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4482 Words
É meu aniversário, e não estou muito afim de sair, quero ficar lendo o dia todo, não estou muito bem para festas, eu acordei hoje meio na bad. As primeiras pessoas a me ligarem são os meus pais, que dizem que sentem minha falta. Pouco depois Bia manda mensagem. ~~w******p on~~ Bia, amore - Oi, vaca, Parabéns, a gente vai pro shopping pra curtir teu níver? Ella, minha vaca - Oi, dona do meu coração, slá, tô sem vontade nenhuma de sair hoje, tô pensando em ficar em casa. Bia, amore - Comassim vc ñ qr sair de casa? É seu níver! Qr saber? Tô aí em 5 min, e espero q qnd eu chegar aí, esteja pronta. Ella, minha vaca - Tá, já estou indo me arrumar. Bia, amore - tchau. Ella, minha vaca - tchau. ~~w******p off~~ Estou no meu celular respondendo as pessoas que me mandaram parabéns, quando escuto uma buzina, já sei que é a Bia, pego minha bolsa e coloco meu celular lá dentro. Bia está no carro dela, eu entro no banco do passageiro, e vamos para o shopping. No caminho, ela começa um papo sobre Pedro: "Ella, me conta tudo! Coo é namorar o garoto mais bonito da sala?", olho para ela com um sorriso divertido no rosto e digo: "Por que você quer saber? E outra, para de olhar para o meu namorado." Ela ri e diz: "Como vocês estão? Já fizeram?" Olho para ela com indignação: "Não, nosso namoro está muito calmo, e eu não me sinto pronta para fazer isso." Ela olha para mim e fala: "Meu Deus, mas eu tenho uma amiga certinha demais." Falo rindo: "Bia, a gente só namora há um mês." Ela olha para mim e diz com a voz rouca: "Eu já teria feito muita coisa nesse período." Abro as janelas do carro e grito: "QUE NOJOOOOOOO!!!" nós duas começamos a rir, e ela continua dirigindo. Ficamos o dia todo, provando roupas, assistindo filmes, lanchando, indo a livrarias, e provando roupas novamente. Quando vemos a hora, voltamos para casa, já eram seis da noite, já tinha perdido meu dia quase todo. Bia entra em casa comigo, ultrapasso a porta já gritando: "TIA! TIO! CHEGUEI!", vamos para a cozinha, onde encontro os dois lá, minha tia pergunta: "Onde você estava? Te procurei a tarde toda", explico para minha tia com um pouco de tristeza na voz: "Desculpa, eu fui ao shopping com a Bia, e perdemos a noção do tempo...", eles não me fazem mais pergunta, só nos levam até a sala que está muito escura. Quando ligam a luz, eu não acredito no que vejo. Tudo está decorado nas cores vermelho e prata, como no meu livro favorito. Todos os meus amigos estão lá, e todos eles me deram livros. Meu namorado está lá também, com uns quatro ou cinco livros em seus braços. Ele coloca todos eles em cima da mesa e vem me dar um beijo de aniversário, todos ficam fazendo sons de vômito, então logo começamos a rir. Meu tio chega com uma carta: "Ella, que tal você ler isso agora?" Olho para a carta e para o meu tio, e faço o que ele pediu, começo a ler a carta: "...Sei que você sempre quis ir numa missão da marinha, mas a única coisa que posso lhe oferecer é uma missão do exército que terá no dia 25 de abril. Você quer ir?" Quando termino de ler, já estou chorando rios de lágrimas, pulo nos braços do meu tio e dou um abraço apertado nele, então digo: "Obrigado, titio, o senhor não sabe o quanto eu estou feliz por esse presente." Estou sorriso de orelha de orelha, meu tio vendo minha alegria, fala: "Eu não posso levar todo o crédito por esse presente, seu namorado me ajudou a convencer a sua tia, dizendo que você era uma garota forte, que sobrevive a qualquer pancada..." Não escuto meu tio terminar de falar, já estou nos braços do meu namorado, e dou um beijo nele, antes que ele perceba o que está acontecendo. Todos vão embora. Eu e Pedro ficamos a sós. Ele começa a agir de uma forma estranha, e eu o chamo para ir olhar as estrelas da caçamba da minha caminhonete, e acabo adormecendo enquanto olhamos as estrelas. Acordo sozinha no outro dia, ainda na caçamba da caminhonete. Tendo que me arrumar para a aula. Estou muito alegre, depois da aula, vou com o meu tio para o