cap. 140, cap, 141,, cap. 142

3816 Words
Cap. 240 Cassius chegou em casa ao mesmo tempo que Ramis o grande portão se abriu e os dois adentraram ao local em seus carros. Ramis seguiu esperou na sala enquanto Cassius seguiu para o andar de cima. — Avise a ela que estou a esperando. — Pediu Ramis demonstrando preocupação, mas Cassius direciona seu olhar indiferente de cima da escada em seguida abaixando a cabeça demonstrando desânimo. — Você sabe que ela não vem, não é? — Perguntou em seguida lhe dando as costas. Laysa já o esperava no quarto, esperando quieta sentada na cama de frente para o espelho da penteadeira, olhar cansado, pensamentos perdidos. — Já está pronta? — Perguntou Cassius a despertando de seus devaneios. — Ah… estou pronta. — Suspirou se levantando enquanto ele vai em sua direção lhe estendendo a mão. — Sei que está insegura, mas eu preciso saber tudo que está acontecendo com você, preciso ouvir um médico o que está acontecendo. Cassius explica enquanto Laysa comprime os lábios demonstrando medo. — Laysa? — Chamou a observando. — Você está me deixando ainda mais preocupado, me faz pensar que aqueles exames, não é toda a situação de verdade e olha… aquilo que li já está bem r**m. — confessou Cassius inseguro, Laysa o encara apreensiva e uma lagrima escapa. — Ei… tudo bem, vamos dá um jeito nisso, ok? — Sussurrou a abraçando ternamente enquanto seu peito apertava com medo. Ele tentava não demonstrar o desespero que sentiu, isso o fazia lembrar da primeira das vezes que a vida de Laysa de repente parecia estar escorrendo pelas suas mãos, algumas vezes quando era só uma menina, quando estava esperando sua filha e agora. — Por que você está sempre querendo partir? — lamentou inaudível. Enquanto isso, Ramis tenta obter uma resposta de Lilith, mas não conseguiu nenhuma resposta. — Não adianta, ela não sai daí para nada. — Explicou Anabel. — Eu trago a comida, deixei bem aqui no chão e espero ela aparecer, mas ela pega a comida tão rápido e some de novo, bom… pelo menos está se alimentando. — Parece que não tem muito o que fazer. — comentou Cassius ao sair do quarto seguindo em direção a eles. — Eu vou ficar. — Avisou Ramis. — Não disse para ir, você precisa ficar de olho nela, Lilith depois que acorda de um choque é com alguma ideia maluca e se você diz que… — Ele limpa a garganta desconfortável. — Vai casar com ela, tem que ter responsabilidades mais sérias. — Eu sei, não faça essa cara, eu vou cuidar bem da minha futura esposa. — disse segurando o riso, enquanto um sorriso discreto cresce nos lábios de Laysa. — Vamos embora, nossa filha está em boas mãos. — Laysa o chamou e seguiram seu caminho enquanto Anabel e Ramis ainda estavam em frente a porta do quarto de Lilith os observando até que eles desceram a escada. — Você sabe onde está? — Perguntou Ramis mantendo mistério. — Sei sim. — Respondeu à menina com astúcia rapidamente se retirando e seguindo até o escritório de Cassius, em uma das gavetas procura o molho de chaves, mas não encontra, então vasculha outros do escritório de Cassius, ela sabia que ele tinha várias cópias ali, então rapidamente encontrou uma das chaves solitária em cima da moldura de um quadro. Após entregar a Ramis segue para seu quarto, enquanto ele abre a porta do quarto de Lilith, a luz apagada ele m*l consegue ver onde ela está, mas sabe que está em sua cama, se aproxima da cômoda ao ver a silhueta do abajur com a limitada luz que entra pela porta e liga o mesmo podendo ver a menina deitada de bruços em sono profundo debaixo da coberta. Ramis leva as mãos à cintura permanecendo a observando apreensivo. — Imagino o quanto está sendo difícil. — Comentou se agachando em frente a cama, tocando a face dela com os nós de seus dedos suavemente. — Mas não pode se isolar e ficar sozinha, tem pessoas que te amam, sabia? — Sussurra em meio ao silêncio que é quebrado repentinamente pelos soluços dela que começa a chorar ao abrir os olhos. — Mas tem uma pessoa que estou perdendo… e a coisa que mais doí é perder quem amamos, estou com medo… — lamentou cobrindo os olhos tentando conter as lagrimas. — Tudo bem, não se contenha… — Declarou se deitando ao seu lado a envolvendo em seus braços. — Você nem mesmo me deixou ser seu apoio, mas já estou aqui. — Sussurra em seu ouvido enquanto ela