cap.226 e 227

2350 Words
Cap.227 Cassius retornou para casa com Laysa enquanto ela se recuperava. Lilith e seus gêmeos já estavam em seus quartos, então nem os viram quando chegou, Laysa mudou de roupa enquanto Cassius a observava e analisava se mantendo sentado em frente a ele. — Onde estão seus relatórios médicos? — Pergunta Cassius postura erguida e braços entrelaçados. — Estão na gaveta, mas é como eu disse, eu não estou com nada grave. — Não? Você teve que mudar a marca do remédio que tomava, não me diga que depois de anos pode acontecer do coração te rejeitar? — Não é isso, eu estou bem, não vai acontecer nada, estou em avaliação, meu pai está me ajudando. — E decidiu me deixar de fora disso? — Você já tem muita coisa para fazer, mas… — Murmura inquieta indo até a gaveta pegando vários exames e o entregando. — Pode ler e você vai ver que não tem nada de grave. — Tudo bem… — Suspirou segurando as folhas de papel, em seguida as colocando em sua mala. — Vou confiar em te deixar por alguns dias, porque sei que Orlov está cuidando de você, mas quando eu retornar eu vou cuidar disso por conta própria, quero estar ciente de tudo que está acontecendo. Eles permanecem por alguns minutos juntos, após isso Laysa segue ao lado de Cassius até a sua aeronave. — Prometa que vai se cuidar. — Pede antes de subir. - Prometo, a última coisa que eu quereria é perder. Cassius embarca para seguir até o Al-stone para buscar o restante dos rapazes que vai seguir com ele, assim que decola ele segue viagem, mas o barulho da nave fica evidente para Lilith que acorda ansiosa percebendo rapidamente que seu pai estava saindo, mas já fazia tanto tempo que ele não usava a sua aeronave, a menina pula da cama e corre o mais rápido possível para fora da mansão, mas já era tarde quando ver a nave passando por cima da mansão e Laysa a alguns metros já retornando. — Mãe! — Grita indo em sua direção, Laysa aperta o moletom sobre o corpo para se aquecer enquanto Lilith está com roupas finas e pés descalços. Laysa a analisa em seguida desaprovando. — Você quer ficar doente? — A repreende a puxando pelo braço a levando de volta para dentro de casa. — Onde o papai foi, mãe? — Pergunta ansiosa. — Ele tem uma missão fora da cidade. — Por que ele não me levou? — Ele não te levaria, ainda mais sendo algo que não vai precisar nem mesmo usar suas habilidades. — Ah… então ele não está indo em missão nenhuma? — Está, mas é apenas uma reunião básica, ele vai estar de volta em pouco tempo, apenas vá para cama dormir. Lilith segue para seu quarto e seu celular toca indicando a chegada de uma mensagem. /Vou estar em uma reunião fora da cidade, quando eu chegar te aviso. — Como assim ele também se foi sem avisar? — Pergunta ela cética. Cassius seguiu até o Al-stone e logo após voaram até o Texas. — Tem certeza mesmo que é seguro irmos até aquela base e ainda estaciona a aeronave lá? — Pergunta Sandres a Ramis. — Sim, muita coisa mudou depois que Cassius matou Pedragon, apesar deles não conseguirem administrar todas as empresas além do administrador que aquele homem havia colocado como intermediário. — Não entendo como não o mataram e tomaram o poder. — Nem podem, se fizessem então perderíamos o pouco de controle que ainda tem, pelo que Cassius conseguiu saber sobre o lugar, parece que cresceu muito, e tem uma pista de pouso na cobertura, onde podemos pousar com segurança. — Sei não, estou um pouco receoso. — Murmurou Samir. — Estamos indo ao lugar onde somos os donos, eles não podem nos matar e se fizerem eles podem esquecer todo o dinheiro e todas as empresas que estão sob controle do administrador. — Quem será esse homem? — Pergunta Kaleu. — Não sabemos, ele se mantém escondido, mas é compreensível já que de alguma forma alguém poderia matá-lo, só acho estranho o fato dele ter direito de administrar tudo, o que será esse homem significa, porque nunca ouvimos falar dele? — Explica Ramis. — Pelo visto Cassius arrancou ele da toca quando contou que vocês estavam vivos, agora podemos anunciar o novo chefe daquele lugar, você. — Comentou Kaleu sério. — Assim o Texas ganha um lugar em Rowland para se tornar uma potência. — Só não sabemos qual será seu rank em poder econômico, mas esperamos que seja uma boa colocação para jogar a décima potência para o alto, afinal investir naquela empresa não estar nos dando bons resultados, precisamos de empresas mais promissoras e a décima