Morro, para a missão que meu tio deixou eu ir, parece que acharam drogas por lá, pelo que escutei, não me deram as informações dessa missão. Todos já chegam me abraçando, me desejando sorte e me mandando tomar cuidado. Meu namorado já vem me beijando como se fosse à última vez que ele fosse fazer aquilo, e sussurra em meu ouvido. "Tome cuidado, ouviu? Você sabe que não sei viver sem você." Ele beija minha têmpora, meu maxilar, e meu pescoço. "Parece que nem conhece a namorada que tem. Pode deixar que eu tomo." Sussurro com a voz rouca, estou toda arrepiada. Ele me dá um beijo de despedida, e bate na minha b***a quando estou saindo. Olho feio de brincadeira para ele. Meu tio vem me buscar no colégio com um carro blindado. Onde tem uns cinco soldados com ombros largos, mais fortes que Pedro, claro. Todos ali estão fardados, inclusive eu. Todos estão armados, menos eu. Tem um batalhão seguindo o nosso carro. Um dos soldados estaciona o carro e desce, outro abre a porta para mim e me entrega uma pistola, olho para ele com surpresa. "Você vai precisar." Ele me entrega a arma e saí para fazer o seu trabalho. Desço do carro e sigo os outros, até porque são mais experientes que eu. Quando escutamos o barulho de tiro, todos nos dividimos e usamos nosso treinamento. Começo a usar a arma, e fico surpresa quando vejo que acertei a perna de um cara, e o outro de raspão no braço. Me acertaram no braço de raspão, mas tá de boa, nem tá saindo sangue direito. Após o tiroteio, os traficantes se rendem. Meu tio me entrega algemas. "É sua primeira vez, pode escolher quem quer algemar. Mas... se fosse você eu escolheria aquele ali", ele aponta para um cara de ombros largos, com braços cheios de tatuagens sem deixar espaço, pele bronzeada, cabelos escuros e ondulados, e olhos alegres. E que por acaso, foi o cara que eu acertei de raspão no braço. Chego perto dele com as algemas em minhas mãos. Ele olha para mim com seus olhos de chamas, e com o olhar ardente igual à cor de seus olhos, Dourado-avermelhados. "O que uma aluna do colégio militar, está fazendo no meio de tantos soldados?" Ele pergunta, e eu não respondo, mas ele volta a falar. "Princesa Mendonça... Não quer me falar por quê?" "Primeiro, estou aqui porque domingo foi meu aniversário, e meu tio deixou eu vir aqui hoje, e que no momento terminei com sucesso e estou pensando em ir para o exército. E segundo, meu nome é Gabriella, e não me chame de 'Princesa'." Ele tenta olhar para mim, mas não consegue, estou atrás dele, muito ocupada colocando as algemas nele. "Princesa Gabriella, espera só até eu sair da prisão que te darei meu presente, nem se preocupe." Ele fala com um sorriso malicioso no rosto. Aperto suas algemas por causa da ameaça. "Não estou com medo de suas ameaças, e espero que demore bastante na prisão." Deixo que os soldados cuidem daquele escroto, não quero mais olhar na cara dele. E foi naquele momento que percebi que algo iria acontecer na minha vida, e iria mudar o caminho que tanto planejei. Quatro meses depois... Estou indo a casa da Bianca, vamos fazer um trabalho que é para segunda-feira. Minha tia falou para eu ir a pé para a casa da Bia, ela não podia me levar, pois tinha reunião importante com o presidente, e a casa da Bia é do lado oposto e é bem pertinho. Está escurecendo, e é uma sexta-feira à tarde. Estou levando bastante roupa na minha bolsa, minha tia até brincou falando que eu estava me mudando para a casa da Bia. Nunca se sabe para onde vamos no final de semana na casa dela. Pego meu celular na bolsa, e ligo para Bia, mas do nada tudo fica escuro. Sinto Pessoas me puxando, mas tudo continua escuro. Devo ter dormido, não sei, porque quando acordo, estou deitada em um colchão, e tem um cara na minha frente, acho que o conheço de algum lugar. "Olá, Princesa Gabriella, ainda se lembra de mim?" Só preciso olhar seus olhos, para reconhecer ele, é o garoto do Morro que eu algemei, alguns dias depois do meu aniversário, eu já deveria saber que esse seria o presente. Olho para ele com um ódio anormal nos olhos. "Onde