduardo fala para um aluno que chama ele – já volto, estou de olho em você – ele faz sinal e eu reviro os olhos. — Ele ama te provocar – Julia fala. — Ele quer me matar – eu desligo o aparelho e me sento em um dos degraus. — Se você viesse todos os dias, não sofreria. Nem parece esposa de personal trainer – ela fala rindo. — Ele que é o personal, eu sou psicóloga – ela começa a rir. — Sua agenda está cheia? — Lotada e a sua? — Também! – ela suspira – ainda bem. — Até que enfim estamos sendo reconhecida nessa cidade, logo vamos ter nossa própria clinica no nosso prédio. — Você sonha alto – ela fala. — A gente tem a clinica, claro, mas é alugada. Vamos ter nosso canto da nossa forma, você vai ver. — Amém – ela sorri. — Eu vou fugir do meu marido – eu falo rindo – diz que eu amo ele. — Eu vou ficar com essa missão. — Vai – eu falo rindo – até mais tarde. — Até. Eu saio correndo da academia antes que Eduardo me ver e me faz voltar para aquela escada do demônio, eu vinha para academia a cada 30 dias. Eu vou para casa tomar um banho e quando estava secando os meus cabelos, escuto um carro parar lá na frente, olho pela janela e vejo que era minha sogra, eu desço ligando a cafeteira e indo em direção a porta. — Querida – ela fala quando eu abro – ainda bem que eu te peguei em casa. — Estava quase de saída. — Tem um tempo para um café? — Eu tenho uma hora ainda até o primeiro cliente. — Ótimo, é tudo que eu preciso. — Entre – eu falo para ela e ela entra. Acho estranho dona Joana, nunca foi de vir tão cedo em nossa casa e ela parecia preocupada, a gente se senta na mesa e eu sirvo o café em sua xícara e depois na minha, eu levo a xícara até a minha boca e ela me encara. — Estou curiosa pela visita logo cedo – eu sorrio. — Você sabe que tem algo errado, até porque vir tão cedo na casa das pessoas, mesmo que seja na casa do meu filho e da minha nora, é algo muito deselegante para mim. — O que aconteceu? Como posso te ajudar? – ela suspira. — Eu não sei como começar a te contar isso. — É algo grave? — Eduardo comentou que marcamos um jantar hoje? — Acho que ele me comentou isso hoje pela manhã bem cedo no caminho da academia. — Você estava com ele? — Sim – eu respondo – A senhora Joana, está me deixando nervosa e preocupada. — Ele estava calmo? — Quem, Eduardo? — Isso – ela responde — Sim, estava normal. — Ainda bem, que ele não desconfiou de nada. — Do que a senhora está falando? Por favor, vá até o ponto. — A gente marcou esse jantar porque vamos precisar conversar com Eduardo e com você também, você faz parte da nossa família e é um assunto delicado – eu estreito os olhos – porém, eu não sei como Eduardo vai reagir e eu queria muito que você já soubesse o que vamos contar, para nos ajudar. — Claro, estou a disposição para tudo. Eu observo Joana que estava nervosa, sua mão estava suando e ela passava a mão pelo rosto diversas vezes. — Artur, fez alguns exames de rotina que o médico pediu depois de algumas dores de cabeça e os resultados saíram e não é os melhores resultados. — Ele está doente? – eu pergunto — Sim – sinto ela engasgar com a sua própria saliva. — É grave? — Ele está com câncer – ela fala e eu olho para ela – um câncer delicado, tem cura mas precisa de um tratamento. — Meu Deus – eu falo — Preciso da ajuda de Eduardo, precisamos que ele tome conta das empresas, Artur terá que renunciar o cargo, ficar afastado e a gente não tem ninguém de confiança. — A senhora pensa em contar para Eduardo sobre a doença? — Sim, mas não da forma tão grave que ela está. — Você quer que eu minta para ele? — Eu preciso da sua ajuda – ela fala pegando na minha mão – você é a única que pode convencer Eduardo a tomar conta das empresas. — Ele nunca quis isso. — Eu sei – ela fala – mas a gente precisa que ele faça isso, quando a gente contar a ele e fazer o pedido, por favor, nos apoie, apoie a sua família. Tudo isso será um dia de vocês, é algo que Artur construiu pensando em Eduardo, logo Artur vai ficar bem e vai retomar os seus negócios.
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