chora em seu tórax. — Ramis… eu quero ficar sozinha… — Lili… não faça isso. — Pediu a apertando com mais força ao perceber ela se alterando ainda mais. — Não, Ramis! As coisas não podem ser assim… a minha mãe vai morrer, é isso que aqueles exames indicam, ela não sobrevive nem mesmo por um ano se as coisas continuarem assim, como quer que eu me sinta? — perguntou se debatendo em seus braços. Ramis se mantém tentando lhe acalmar, enquanto isso Cassius segue com Laysa até o consultório, ainda no corredor encontrou o seu sogro Diego Orlov e suas irmãs, Layane e Layla. — Então vocês sempre a acompanham e eu como marido tenho que ficar no escuro? — Protestou Cassius. — Não é bem assim, você tem tido muito trabalho, estávamos cuidando disso da melhor forma enquanto você resolvia as coisas referente a máfia. — Orlov explicou. — A máfia não é mais importante que a minha mulher. — Você está certo, diferente da nossa linhagem antiga, você mantém sua família segura e tem protegido minha filha. — Comentou ao se recordar de sua esposa. — Isso com certeza não é para te agradar. — Rosnou Cassius o encarando com dureza. — Vocês estão brigando? — perguntou Layane cética. — Ah… — Suspira cética. — Vocês nunca vão se dar bem, certo? Cassius, você não deveria guardar rancor só porque ele quase te matou… — Ela para de falar desconcertada dando as costas aos dois. — Bom… esse não é o momento de brigar, vamos transmitir força para Laysa afinal ela precisa que a gente seja seu equilíbrio nesse momento tão difícil. — Sugere Layla acalmando os nervos, Laysa já estava tão acostumada em vê-los brigar, que estava achando divertido, mesmo que se sentisse indisposta, cada surto, cada momento entre eles era algo que ela estava apreciando ao invés de se estressar. Cassius estava ansioso para falar com o médico que estava tratando Laysa, quando finalmente estava frente a frente com o doutor, seu coração parecia querer pular fora de seu corpo rasgando o seu peito em meio a ansiedade, querendo saber Mas cada palavra que ele dizia fazia o coração de Cassius parar em consecutivo enquanto Laysa estava na sala de exames acompanhada por Orlov. Ele pensou que sairia do consultório com um pouco mais de esperança, mas tudo que lhe restava era contar com a única cirurgia que decidirá sobre a saúde de Laysa, se ela se recuperaria ou não. Cassius levou Laysa para casa, seguiu o caminho todo em silêncio enquanto Laysa está inquieta o observando furtivamente enquanto tenta encontrar palavras para o consolar. — Eu já te disse… — Nada do que você disser vai me convencer, porque eu não vou. — Murmurou com rigidez. — Não seja tão duro, pessoas morrem todos os dias, o que você pensa? Que nossa família é eterna? Já é uma benção que mesmo na posição que estamos no mundo, ainda conseguimos chegar tão longe, no mínimo eu acreditava que morreria cedo e não era por causa do coração, a máfia para as mulheres é sempre mais c***l. — Não no meu turno! — vociferou imparcial. Assim que Cassius chega em casa encontra Ramis na sala demonstrando mau-humor enquanto mantêm os braços entrelaçados. — Eu vou para casa agora! — avisou para Cassius passando por ele sem nem mesmo se despedir. — Ele e Lilith brigaram? — perguntou Laysa. — Parece que o vadio fez o que não devia, abriu o quarto. Lilith não está no momento de receber ninguém. — Explicou com segurança. — Será que ela está bem? — Laysa questionou, com uma preocupação evidente em sua voz. — Você vai saber logo quando a gente terminar de subir essa escada. — Cassius avisou com mistério, enquanto começavam a subir os degraus. Cap.241 Laysa não havia entendido até ver Lilith do lado de fora do quarto, sentada no corredor. — Então? — Perguntou ela ansiosa ao ver os pais. — O que vamos dizer a ela? — Laysa apertou a mão de Cassius, demonstrando insegurança. — A verdade pela metade. — Sussurrou Cassius, escondendo o envelope com os exames debaixo do blazer. — Pai, o que os médicos disseram? — Lilith perguntou com ansiedade, logo após Calisto e Anabel saíram do quarto indo em direção aos três. Cassius encarou Laysa de forma apreensiva antes de responder. — Que bom que vocês três já estão aqui. Após ver o doutor, podemos ficar mais tranquilos. Laysa só precisa passar por uma cirurgia e logo estará bem. — Contou Cassius, com um olhar