estou? Por que me sequestrou? E qual o é o seu nome?" Ele apenas coloca um sorriso sedutor no rosto, que por incrível que pareça eu me derreto toda. "Precisava ver você, eu estava com saudade, foi muito r**m ficar naquela prisão por quatro meses." Começo a rir ironicamente. "Não podia apenas descobrir o meu número e me convidar para vir aqui, e que por acaso você ainda não me falou onde estou." Ele olha para mim como se eu tivesse dito algo bobo. "Eu sei que você não viria para cá, se eu apenas convidasse. E você está na minha casa, em quarto vazio que tem aqui." Ele está certo, mas eu tenho várias perguntas. "Qual o seu nome? Você ainda não me disse." Ele olha para mim, e abre um sorriso perfeito. "Meu nome é Marcelo, sei que você não perguntou, mas eu sou o herdeiro do Morro." Devo estar com os olhos arregalados, porque ele ri. "Tchau, Princesa Gabriella." E daí começa os dias mais libertadores da minha vida. Marcelo vem aqui todo dia, esse garoto não cansa de mim. Mas até que ele é legal. E fico sozinha a maior parte do dia, ou seja, de vez em quando é legal ter companhia de alguém, mesmo que ele na minha cabeça já tenha sido chato. Mas hoje, quem aparece não é Marcelo, e sim uma garota de cabelos crespos e pele bronzeada. Quando ela percebe que estou olhando para ela, a mesma abre um sorriso que até me deixa alegre. Ela chega perto de mim e tira as algemas das minhas mãos e dos meus pés. "Oi, sou Stephanie, mas me chama de Fani. Sou irmã do Marcelo." Ela se apresenta ainda com o sorriso no rosto. "Oi, sou Gabriella, mas me chama de Ella. Odeio quando me chamam pelo meu nome, dá a impressão que estão brigando comigo." Nós duas rimos da coincidência. "Concordo, Ella." Abro um sorriso para ela. Eu não acreditei quando ela disse que era irmã do Marcelo. Ela é muito diferente dele. Fani tem cabelos crespos e olhos castanhos claros, enquanto o irmão tem olhos cor de fogo e cabelos ondulados. Conversamos por horas, não sei quantas exatamente. Aqui não tem um relógio para que eu saiba. Tenho que pedir a Marcelo na próxima vez que ele vier aqui. "Fani, o que você fez?!" Escutamos uma voz masculina vindo da porta e viramos. Marcelo está com os olhos arregalados, e com os cabelos bagunçados de uma forma perfeita. "Que foi Marcelo? Ella nem vai fugir. Né?" Ela olha para mim, e dá claramente para ver em seus olhos a expectativa. "Não, não vou fugir." Ele olha para mim como se não acreditasse. "Prometa." "Eu prometo que não vou fugir." Ele continua olhando para mim como se não acreditasse. "Ei, eu cumpro minha palavra." Ele parece mais aliviado. Vejo que ele vai até a cômoda que tem da porta e trás uma bandeja de plástico. "Gabriella, aqui está o seu jantar. E Fani, nosso pai vai me levar A Loja, mas depois vamos passar no mercadinho, Você vai querer alguma coisa?" Ele pergunta chegando mais perto de nós duas. "Não, mas obrigado mano." "Beleza. Tchau para vocês duas." Ele sai e fecha a porta atrás de si. "Por que ele é assim? Qual o problema dele?" Ela olha para mim com uma interrogação na cara. "Assim como?" "Por que ele é grosso? Até que ele é legal, mas não é muito. Por quê?" Ela fica meio melancólica quase de imediato. "Posso te contar uma coisa? Promete que não conta a ele?" "Claro." O sorriso que estava em seu rosto, não está mais. "Sabe, você é a primeira garota que ele amou após uma magoa vinda de seu primeiro amor. Ele era carinhoso, engraçado e fofo, ele era o garoto dos sonhos. Quando o assunto era o seu primeiro amor, ele virava outra pessoa, virava superprotetor, e seus olhos brilhavam só de ver o rosto dela. Mas, depois que ela o magoou, ele virou outra pessoa, seus olhos tinham perdido o brilho, e ele nunca mais viu o lado bom das coisas..." Ela me conta toda a história de seu irmão, e não vou mentir, fico chocada com a história, ele a amava de verdade. Não sabia que ele amava a garota de verdade. Não sabia que tinha sofrido tanto assim. MARCELO POVS Quatro anos atrás... Chegou o fim de semana, vou buscar minha namorada para vir aqui para o meu palácio. Ela