Três meses antes
20 / 05 / 2021 sexta-feira
05:30
Acordei cedo como sempre, Me levantei fiz minha higiene. balancei Thomas para acordar ele, ele abriu os olhos me olhou, xingou me empurrou virou e voltou a dormir, suspirei e peguei um roupão, nem me olhei no espelho, sabia que estava horrível. me vesti e desci, fiz o café da manhã, nada de mas. fritei ovos, bacon e fiz suco de laranja, coloquei pão na chapa. Um lanche bem reforçado. Voltei a subir as escadas, Mais dessa vez fui pro quarto de Felipe, meu filho, seu quarto era todo decorado com os Aviões, da Disney, quando entrei, ele estava embrulhado até os ombros abraçando um avião laranja de pelúcia, sentei na lateral de sua cama e o balancei cuidadosamente retirando uma mecha de cabelos de sua testa.
- Amor, hora de acordar - Passei a mão por seus cabelos negros - Vamos amorzinho, Acorde.
- Não, eu mimi - ele choramingou puxando a coberta para se cobrir até a cabeça. Felipe havia nascido com uma pequena dificuldade na fala, nada que um fonoaudiólogo não pudesse ajudar.
- Se não levantar não vai assistir o filme novo - olhei pra ele esperando sua reação, ele por sua vez abaixou um pouco o lençol e me olhou com olhos brilhantes.
- Qual? - ele piscou os olhos me olhando
- aviões - ele me olhou perdendo o interesse - 2
Em menos de um segundo ele jogou o lençol pro lado e se jogou nos meus braços rindo, o abracei e levei para o banheiro, escovei seus dentes o banhei e levei ele pra cozinha, o coloquei na cadeira lhe servi um copo de suco de laranja e cereais, liguei a TV no desenho e subi de novo o deixando assistindo, Filipe tinha 5 anos mais era mais espeto que muita gente por ai, apesar de não conseguir falar muito bem.
Fui de novo para meu quarto e Thomais ainda estava deitado na cama, tentei o levantar de novo mais ele só me empurrou com força me fazendo cair no chão e voltou a dormir, o miserável precisava ir ao trabalho ou seria demitido. Suspirei, não era novidade ele me tratar assim, sempre grosso sempre agressivo, as vezes penso em terminar Mais ai penso em Felipe e desisto. meu filho não merecia crescer sem o pai, apesar de todo os defeitos, Thomais ainda era pai de Felipe.
Me levantei e desci de novo, peguei uma forminha de gelo, olhei Filipe que estava com a boca toda suja de leite assistindo caverna do Dragão, tão concentrado que parecia que iria fazer a maior descoberta do século. voltei a subir as escadas, tirei delicadamente o lençol de Thomais, ele estava dormindo de barriga para baixo agora usando só uma cueca preta, sorri e fiz carinho em suas costas, abaixe sua cueca e joguei gelo na sua b***a e botei a cueca no lugar me afastando rápido. Thomais pulou da cama se requebrando, tirando a cueca e jogando para o alto. sua cara ficou mais vermelha que o normal, sua barriga grande balançava quando ele pulava passando a mão na b***a e xingando, seu rosto vermelho virou pra mim com ódio nos olhos.
- Você está louca? - ele se aproximou de mim e agarrou meu braço. geralmente eu evitava desafiar ou perturbar Thomais.
- Você precisa ir trabalhar, seu chefe ira te demitir, não podemos ficar sem sua renda.
- escuta com atenção pois não irei repetir - ele apertou meu braço com mais força - a próxima vez que me acordar assim de novo, do na tua cara, entendeu? Não casei pra mulher me tratar assim
- E eu casei pra ser empregada? - tentei puxar meu braço mas ele apenas apertou ainda mais, senti sua unha afundar cada vez mais em minha pele. - esta machucando
- f**a-se oque você acha, e a minha mulher, me deve respeito -senti suas unhas fundarem em minha carne, fechei os olhos e tentei o empurrar mais com a outra mão ele segurou meu rosto.
- Está me machucando - tentei falar, as lagrimas se acumulavam em meus olhos enquanto sentia o sangue escorrer por meu braço. - por favor.
- Onde esta sua educação querida esposa, quando se incomoda alguém, você pede...? vamos, estou esperando - Ele sorriu de lado, mostrando os dentes marcados pelo tabaco.
- Por favor... Thomais eu... eu imploro, me solta por favor.
- Está avisada - ele me jogou no chão fazendo minha cabeça bater contra a parede e foi para o banheiro.