vacilante. Tentar demonstrar força o tempo inteiro estava o deixando ainda mais frustrado. Pela primeira vez, ele só queria se esconder e expressar o que estava sentindo. — É verdade? — Perguntou Lilith ansiosa, com as mãos sobre o peito, enquanto Laysa forçava um sorriso tentando demonstrar esperança. Ela fazia isso tão bem, mas Cassius estava quase desabando. Nunca se sentiu tão impotente como naquele momento. — Sim, vai ficar tudo bem, os exames indicam que é só uma complicação de leve. — Explicou ao mesmo tempo que sua voz embargou, entretanto, disfarça. — Ah… que alívio. — Choramingou Anabel abraçando a mãe, mas Lilith se mantém inquieta, sorri se juntando a Anabel com calisto em um abraço conjunto que envolve sua mãe em um emaranhado quente de braços que a faz chorar. Após o momento melancólico Cassius a acompanha até o quarto para trocar de roupa para poder ir se alimenta após a tarde cansativa, Lilith tranquilamente segue para seu quarto e seus irmãos gêmeos seguiram para cozinha na intenção de fazer a janta dos pais… Lilith se sentou atrás da porta de seu quarto e se manteve inerte, era difícil ver em seus olhos qualquer emoção era como se estivesse petrificada, se passaram quase meia hora até que Cassius sai com Laysa do quarto e seguem para a cozinha, era o momento que Lilith esperava. Assim que desceram a escada a menina seguiu pelo corredor vazio e silencioso e furtivamente entrou no quarto dos pais, começou sua busca contra o tempo, ela não tinha ideia do que estava buscando, mas encontraria, vasculhou cada gaveta da cômoda de madeira maciça, logo após seguiu até as gavetas do guarda-roupa buscando algo recente que eles pudessem ter trazido, mas não encontrou nada, ainda assim não desistiu, tinha a convicção que se havia algo, seu pai poderia ter escondido para ela não ver. Procurou em cada compartimento, até lhe restar apenas a parte de cima do guarda-roupa, bastou elevar o olhar e ver a ponta do envelope, não sabia se era o que queria, mas puxou o envelope o escondendo debaixo da blusa e correu para seu quarto antes de pudesse ser pega. Se sentando no tapete no centro de seu quarto abriu o envelope tirando todos os exames novos e começou a ler cada um com atenção, os resultados não poderiam ser mais desesperadores, Lilith não era boba, conseguia entender tudo que estava se passando, Laysa tinha uma única cirurgia para fazer e ela decidiria como sua vida prosseguiria. Lilith se encolheu no chão abraçada aos papéis enquanto chorava em cólera, mas de forma tão silenciosa que era impossível alguém perceber a menos que entrasse. Ela ficou por alguns minutos ali, até se levantar determinada limpando as lágrimas, seu olhar trazia um pouco de frieza enquanto seus pensamentos estavam desordenados ao mesmo tempo que organizados em um plano que em sua cabeça era sinônimo de sucesso. Ela procura seu celular o encontrando debaixo do travesseiro e imediatamente digita um pequeno texto e envia. / Quero todos vocês no apartamento de Brady daqui a duas horas. Avisa em seguida saindo do quarto, em passos quase imperceptíveis ela segue até o quarto de Laysa, mas a encontrar sozinha, já estava dormindo, a menina encarou sua mãe de forma apreensiva, hesitou em entrar, queria apenas lhe dá um beijo de boa noite, mas sabia que não suportaria e nem seguraria as lagrimas. Ela fecha a porta desconfiada em relação à ausência de Cassius sendo que já eram quase dez horas da noite, apesar de planejar sair, estava curiosa com a ausência dele. Não foi difícil encontrar, ela tinha uma ideia de onde ele poderia estar, no lugar de sempre onde ele tem costume de estar quando quer pensar, ela segue até a academia, era um andar reservado onde ele treinava, mas não dessa vez, discretamente ela se inclinou para frente de forma que seu corpo não aparecesse na porta e facilmente ela o encontra, está sentado no chão, joelhos dobrados cotovelos apoiados e mãos juntas encostadas na testa enquanto ele está com os olhos fechados, sua face estava úmida enquanto algumas lagrimas continuavam a cair. Lilith deixou de lado a discrição e seguiu lentamente até seu pai, parando em frente a ele. — Não me lembro a última vez que vi você chorar. — murmurou quase inaudível, mas naquele silêncio era quase impossível não a ouvir. — Isso porque você não sabe quantas