potência tem atividades ilegais além do que nós exercemos, atividades que se Orfeu quiser usar para derrubar aquela empresa ele pode conseguir. — Kaleu se mantém sério preso em seus pensamentos enquanto os rapazes se mantém em silêncio. Samir por sua vez demonstra insegurança, assim que a nave pousa todos saem do avião e estão cercados por homens apontando-lhe armas, Samir era um dos últimos a sair quando viu a situação. /Ah… agora fodeu, estamos no Texas cercado por homens apontando centenas de armas para nós. — Digita nervosamente. — O que estão fazendo? — Pergunta Cassius indiferente. — Podem se acalmar pessoal, é o Don do brasil. — Diz um homem indiferente ao sair do elevador, então todos abaixam as armas. — Vocês estão prontos para quem vocês vão conhecer? — Pergunta Cassius demonstrando tensão ao mesmo tempo que engole em seco. — O que está falando? — Pergunta Braston, confuso assim como todo resto. — Vocês vão ver quando ele se revelar. — Murmura demonstrando ansiedade, seu peito subia e descia sutilmente então ninguém poderia entender o que ele estava sentindo naquele momento. — Ora essa… é um pouco difícil, não acha? — Pergunta o homem ao se aproximar parando frente a frente encarando Cassius nos olhos. — Realmente… — Suspira Cassius encarando o homem, ambos demonstravam uma certa rivalidade ao mesmo tempo que se mantinha o ar de respeito — Quem é esse homem? — Pergunta Ramis curioso ao se aproximar parando ao lado de Cassius. Ramis percebe pelo sorriso torto que o tal também estava surpreso em vê-lo, assim tira o chapéu permitindo que Ramis o visse. — O que isso significa? — Pergunta Ramis sem reação. — É isso que você está vendo, o homem que manteve tudo sob controle, mas ele é muito mais que o administrador. — Espera… esse não é o maldito do Pedragon? Ele não estava morto? — Pergunta Braston de forma abrupta sacando a arma. — Se acalme! — Ordena Cassius o fazendo baixar a arma. — Meu nome e Beliarde! — Anuncia com a voz apertada. — Sou irmão gêmeo de seu pai. — Diz para Ramis que recua. Cap.228 — Você tem a mesma aparência que aquele desgraçado. — Rosna Ramis recuando. — Mas eu não sou ele, sei que é um pouco chocante, eu e Pedragon nos mantenhamos distante, eu tinha que cuidar de tudo caso ele morresse, mantive sua herança protegida enquanto não encontravam seu corpo, mas já faz alguns anos que alguém me contatou e avisou que você estava vivo, mas que não me comprovaria, ainda. — Quanto tempo você sabe sobre esse cara? — Pergunta Ramis demonstrando indiferença. — Já faz muito tempo, mas ainda não tinha certeza de quem ele era, se era verdade e pelo visto… é como se o morto tivesse ressuscitado e eu não gosto nem um pouco disso. — Vamos entrar. — Anuncia Beliarde seguindo com seus homens. — Afinal… porque eles têm nomes tão estranhos? Pedragon e agora Beliarde, o pai dele gostava de algum anime? Que nomes estranhos. — Comenta Braston discretamente. — Eu não estava lá para saber. — Comenta Frederick indiferente. Após descerem para o interior da grande casa, Beliarde os leva para tomar café da manhã e conhecer todo o local. — Como vocês passarão todos esses dias aqui, podem aproveitar o local, infelizmente ele já não é um sistema da máfia muito ativo, apesar de ter sempre muitos soldados, podem transitar sem problemas. — Nós viemos a trabalho. — Resmunga Cassius demonstrando mau humor. Após o café da manhã eles seguem até uma sala de reunião, além da grande mesa que pode acomodar até quarenta pessoas, a alguns metros uma grande vitrine, como de um museu com vários artefatos antigos posicionados para exibição. — Parece que você gosta de antiguidades como seu irmão. — Comenta Cassius. — Não, isso tudo pertence a Pedragon, eu não poderia jogar algo tão valioso fora. — Que seja. — Quantos dias demora para a transferência de poder? — Pergunta Cassius, ansioso. — Acontece de imediato, mas precisamos fazer uma reunião com alguns chefes, preciso apresentar meus sobrinhos. — Anuncia com orgulho. — É alguma vontade fútil? Afinal podemos apenas assinar o acordo, unir as organizações e deixar isso tudo como está. — Sugere Cassius. — Você está equivocado. — Comenta Kaleu. — Não leva para o lado pessoal só porque o cara parece com alguém que era o pai do seu favorito. — Sussurra para Cassius que o encara cético. — Mas temos que ficar, até onde eu investiguei, as pessoas que Beliarde vai nos apresentar, tem haver com a política, além