me mandou ir a casa dela depois das três da tarde. Falta meia hora e é perto daqui. Tô pensando em fazer uma surpresa a ela, espero muito que ela esteja só de toalha, talvez a gente possa se divertir bastante. Estou entrando em sua casa, e vejo que a moto de seu pai não está em casa. A casa está vazia, até chego a pensar que ela esqueceu que ia para minha casa. Mas quando eu ia saindo escuto um gemido. Procuro de onde está vindo. Está vindo do quarto da minha namorada. Sei que vou me arrepender, mas abro a porta. Lá dentro encontro a dona do meu coração e o meu melhor amigo, Lucas. Ele está beijando o pescoço da minha namorada. Já a minha namorada está sem a camisa, e Lucas está prestes a tirar seu sutiã. "Que p***a é essa?!" Os dois param o que estavam fazendo e olham para mim com os olhos arregalados. Mariana, a garota que acabou de partir meu coração, tenta sair de perto de Lucas, mas eu saio o mais rápido possível, eu não quero olhar para seu rosto nunca mais. "Marcelo espera! A gente pode te explicar!" O cara que eu pensei que fosse meu melhor amigo fala. "O que pode me explicar? Que estava trepando com a minha namorada? Boy, você não ia querer que eu fizesse isso contigo." Lucas e Mariana estão parados o lado de fora da casa, olhando para o meu rosto. "Marcelo, não é o que está pensando. Apenas aconteceu. Me apaixonei pelo Lucas, mas também era apaixonada por você. Eu não sabia quem escolher, então escolhi os dois." Ela fala isso como se eu fosse perdoar isso e voltar a namorar com ela. "Sabe Mariana, eu te amava, mas depois disso, eu não quero nem chegar perto de você. Nem de você." Aponto para o cara que um dia eu já considerei meu amigo. O cara que eu considerei desde pequeno. "Nunca mais quero ver o rosto de vocês." Subo na moto, mas os dois ainda tentam me parar. "Marcelo, eu ainda te amo, não faz isso comigo. Por favor!" Olho para ela com o desprezo que ela merece. "Se me amasse, não teria feito isso." Acelero a moto e vou embora. Depois daquilo nunca mais vi seus rostos. ador de anúncios. Contamos com a publicidade para ajudar a financiar nosso site. História De repente Princesa do Morro - Capítulo 9 Escrita por: Riven2104 Notas do Autor Se quiser melhorar a experiência de leitura, escute a música: All the Lies - Alok, Felix Jaehn & The Vamps. Capítulo 9 - Capítulo 9 Nunca mais fiquei sozinha com o Marcelo, Fani sempre está por perto. Queria conhecer mais o Marcelo. Descobrir pela sua irmã, sobre o estrago que foi sua vida amorosa, só me deixa mais curiosa sobre sua vida. Não que eu não goste da Fani, às vezes chego a pensa que ela é tão confiável e legal quanto a Bia. A Fani é uma garota bem divertida, e sempre está com um sorriso no rosto. A única vez que vi seu rosto sem seu sorriso, foi quando eu perguntei por que seu irmão era um babacão. Alguém bate na porta, me tirando dos meus pensamentos. Desculpa, bater é uma palavra muito fraca para descrever. Alguém esmurra a porta. "Entra!" Grito para a pessoa do lado de fora. Marcelo abre a porta. Ele está usando uma camiseta com capuz da adidas (que deixa seus músculos a mostra), está suado, seus cabelos estão bagunçados, e a barba está por fazer. "Oi, Ella, queria saber se... Você... quer sair comigo?" Quem disse a ele que eu gosto que me chamem de Ella? Como eu pude questionar, tá na cara, foi a Fani. "Sim, claro, eu adoraria ver pessoas novamente." Falo com um ar de brincadeira. Decidi ser mais legal com ele, é a primeira vez que ele se apaixona depois daquele fiasco que teve em sua vida quando ele tinha 17 anos. Ele ri, e percebo que o som e o sorriso que brotou em seu rosto são magníficos. Se nunca o tivesse visto, poderia pensar que ele está... Nervoso. Suas mãos estão dentro do bolso, e fica tirando a cada segundo para mexer nos cabelos ondulados. Chego perto dele, para que possamos sair daquele quarto, ele fica todo sem jeito, mas consegue me acompanhar para não sei onde. Saímos da casa o que me deixa muito feliz. Eu não vou fugir. A primeira semana achei que seria bem chato, que eu odiaria. Mas, não