cap.191
Cassius seguiu para seu escritório na intenção de ligar para Ramis, mas sua curiosidade era mais alta em pegar a chave reserva do quarto de Lilith e ir acabar com a curiosidade e saber qual emprego ela arrumou, mas sabia o quanto ela ficaria agitada então desistiu.
/Algo errado? — Pergunta Ramis ao atender a ligação de Cassius.
/Que trabalho foi esse que a Lilith arrumou?
/Não foi ela que arrumou, mas sim seu tio Braston.
/que emprego ele arrumou?
/Não sei, pergunte a ele, talvez a você ele diga.
/ como assim você quer ser o responsável por ela e não descobriu onde ela está trabalhando? — Cassius o repreende.
/bom… vai ser bom ela estar distraída, porque vamos ter que viajar e não acredito que ela queira ficar, a não ser que você queira a levar.
/ Nunca! Mas o que adianta eu ir sabendo que minha filha pode estar em um lugar arriscado?
/ Ligue para Braston, ele não quer me contar e ele é esperto não se deixaria ser seguido.
/ Eu sei…
/antes de desligar, me ajude em um mistério. — Pede Ramis pensativo em frente ao computador.
/diga.
/bom… a Lilith fez uma transferência de cinquenta milhões. — Conta desconcertado.
/ Você deixou esse dinheiro acessível! — Pergunta Cassius cético.
/ Ela é bastante responsável com o dinheiro.
/ah… sim, ela gastou em um dia o que eu não gastei nem em dez anos na minha vida pessoal…]
/desgraçado mentiroso, ela é consumista por causa de quem? Você tem uma pista particular em casa, duas aeronaves e uma delas é mais de… — Ramis para de falar pensativo.
— Não… — Murmura Cassius pensativo.
/será que ela comprou uma nave?
/ Ela não sabe pilotar, não tem ideia nem por onde vai e só tem dezoito anos, ninguém venderia algo desse porte a uma menina.
/verdade… mas ela gastou esse valor de uma só vez.
/ Pode ser uma ilha particular.
/ah… bem provável já que sua última aquisição foi uma casa de férias, e como ela gosta de lugares mias tranquilos uma ilha faz sentido.
/ Sim, mas me lembre de bloquear seus cartões também, antes que minha filha desapareça, você nem é deus para ficar dando asa a cobra. — Finaliza e liga para Braston.
/ Não é de sua conta! — Diz Braston indiferente assim que atende Cassius.
/O que? O que não é da minha conta?
/ Você já sabe. E me erra. — Murmura de mau humor desligando.
— Ah… que filho… não… deve ser a mama Lizi, mas ele não me deixou nem perguntar nada sobre ela. — Diz desconcertado.
Pela manhã Lilith saiu bem cedo, seu tio Braston já te esperava em frente ao portão de sua casa, digitou a senha da porta e saiu.
— Bom dia!
— Bom dia, tio mais incrível de todos! — Pula alegre.
— Ansiosa para mais um dia?
— Sim, além de feliz por ter passado no teste.
— Fico feliz por você, já adianto também que não teve nenhuma influência Seagreme nisso, apesar de Alan saber quem você é, o restante não sabe, então está por sua conta e risco.
— Eu sei, eu não quero que meu pai influencie, a mulher do Alan Diggory nem sabia que eu sou filha do Don, além disso ela é uma das pessoas que eu já admirava a um tempo, na verdade quase tudo que tem na Shine Record.
— Se seu pai ouvir isso… — Murmura Braston ligando o carro. — Falando nisso, hoje vou ficar com você, pensei que você desistiria ao ver toda aquela agitação, eu particularmente odeio.
— Eu também, mas quero tanto aquilo. — Diz empolgada e seguem para a Shine Record.
Logo após Cassius sai do quarto, ainda de pijama e uma escova de dente, ainda se arrumando, mas encontra o quarto de Lilith vazio, tenta ligar para Braston, até mesmo o celular, ela tinha deixado em casa.
Então ele segue para a academia, passa o dia inteiro ansioso, assim como Kaleu que parece ainda de mau humor.
— afinal você também não se resolveu com a sua mulher? — Pergunta Cassius.
— Você acha que é tão fácil assim depois da merda que eu fiz por causa de sua mulher e de você?
— Eu? Não sei do que você está falando.
— Eu vou dormir no quarto de hóspede por uma semana. — Sorri Kaleu sem graça.
— Ah… devo colocar Laysa para dormir no quarto de hóspede também.
— Está me oferecendo sua mulher?
— Vai se f***r… — Murmura Cassius. — Que tal eu conversar com a sua esposa sobre esse assunto de agora, falei em punir Laysa, porém comigo lá dentro, literalmente. — Brinca Cassius irritando Kaleu.
— Você parece está com bastante bom humor hoje, que tal quebrar no ringue? Enquanto eu despedaço seus dentes de sua alma?
— Acha mesmo que não estou na minha melhor forma? Um instante… — Avisa quando o celular toca.
/eu quero que você venha para a Shine Record e pegue a sua máquina de matar um, e a aprendiz de máquina de matar dois. — Avisa Alan em frente a porta observando os dois Braston sentado na cadeira de Charlie com os pés na mesa enquanto folheia um caderno de ilustrarão de Charlie e Lilith jogada no sofá presa em um livro de romance.
/está dizendo que Braston e Lilith estão ai?
/ Com certeza, você não sabe que seu prodígio está trabalhando como modelo na Shine Record? Ou como diz ela… vendendo o corpo? — Pergunta indiferente.
/Estou indo ai!
— Porque você deixa eles ficarem em sua sala? — Pergunta Alan a Charlie que observa os dois.
— Bom… eles queriam um lugar tranquilo e Lilith perguntou se ela e o tio podiam ficar em minha sala.
— E você deixou?
— Ué? Eles são tão fofos, você sabia que eles dois têm autismo?
— Sim, sim… e um deles é bastante problemático e perigoso.
— Ohm… Braston parece bem calmo para mim. — Comenta Charlie confusa.
— Eu não estou falando de Braston não.
— Ah… Lilith é tão amável.
— Ela é… mas já ouvi histórias que até o d***o duvida, então eu não gostaria de ter ela muito perto, não pelo autismo, mas pelo seu treinamento, se alguém irritar ela, as coisas saem do controle.
— Não acredito nisso, afinal ela nem mesmo demostrou agressividade quando as meninas foram injustas com ela.
— Não é isso…
— Acabou a hora de descanso, tio! — Diz ela de repente se levantando.
Então segue novamente para o estúdio, Cassius por sua vez leva Ramis com ele, ambos seguem sério, só de imaginar a possibilidade de ela está fazendo ensaios com pouca roupa, lhe deixava ainda mais irritado.
— Ela não pode estar… — Murmura Ramis ao se recordar dela.
— Nem se atreva a dizer nada.