vezes sua mãe já me deixou desesperado. — Acredito que agora consigo entender… — lamentou com os lábios trêmulos. — Por que você mente para mim? — Não quero que vocês sofram mais do que deve, mas você… você pegou o envelope, por que não pode apenas ser como seus irmãos? — Porque eu não sou eles, eu não vou ser enganada e me aliviar com qualquer coisa que você disser, eu já sou bem grandinha e também já aprendi muitas coisas com você. — Sua voz treme e ela enxuga as lagrimas usando o antebraço. — Tudo bem… mas agora vá para seu quarto é vergonhoso. — lamentou sem nem mesmo conseguir a encarar. — Pai… você não é ninguém aqui, nada além de meu pai é um mentiroso que pensa que pode me enganar, mas eu sou feita do senhor e isso dói ainda mais porque eu também não quero que ela morra, então você vai dá um jeito, não é? — Só se eu tivesse super poderes…. Dessa vez… — Sua voz falha ele escondeu o rosto com as mãos tentando esconder a dor. Lilith se agacha em sua frente o observando enquanto sua respiração faz seu peito descer e subir agressivamente ao mesmo tempo que as lágrimas caem sem permissão. — Vamos perder a mamãe? — perguntou endurecendo a mandíbula em uma tentativa inútil de segurar as lágrimas. — Eu… não me pergunte nada, essa merda tá doendo mais do que todas às vezes que passei situações ruins por ela. — lamentou inconformado. — Por favor… vá para seu quarto. — Suplicou. Mas Lilith apoia as mãos nos joelhos dele, Cassius finalmente a encara nos olhos percebendo a face dela tão vermelha quanto a dele. — Eu quero chorar do seu lado… — confessou não se contendo mais em segurar as lágrimas, inclina a cabeça apoiando a testa sobre o joelho do pai e os soluços são divididos em meio aquele silêncio. Após alguns minutos a menina se levanta determinada e finalmente deixa Cassius sozinho com sua dor. — Às vezes parece bom não sofrer sozinho. — murmurou pensativo sem se importar com a mudança abrupta de Lilith. Capítulo 242 Lilith desce a escada rapidamente, ao sair de dentro da casa ela pega seu carro e sem que Cassius perceba ela sai de casa e segue viagem até o apartamento de Brady. Já estava tão tarde ainda assim, estavam todos lá, fany e Eloy, Ayrlon e brendo, além de Samir e Sandres, Lilith entra no apartamento e é quase impossível perceber seu rosto inchado e meio a sua aparência que estava em ruínas, pijama gasto e cabelo desgrenhado, todos já sabiam o motivo. — Como está nossa tia? — perguntou Eloy preocupada. — Morrendo. — Respondeu com frieza, mas Eloy a encarou franzindo o cenho. — Mas minha mãe contou que depois da cirurgia ela estaria bem. — Mentira, eu encontrei os exames, ela vai passar por uma cirurgia delicada, bastante arriscada, as chances dela sair com vida… são menos de vinte por cento… — lamentou tentando segurar o choro enquanto Liz para ao seu lado tentando lhe acolher. — Que inferno… — lamentou Brady levando as mãos à cabeça demonstrando descrença. — Mas eu não chamei vocês aqui para falar somente sobre isso, vou ser direta, a máfia tem um sistema de registro de todos os órgãos vendidos ilegalmente, eu sei que… você, — murmurou séria encarando Brady. — Consegue hackear o sistema e ter acesso a todos os tipos sanguíneos, sei que eles têm registro de até mesmo de possíveis doadores e o tipo sanguíneo de cada um, o plano é encontrar um novo coração para a minha mãe, será mais fácil se tiver um novo coração, apesar da infecção está tentando avançar resistindo aos tratamentos, sei que pelo menos com um coração novo ela vai conseguir começar de novo. — explicou de forma calculista. — Está dizendo que a nossa missão é encontrar alguém com um coração compatível e para piorar… — murmurou Ayrlon pensativo. — Tinha que ser um sangue tão raro. — Sim, por isso eu chamei vocês aqui, Brady vai copiar todas as listas e vamos procurar um coração compatível, ou onde encontrar alguém que tem o mesmo sangue. — Está bem! — Concorda Brady de imediato pegando o notebook o colocando sobre a mesa de centro. Brady copia as imensas listas de pessoas e as informações de cada uma delas e começa a imprimir folhas e mais folhas, foram entregues uma quantidade a cada um e todos começaram a separar folhas e mais folhas. Já era madrugada, mas ninguém pensava em dormir enquanto não encontrasse alguma esperança ali. — É