vou mentir, aprendi a gostar daquelas pessoas em apenas um mês. Fomos a uma lanchonete que tem perto de sua casa. Ficamos conversando por bastante tempo até que acabo mencionando seu primeiro amor. "Certo, quem foi seu primeiro amor?" Me arrependo da pergunta na mesma hora. Mas ele continua calmo. "Essa é fácil, a minha ex-namorada. Eu a amava de verdade. E como Fani te contou e eu sei que contou, não preciso contar a história." Ele p**a para mim. Não vou mentir, ele falando que a amava me deu uma pontada de ciúme. "Como você sabe que ela me contou?" Ele apenas dar de ombros. "Naquele dia você perguntou o porquê de eu ser um babaca, escutei a Fani te contando a história." " Eu não perguntei sobre ser babaca, eu perguntei sobre ser grosso." "Isso é praticamente perguntando o porquê de eu ser babaca." Ele dá de ombros. "Certo, vamos mudar de assunto. Qual é o seu sonho?" Ele pisca para mim de novo. "Já estou realizando." "Mas qual é o seu sonho?" "Estar perto de você." Meu coração quando ouviu isso, se derreteu todinho. Nem com Pedro dizendo que me amava tinha derretido assim. "E o seu? Qual é o seu sonho?" "Para ser sincera, nem eu sei mais. Eu antes achava que sabia, mas não sei. Sempre pensei que quando falavam de sonho, estavam falando de emprego. E agora, com o que você falou, não sei qual é o meu." Ficamos em silêncio enquanto comemos, mas não um silêncio r**m, era algo como se tivéssemos um curtindo a companhia do outro. Marcelo paga a conta e vamos para casa. O céu está muito lindo, está muito estrelado, como no meu aniversário. Chamo Marcelo para olhar as estrelas, mas tem que ser em uma caminhonete, se não for não tem graça. Marcelo aceita e vai para dentro da casa pegar cobertores. Deitamos em cima dos cobertores, olhando as estrelas. Começo a tagarelar sobre livros, e por incrível que pareça, ele gosta que eu fale de livros, mesmo não entendo nada. De tanto falar pego no sono. Eu estava com frio enquanto dormia, mas do nada me sinto bem quentinha, e consigo dormir melhor. Quando acordo, Marcelo está do meu lado, me abraçando, e já é dia. Então percebo que se eu passasse a noite com ele, diferente de Pedro, ele ficaria do meu lado. BIA POVS A Ella está desaparecida há um mês, ninguém mais sabe o que fazer. Pedro está desesperado, está com olheiras profundas em baixo de seus lindos olhos azuis.Não quero mais vê-lo sofrer assim. Sei que a Ella é minha amiga, mas ela vai ter que achar outro ombro para chorar, porque o meu ela não terá mais. Eu amo Pedro. E agora que ela está distante, ele vai precisar de consolo. E é assim que acabo minha amizade com Gabriella Mendonça. Acordo Marcelo para que ele possa sair com o seu pai. Ele ainda tem que tomar banho e trocar de roupa, mas antes, tem que acordar, é obvio. Do mesmo mesmo jeito que Pedro tem obrigações logo pela manhã, Marcelo também tem. Mesmo que as do Marcelo sejam mais "fáceis". Hoje, pela primeira vez, tomo café da manhã com a família do Marcelo. Os seus pais são adoráveis, se eu não soubesse que Marcelo um dia será o Dono do Morro, eu diria que é uma família normal. Fani acha que a gente fez coisinhas (eu sei como se fala, mas eu tenho vergonha), mas ela não cansa de ouvir não vindo de mim e do seu irmão. Depois de ontem, eu e Marcelo ficamos mais íntimos um do outro. Sinto que posso contar mais coisa para ele do que para Pedro. Sei que isso é errado, mas tem possibilidade de eu estar me apaixonando. Queria falar com Bia sobre isso, ela sempre me ajuda nessas situações. Mas, desta vez, quem vai me ajudar não é a Bia, e sim, a Fani. Marcelo me permitiu andar pela casa e pela rua, ele sabe que não vou fugir. Ele vai até mudar o meu quarto, para deixar um ar de 'isso deixou de ser um sequestro, quando ficamos mais íntimos um do outro.' Vou até o quarto da Fani, é o quarto que é mais perto do banheiro. Mas só me lembro que ela está na escola quando estou na frente do banheiro. Na mesma hora, Marcelo sai de dentro do banheiro. Com o peitoral esculpido, com algumas tatuagens pelo seu abdômen definido. Com