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698 Words
Arthur -Bigodinho ?- Lisa pergunta ao meu lado e a olho sem graça. -Lis, essa é a Priscila. Pri, essa é a Lisa. -Prazer- Priscila se aproxima dela gentilmente e estende a mão. -Então esse é o tal Pri, que na verdade é ela ?- ignora seu cumprimento. -A mesma. -Hm...- ela analisa Pri de cima a baixo- Ela é bonita. -Obrigada- sorrir e abaixa a mão percebendo que ficou no vácuo. -Vocês dois estão ficando? Priscila arregala os olhos e eu rio nasal. -Relaxa, não temos nada. Só moramos juntos. Né, Pri? Ela me encara por alguns segundos e assente com a cabeça. -Por que não quis me deixar entrar? Por que não vai mais almoçar lá em casa? Por que não me falou que era uma mulher ?- Lisa dispara perguntas. -Calma, Lis. Só não iria fazer diferença. -Diferença em que, Arthur ?!- grita. -A Priscila é mulher, não tem nada demais. Não como mais na sua casa, pois tenho outros lugares pra comer. Tenho que te dar satisfação nenhuma- me defendo. -A Priscila cozinha pra você ?- me encara. -Ainda não cozinhou, mas vai cozinhar. E ela disse que vai me ensinar- sorrio pra mesma que também sorrir meio sem graça. -Você consegue sempre ser um i****a. Você está interessado nela, Arthur- Lisa grita mais uma vez. -Não estou- me apresso em falar- Só dividimos o apê, nada demais. -Eu te conheço, não venha me procurar depois. Você vai se arrepender em me trocar. -Te trocar, Lisa ?- rio irônico- Era bem eu que dei em cima do ex da própria amiga e na minha frente. -Você disse que não temos nada sério, e que podemos sair com qualquer um. -Exatamente. Por que está me cobrando? Você sabe como eu sou, mesmo que seja sexo casual. Você fez a merda primeiro, Lisa. -Eu já vou- Lisa sai rapidamente da sala e bate a porta com força. Vejo Priscila me encarar séria e com os braços cruzados. Dali eu já sei que vou levar esporro. -Fala o que vai falar de uma vez. -Eu não ia falar nada- fala com desdém fazendo uma careta estranha com a boca. -Você não vai falar nada? Cadê a Priscila? -Já que insiste....- ela se senta no sofá. Por que eu fui abrir a boca ?- passo a mão no rosto e sento ao seu lado. -Achei i****a da sua parte e ainda mais da dela. Ela te cobrou algo que fez mas não te acha no direito, e aliás, nem em outra vida eu ficaria com você. -Certeza ?- a desafio. -Absoluta. Já disse que tenho neurônios, diferente de você bigodinho. -Eu já não te disse que tenho nome? -Você não parou de me chamar de Pri. -Pri é carinhoso. -Como bigodinho também é- ela aperta minha bochecha- Até que você é fofo. Ela se levanta e vai em direção a cozinha. Vou atrás da mesma e abro a sacola. -Come carne ?- pergunto. -Por que não comeria? -Você é toda magrinha, pensei que fosse vegana. -Eu até que queria, mas lembro do que não poderia comer. -Entendo. Esse é seu- entrego um sanduíche de peito pra ela. -Isso é bom- ela fala já mastigando. -Modos- rio dela. -Meu p*u- ela fala de boca cheia. -Meus pais me matariam se eu dissesse isso enquanto como- ela rir e me lembro que ela não tem- Desculpa- me apresso em falar- Isso te incomoda, né? É que... -Arthur. -Ahn? -Tá tudo bem. Você não teve a intenção de me ferir. -Desculpa- falo sem graça. -Talvez podemos nos dar bem- ela levanta do balcão e beija minha bochecha. -O que acha de jantarmos fora? -Acho melhor irmos as compras. Depois vamos no podrão. -Que p***a é podrão? -Fala sério bigodinho. Podrão é o melhor lugar pra comer aqueles lanches gordurosos e recheados. -Está falando de Burguer King? -Acho que posso dizer melhor- ela pisca pra mim- Não vai se arrepender. -Espero mesmo. -Vai se arrumar. -Para? -Vamos ao mercado. -Você sabe como fazer isso? -Vou ter que te ensinar tudo? -Eu acho que sim- sorrio maliciosamente. -Em apenas dois dias, já tenho que fazer tudo pra você. Não sabe se virar com nada. -Tem uma coisa que sei me virar muito bem. -Não continue falando ou você nunca mais vai se virar muito bem. -p***a, Priscila. Nem brinco mais- ela rir nasal. -Vamos nos arrumar pra irmos. -Você nem precisa. -Claro que eu preciso, estou que nem um monstrinho. -Se isso é possível- resmungo. -O quê? -Nada- me levanto do balcão- Vou colocar uma blusa. -Você tem alguma coisa contra blusa- reclama. Sorrio e me direciono ao quarto.
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