isso… — lamentou Brady, o único caso de um órgão RH nulo foi do Simon e como sabemos esse coração está com a minha tia. — comentou com desânimo. — Vai ser muito difícil encontrar um Rh nulo fora da família Orlov. — Não! Deve haver alguém! — gritou Lilith histérica sem conseguir se conter. — Lilith, calma. — Pediu Brady com a voz vacilante. — Como? Como ter calma? Minha mãe está morrendo! — lamentou se retirando da sala, Ayrlon tenta a seguir, mas Brady o impede. — Eu vou conversar com ela, além disso, já está tarde, estão todos cansados e já está para raiar o sol, vão descansar. — Pediu Liz em seguida se retirando. Lilith segue até a cobertura, ela nem mesmo ver o caminho por onde está seguindo, seus olhos estão embaçados com as lágrimas que insistem em a cegar, sua cabeça lateja, mas ela continua a subir as escadas se sentindo cada vez mais sem forças, Liz segue mantêm poucos metros de distância da menina até finalmente chegar a cobertura onde ela cai de joelhos no chão perdendo as forças em conjunto com a esperança. Liz observa lhe dando espaço para chorar, até finalmente se aproximar a percebendo sem equilíbrio. — Lili… — murmurou como um lamento ao abraçar sua amiga por trás, Lilith não a expele, apenas continua chorando. — Entendo a sua dor, mas vamos ter esperanças que ela vai conseguir vencer e a cirurgia vai dar certo. — Você não entende… ela tem menos de vinte por cento de chances e uma dezenas de coisas que podem dar errado, ela está fraca e sem forças, eles podiam ter feito a cirurgia agora, mas tem que esperar por ela está tão debilitada que não aguentaria passar pela cirurgia, você entende? Ela tem que melhorar até lá para conseguir sobreviver, mas pelos exames… isso está longe de acontecer. — São só exames, vamos crer, uma vez uma pessoa me disse que o que pensamos é o que atraímos, se você pensar e acreditar que ela vai ficar boa, então vai acontecer. — Comentou enquanto Lilith finalmente descansou as costas sobre ela enquanto observava o céu clarear e lentamente o sol nascer. — Você tem alguma prova disso? — Perguntou indiferente.. — Bom… — Comprimiu os lábios os esticando formando um sorriso doce. — Eu desejava todos os dias que alguém me salvasse daquele lugar horrível e sabe o que aconteceu? Eu desejei ter uma boa amiga, sonhei um dia em me casar com o homem que eu amo, então você e Brady me encontraram, coisas boas acontecem se cultivamos bons pensamentos, então não pense tão negativamente, sua mãe não está morrendo, ela está ficando mais forte. — Mas eu não consigo pensar assim, tenho medo, tenho fatos e eles apontam que é o fim se nada for feito a tempo.’ — lamentou enquanto funga o nariz e chorava silenciosamente. Liz permanece ao seu lado até que ela finalmente cai no sono em seus braços. Pela manhã bem cedo um dos anciões do conselho telefona para Cassius e conta a ele que alguém invadiu o sistema da máfia e fez cópias de alguns documentos, isso não tinha nada a ver com ele, mas logo entendeu o motivo deles terem avisado a ele, a localização dos infratores era exatamente no apartamento de Brady, normalmente todos que tentavam fazer isso, tinham um fim trágico, ineditamente eram enviados assassino especializados para combater o problema, mas o endereço de Brady estava nos registro da máfia por medidas de segurança, caso contrário ele seria facilmente um alvo. — Droga… o que ela acha que está fazendo? — Resmungou Cassius. Ele nem mesmo se trocou, com uma calça moletom e camisa, ele coloca um casaco por cima das peças de dormir e segue viagem ao encontro dos meninos. Ao entrar na sala de Brady encontra eles espalhados na sala dormindo profundamente, m*l perceberam a chegada do adulto ali. — Esses pirralhos. — Suspirou ao pegar as folhas. — Vocês passaram a noite inteira lendo esses dados, — Sorri com ironia, continua a recolher todas as folhas e se retira do apartamento sem os incomodar, seu objetivo era apenas os papéis, eram provas demais para acabar com quase todo o sistema mafioso na cidade. Após voltar para casa Lilith continuou a buscar soluções para salvar a mãe, e a única ideia fixa em sua cabeça era um coração, ela passou a tarde inteira trancada no quarto, e a noite ela saiu novamente, dessa vez ela pensava em ir até a casa de Ayrlon.
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