07:00
Eu já havia arrumado Felipe, ele ia para a creche 07:30 então eu tinha 30 minutos pra levar ele pra escola e chegar no meu trabalho. fui o mais rápido possível, depois de uns 20 minutos cheguei e o levei para salinha, Felipe fez birra querendo ficar comigo o dia todo, demorei 5 minutos para convencer ele a fica na creche com a professora. Depois disso fui para o trabalho, eu era a assistente da melhor design de nova Orleans a senhorita Gisdelly Augustin, a melhor design e pior chefe do século, a mulher era o satanás, tenho certeza que o filme, O d***o veste Prada foi inspirado nela. Eu sou a assistente dela e estamos organizando o desfile da nova coleção, e meio cansativo, tenho que procurar as modelos conferir se as roupas estão feitas se tem a aprovação de Gisdelly se o local está apropriado se as obras esta encaminhada se os convidados de honra estas vindo e fica indo atrás de Gisdelly anotando suas ligações, instruções e bajular ela o tempo todo.
Gisdelly e uma mulher de 50 anos, alta magra tem cabelos curtos brancos, olhos azuis e é a pessoa mais carismática e mais c***l que já encontrei, ela acaba com minha sanidade, inferniza meu alto estima, pisa em cima com saltos 15 na minha vida em geral. A mulher e o satanás de saia e não tenho medo de falar, tenho que me dividir em 20 pra poder atender os desejos dela, não posso nem reclamar que ela joga na minha cara que muitas garotas muito mais novas que eu morreriam por esse trabalho. Ai eu digo. E por que elas não sabem o que vão enfrentar. As 11:00 da tarde já estava bebendo meu quinto cappuccino e meus pés já estavam cheio de bolhas de tanto andar, eu tinha meia hora pra almoçar e voltar correndo para o trabalho, eu estava em um charmoso restaurante a três quadras do meu de lá, logo meu celular tocou e eu atendi.
- Como assim? Ele não foi buscar ele? Já estou indo.
Paguei o almoço e corri pro carro, não consigo acreditar que o estrupício esqueceu nosso filho na escola, Thomais só tem um dever nessa casa, pegar Filipe na escola, comida a ele e o colocar para dormir, nem comida não tinha que fazer era só esquentar e da pra ele depois o deixar assistindo e nem isso ele consegue. Peguei meu telefone enquanto dirijo e disco o número de Thomais, ele atende no quinto toque.
- Onde você está?
-" Em casa por quê? " Ao fundo escuto o vozes sons de copos batendo, alguém falando de pedido e homens xingando.
- Você está no bar de novo não e? Você esqueceu de pegar o Filipe na escola.
- " Larga de ser chata mulher, pega ele logo" ouvi gritos de ' gooooooollllllll' " agora tenho que desligar, tenho coisas importantes pra fazer.
- Importantes como ser um i*****l que esquece do próprio.....
Ouvi uma buzina alta, olhei pro lado. um farol veio direto no meu rosto, soltei o volante e tentei me proteger com os braços, o carro meio em minha direção, não tinha como evitar. Sabe, e momentos como esse que nossa vida passa diante de nossos olhos, tudo o que vivemos, tudo pelo que passamos, absolutamente tudo se, passa diante de nossos olhos. O Branco ficou Preto, os pensamentos fugiram, não veio mais lembranças não veio mais medo, não senti dor. Quando abri os olhos, tudo voltou a ficar Branco, eu estava em uma cama, todas as paredes eram brancas, a porta era branca, a luz era forte, uma mulher, alta e velha entrou no quarto, sua roupa era branca também.
- Sra. Owen - Ela andou pra perto da cama e me olhou, seu rosto era gentil e seus olhos de um Verde esmeralda - A senhora morreu.
A única coisa que consegui pensar foi " merda".
- Eu.... Eu morri? - Meus olhos se encheram de lágrimas, Não se dor, Mais de revolta e raiva, nunca fiz nada de errado na vida e morreria assim? Sem ver meu filho, Me despedir de Anna minha melhor amiga, dizer um último adeus no túmulo de meus pais, e principalmente, sem falar umas verdades na cara do imprestável de Thomais. morreria sem ter vivido de verdade.
- Morreu oficialmente por 1 minuto - Anna colocou a cabeça pra dentro do quarto - mais felizmente você tem uma ótima medica - Ela piscou piscou e riu.
Permaneci a olhando sem conseguir assimilar tudo, Eu morri, Mais ainda estou aqui, estava ganhando uma segunda chance, um chance de viver minha vida.
- Eu disse que ela ia cair - Anna falou com a outra enfermeira, Não pude evitar ri bastante.
Tentei me sentar mais meu corpo ainda doía muito então fiquei deitada, Anna me me contou as novidades mais sentia no meu peito que algo avia acontecido e ela não iria me dizer agora.