de diversas empresas bilionárias, tudo isso pode influenciar e nos ajudar a subir economicamente, lembre que você escolheu o caminho mais difícil. — Comenta Kaleu, então Cassius para em sua frente com os braços cruzados. — Me diga qual o caminho mais fácil? Ah… é! — Suspira encarando Kaleu com dureza. — Você quer o jeito mais fácil? — Será que poderíamos? — Tudo bem, para irmos pelo caminho mais fácil, a gente recua nossas famílias, esconde eles fora da cidade, fora do Brasil, e contar com a sorte, se você não sabe, no momento que matarmos Orfeu outro alguém vai entrar no lugar, e então vai começar uma guerra, e se você não se lembra, eles tem os disquetes com todas as nossas informações, estamos nas mãos deles, ou saímos por perder poder, ou por que decidimos atacar como fazíamos no passado, dessa vez o jogo é diferente, não podemos sair metendo bala, então vou perguntar uma única vez, alguém aqui quer tentar do jeito fácil? Todos desviaram o seu olhar, fingindo nem mesmo ter iniciado esse assunto. — Bom… — Murmura Beliarde desconcertado. — Vamos conversar… tratar de outros assuntos menos complexos. — Se organizem! — Assevera Cassius, então todos se sentam em silêncio. — Como sabem, senhores. — Começa Beliarde. — Faz algum tempo que queremos entrar em Rowland, vocês já sabem bem porquê e como Ramis já estava lá e ainda na família mais influente daquele lugar, não há nada mais justo do que também começamos a trabalhar em Rowland, sei que estão enfrentando problemas, mas aqui também temos e nós não temos o controle da situação como o Don de vocês tem e precisamos disso, alguém que tenha o controle da situação, por isso que no decorrer desses dias vamos firmar acordos com diversas entidades importantes. — E quantos dias será? — Seria uma semana, mas vou tentar fazer com que isso seja o mais breve possível, já que o nosso Don está ansioso para voltar. — Exatamente. — Confirma Cassius se levantando. Eles resolveram tudo naquele mesmo dia, e todo o império foi dividido em três partes iguais, os três irmãos seriam responsáveis por tudo, e Ramis como esperado e tornou-se um m****o do conselho com representante de seu país. Após firmarem todos os acordos daquele primeiro dia, Cassius se enfiou no quarto e pegou todos os resultados de exames que Laysa já tinha feito e se pôs a ler concentrado, era noite quando finalmente ele terminou de analisar e pesquisar o que tudo aquilo significava. — Laysa… — Murmurou apreensivo. — Desse jeito você vai precisar de um coração novo, como eu vou fazer isso pela segunda vez se seu tipo sanguíneo é tão raro… — Lamenta levando as mãos à cabeça. Todas aquelas informações o deixaram ainda mais inquieto, ele continuou deitado até seu celular alarmar e ele imediatamente liga para Laysa. / Não esqueça do remédio, já está na hora. — Avisa apreensivo. / Querido… como está sendo? Eu já estava no quarto, eu disse que iria me cuidar. / Laysa… por que não me contou a real situação? / Qual a real situação? — Pergunta ela sorrindo sem jeito. / Laysa… se for preciso eu vou arrumar um coração novo nem que eu tenha que ir ao fim do mundo. / Querido… não é tão fácil assim, o médico disse que eu tenho que seguir fielmente suas orientações para que eu consiga me recuperar. / Quando eu voltar, me atualize de tudo, eu vou estar ao seu lado. / Tudo bem, não se preocupe tanto, tudo vai ficar bem. Ele se despede de Laysa e sai para caminhar na área externa da grande casa, ele encontrou o local que ele havia derrubado uma vez e tinha sido construído um grande portão. Enquanto isso Lilith estava inquieta, ela já havia ligado para Ramis diversas vezes, mas ninguém além de Cassius podia fazer ligações. Segundo no terceiro dia pela manhã bem cedo Lilith decidiu procurar os meninos, mas eles ainda estavam de folga na fazenda, até ela finalmente conseguir ligar para Caio e pedir a eles para atender o telefone. — Que estranho, algum de vocês chegaram a ver a mensagem que Samir mandou? — Pergunta Brendo ao entrar no grupo dos meninos. — Que mensagem? — Pergunta Brady ligando o celular, assim como o grupo de adultos, eles também nem mesmo pegaram o celular durante esses dias. — Parece que Lilith sabe de algo. — Diz Ayrlon tenso. — Eles não atendem o telefone, será que aconteceu algo? — Vamos para casa descobrir! — Avisa Brady e seguem para o apartamento de Ramis onde Lilith os espera.
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