Capuz Vermelho

Olá para você que acabou de chegar! Esse é um livro homossexual 18+! *** Desde o dia em que o viu pela primeira vez, James não conseguia mais parar de pensar nele. Aquele pelo preto brilhoso e o seu corpo majestoso; ele era um lobo enorme mas não era nada assustador como o povo da vila falava. Ele era gentil e prestativo, quem havia salvado sua vida das garras de uma feroz onça. Mas o que mais chamava sua atenção eram aqueles olhos, seus lindos olhos azuis cintilantes. Eram olhos de um humano, parecendo ser muito inteligente, a causa para a atração de James. [...] O mundo girava em torno da magia e por causa disso existiam academias para a alta elite treinarem seus filhos. Mas para não haver revoltas, haviam exames para que plebeus capazes também pudessem participar. James nasceu com uma marca vermelha na mão direita, sendo assim, sua descendência deveria ser da realeza, pois somente a família real nascia com essa peculiaridade. As marcas indicam seu nível de poder mágico e sua posição social, então como todos já nasciam com ela, suas vidas eram basicamente predestinadas. É claro que haviam alguns erros em relação as marcas, pois alguns nobres nasciam com pouca magia ou alguns plebeus nasciam com muita. No caso de James, ele era filho de uma costureira que trabalhava no palácio. A marca de sua mãe era cinza, sendo assim, com pouca ou praticamente nenhuma magia. Sua mãe era muito humilhada pela sociedade, mas achou favor diante da rainha ao salvá-la de cabras enlouquecidas. Desde então, sua mãe trabalhava no palácio, acabando por James ganhar uma bolsa na academia Lunar. As vezes sua mãe o levava para o palácio para que ele pudesse ajudar o filho do rei a treinar, mas ele odiava isso. O príncipe era muito metido e toda oportunidade que tinha era para humilhá-lo. James havia nascido com a cor vermelha, a cor que deveria pertencer somente a família real. Ninguém acreditava nele ou em sua mãe, já que uma criança de cor vermelha nascida de uma simples mulher com marca cinza era simplesmente impossível, até mesmo para um mundo com magia. A mãe de James nunca soube quem era o homem com quem dormiu, pois os dois estavam bêbados e o homem também usava uma máscara. O homem misterioso havia deixado um colar para que ela pudesse entregar a criança e depois disso desapareceu. Porque ninguém acreditava nela, a mulher proibiu que James mostrasse aos outros o seu verdadeiro poder, por isso, ele sempre usava uma luva preta escondendo sua marca e quando precisava, usava somente uma pequena quantidade de sua magia para manter a discrição. James estava com dezessete anos, idade em que iria participar pela segunda vez do dia mais especial do vilarejo: O dia da Alma Gêmea. Todos os anos, jovens entre os dezesseis e os vinte cinco anos se reuniam na praça para encontrarem seu par. As marcas vinham com cores e símbolos específicos, sendo que apenas duas pessoas da mesma geração podiam nascer com marcas iguais, transformando-se em um casal predestinado pelos céus. As vezes o símbolo poderia ser o mesmo, mas somente pessoas com o mesmo símbolo e com a mesma cor poderiam se reunir. Por causa disso, James nunca participava desses eventos. Ele não podia mostrar sua marca para ninguém, como também, ninguém, absolutamente ninguém tinha o mesmo símbolo que ele. Os símbolos seguiam o padrão de dez formas diferentes e cada pessoa tinha uma cor específica, mas o símbolo de James era completamente diferente dos demais. Na sua mão direita havia a marca de um dragão vermelho, mais um dos motivos pelo qual James escondia sua marca. No dia da Alma Gêmea, James foi preso por alguns jovens que constantemente tentavam forçá-lo a revelar sua marca, porque James mesmo sendo filho de uma fraca costureira, tinha uma aparência