a toalha levemente amarrada na cintura, que com um puxãozinho de leve, ela cairia. Com os cabelos molhados, os deixando mais escuros. E no momento que me vê, coloca um sorriso malicioso no rosto, e seus olhos colaboram para que fique mais bonito. Sua imagem me causa um formigamento lá embaixo. Eu sei o que isso significa, mas não sei se me masturbando, vai me proporcionar a sensação que eu quero. "O que foi Ella? Não consegue resistir a minha aparência?" Quase balanço a cabeça concordando, mas eu consigo acordar do transe, e balanço a cabeça para os dois lados, parecendo uma criança. "Não tem nada a ver isso. Você pode ser bonito, mas não quer dizer que é irresistível." Ele ri "Enrolou demais, Princesa Ella." Ele está me provocando e se eu continuar lá, eu vou acabar cedendo. Ele me pressiona contra a parede, e coloca a mão dentro da toalha. "Tem certeza que você não quer isso?" "Por enquanto não." E saio correndo para o meu quarto. Eu não posso ser infiel, Pedro nunca faria isso. Não precisei da Fani para saber uma coisa. Eu estou me apaixonando pelo Marcelo. Marcelo anda me provocando, como naquele dia. Eu tenho certeza que a próxima vez eu vou ceder para ele, todas as minhas barreiras caíram. E meus hormônios estão à flor da pele. Quero Marcelo perto de mim, sei que ele me fará mais feliz que o Pedro. Sei que Pedro não merece isso, mas eu vou me humilhar para conseguir seu perdão. Combinei com a Fani de ir na mesma lanchonete que fui com o Marcelo na semana passada. Quando eu e Fani estamos chegando, escuto barulho de tiro, e algo cortando minha carne. Coloco Fani do meu lado direito, cobrindo ela da direção dos tiros, e saímos correndo a procura de cobertura. Diferente de Fani, eu recebi treinamento, e sei como agir. Jogo Fani dentro da lanchonete, e eu fico do lado de fora, perto de um muro. Alguém joga uma arma para mim, e na hora que vou pegar a arma, percebo meu braço esquerdo, ele está sangrando bastante, mas não é nada. Atiro nos caras que estão contra a gente, mas não para matar, se fosse para matar, todos estariam mortos agora. Do nada os barulhos de tiro acabam, então percebo que os caras já foram embora. Entro na lanchonete, com o braço sangrando e latejando, Fani olha para o meu braço, abre a boca para falar, mas eu a impeço. "Não fala nada, eu sei que levei um tiro, já percebi faz tempo." Marcelo entra na mesma hora. "Meninas, vocês estão bem?" Me viro na mesma hora, mostrando o tiro que levei no braço, mas mostrei sem querer. Ele chega mais perto quando vê o tiro. "Você estava lá fora Ella?" "Sim, eu estava Marcelo. Mas o primeiro tiro foi em mim, quando eu e Fani estávamos vindo para cá. Eu apenas coloquei Fani do lado que não tinha nenhuma bala para não atingir ela, me fazendo de escudo." Ele se xinga baixinho, mas não fala nada. "Marcelo, eu ouvi dizer que isso foi uma invasão de outro Morro, é verdade?" "Sim." Ele se senta do meu lado, com a cadeira virada para o meu braço e uma pinça na mão. "Vou ter que tirar essa bala. Vai doer, tudo bem?" Apenas assinto. Ele tira a bala do meu braço, e enfaixa o mesmo. Quando termina de enfaixar, ele beija o curativo, o meu braço na mesma hora fica arrepiado. Por que eu fico assim só com um toque dele? Consigo passar a tarde com Fani, como "planejado", sem nenhum tiroteio, pelo menos. Mas mesmo assim, temos que esperar o Marcelo, para poder ir para casa. O céu está como há uma semana atrás, está brilhante, como pontos de luz em uma trança de cabelos negros. Queria ficar deitada na caçamba da caminhonete de novo, e ver esse lindo céu, junto a pessoa que estou aprendendo a amar. Marcelo chega para nos levar para casa, e olha para o céu, ele percebe como está lindo, porque fica boquiaberto, e automaticamente olha para mim, e eu aposto que teve os mesmo pensamentos que eu. Chegando em casa, ele manda Fani entrar, porque hoje eu e ele, ficaremos lá. Ele pega mais cobertores que da última vez, aposto que passou frio da última vez. Mas como eu sou ingênua...
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