Capítulo 43 JOÃO LUCAS NARRANDO ♟️ Depois de uma meia hora ouvindo meu pai falar sobre rota, Talibã, movimentação de morro vizinho e uma possível treta com a galera do Pavãozinho, eu já não tava mais aqui. Pelo menos minha cabeça, não. O corpo ficou porque precisava. Respeito é obrigação. Mas o pensamento? Esse já tinha ido. Tava com ela. Com a Liz, no pagode, rindo com alguma amiga ou, pior, com outro cara. Rebolando com aquele vestido que ela sabe que me deixa maluco. A boca pintada daquele vermelho provocante, o cheiro doce que ficava grudado na minha camisa. E eu aqui, preso entre as palavras do meu pai e o peso do que eu não posso ter. Ou do que não devo ter. Tomei mais um gole da cerveja quente que ele me deu. Nem gosto muito dessa marca, mas também não sou homem de recusar beb