muito bonita, com 1,65m de altura, corpo magro e esbelto, pele branca e suave e cabelos e olhos castanho-avermelhado, levando os jovens a quererem descobrir se James seria ou não seu par escolhido pelos céus. Por causa desse ataque, James acabou perdido na floresta, quase morto por uma onça e salvo pelo lindo lobo preto de olhos azuis. Quando o viu pela primeira vez escondido no meio das trevas, James sentia-se hipnotizado por ele. Os olhos azuis cintilantes atraíam-no para dentro da densa e escura floresta. O medo do ambiente sinistro simplesmente desaparecia quando ele olhava nos olhos do animal. Depois desse encontro, todos os dias James ia para a floresta encontrá-lo, olhar em seu olhos, sentir os suaves pelos entre seus dedos. O animal aparentemente selvagem era muito dócil, tornando-se especial no coração do jovem garoto que sempre corria para ele para poder brincar, nadar e dormir junto. As vezes James lia alguns livros e ficava surpreso com as reações humanas que o lobo tinha em algumas partes da leitura. Sem perceber como, James sentiu-se completamente apaixonado pelo lobo, o que o levou a considerar seriamente sua sanidade mental, já que ele não poderia simplesmente chegar em sua mãe e dizer a ela que ele havia se apaixonado por um animal. Mas era inevitável. Ver o animal caçando, sentir o ambiente tranquilo, o vento soprando em seus cabelos... James sabia que pertencia aquele lugar, sem diferenças, regras, julgamentos, pressões; somente na natureza e ao lado do seu lobo ele poderia sentir-se verdadeiramente livre. Pensando nisso, James acabou adormecendo em uma árvore, o que levou-o a cair e desmaiar. Três dias depois, James acordou sentindo-se tonto. No meio de seu despertar, ele sentiu um braço rodeando sua cintura, deixando-o nervoso. Quem é? Ele estava aturdido. Ele não sabia onde estava, nem com quem estava. O que tinha acontecido com ele? Ou melhor, o que iria acontecer a seguir quando descobrisse com quem estava dormindo? No meio de seus pensamentos frenéticos, a pessoa ao seu lado se mexeu e depois lamb*u seu rosto. Tais ações fizeram James gritar em horror, levantando-se assustado em posição de defesa. Estava tudo escuro e ele não conseguia ver quem era. A adrenalina percorria o seu corpo e ele estava com medo de perder o controle e pôr fogo em tudo o que estivesse ao seu redor. Foi aí que ele teve uma ideia. Seja lá quem fosse, iria se afastar quando o visse pegando fogo e foi isso o que ele fez. Seu corpo todo começou a queimar em chamas e ele pôde perceber um grito de surpresa vindo da pessoa com estava dormindo. Com as chamas, ficava mais fácil enxergar no escuro e com isso James percebeu que estava em uma caverna. A pessoa que estava com ele havia se afastado muito, não dava para vê-la direito. O garoto se aproximou um pouco e pôde perceber que era um homem, muito bonito por sinal. Pele clara, cabelos pretos e olhos azuis. Olhos extremamente inteligentes, mas com medo das chamas crepitantes no corpo de James. Por causa disso, James apagou as chamas em seu corpo e as levou para seus olhos, fazendo-os ficarem vermelhos e permitindo-o ver no escuro. O homem se aproximou dele e ficou encarando-o. O garoto corou sob o olhar dele e percebeu o mesmo sorrir com a sua atitude. -Nossa, você é muito fofo! _ele gritou assustando o pobre James. -Quem é você e porque eu estou aqui? Cadê o meu lobo preto? O que você fez com ele? _questionou em um tom acusador. -Como assim cadê ele? Eu sou ele! _disse com um sorriso sexy no rosto. _Meu nome é Kairon e eu sou um lycan. -O QUÊ?! _James berrou sem acreditar. O destino podia ser muito engraçado quando queria. Ele havia se apaixonado por um lobo e agora descoberto que ele é esse moreno s*xy e lindo. Vou surtar desse jeito! _pensou aturdido. ^3^~