cap.189

1384 Words
Cap.189 — O que? — Pergunta confusa. — Eu não estava te monitorando, o que está dizendo? — Miliane… sabe que não lido bem com mentiras! — Esbraveja irritado. — Kaleu… não me grite… — Sua voz falha. — Onde esteve ontem a noite? — Não sabe? Claro que não, por que saberia? Kaleu… onde estava? — Eu? Não imagina? — Não… não faço ideia, você não avisou nada e nem atendeu minhas ligações. — Não estava me analisando agora? Acredito que pensa que eu estava com alguma p**a, não acha? Não estava? — O que está tentando dizer? Você estava com outra mulher? — Pergunta com a respiração pesada sentindo medo ao mesmo tempo que seus olhos marejam o encarando desapontada por ver seu sorrindo leviano. — Kaleu… — Você quebrou a nossa confiança, por que estava me monitorando? Que motivos eu te dei para pensar que eu não sou de confiança? — Por que eles estão brigando? — Pergunta a filha de Kaleu, era uma das cenas mais estranhas que ela já presenciou na sua vida, em todos esses anos ela nunca os viu brigar, e esse era o relacionamento que eles construíram livre de brigas e desconfiança. — Tire a filha deles daqui. — Cassius ordena, então Braston entra na frente da menina a impedindo de ver o que acontecia entre os dois. — Pai… mãe… — Murmura desesperada. — O que aconteceu, eles estão brigando? — Pergunta a Braston. — Vai se resolver logo. — Mas está errado, eles nunca, eu nunca os vi discutirem por nada, nada… tem algo muito errado… — Murmura correndo para o elevador. — Onde está indo? — Pergunta Braston indo atrás dela. — Me leve até meu irmão! — Pede com as mãos trêmulas apontando para o painel sem saber para onde ir, Braston concorda e descem juntos enquanto a discussão continua. — Kaleu… eu não quebrei nada, eu nunca deixei de confiar em você… — Mentira! — Grita a fazendo recuar. — Kaleu… você prometeu… — Balbucia deixando as lágrimas caírem, — Eu não fiz nada... — Você quebrou a única promessa que não podíamos quebrar, por tudo que passamos e vivemos a única! — Vocifera enquanto ela debruça sobre a mesa chorando. — A que ponto você pode chegar, colocando rastreador em meu carro? Quando precisei disso? Você sempre sabe onde eu estou, sabe o que estou fazendo, olha quantas mensagens! — Diz cada vez mais aborrecido sem deixá-la falar. — Me deixa explicar… — Não! — Rosna a fazendo tremer novamente e se manter com a cabeça baixa enquanto as lágrimas jorram. — Para isso não tem explicação. — Murmura colocando o aparelho sobre a mesa. — Depois disso, o que vamos fazer? Como eu vou confiar em você de novo? — Pai? — Kaleu ouve a voz de seu filho que entra trazendo sua irmã pela mão. — O que está fazendo? — Quero que vocês dois saiam daqui. — Pede sem os encarar, enquanto Mili continua encolhida na cadeira. — O que você fez com a nossa mãe? — Pergunta ele indo até ela. — O que pensa que eu sou? — Não sei, ela não parece bem para mim. — Comenta apreensivo. — Além disso minha irmã contou algo sobre rastreio, eu lembrei de algo. — Diz buscando algo em seu bolso, tirando um aparelho parecido com um celular. — O que é isso? — É parte desse rastreador aí na mesa, eu estava acompanhando a minha mãe no dia que a Laysa trouxe ela até a academia, e ela colocou o rastreio em seu carro e entregou isso à nossa mãe. — Mas está quebrado. — Comenta a ao ver um buraco na tela. — Assim que ela recebeu ela pisou com o salto em cima dele, quebrando, só deixou o rastreador la por causa da esposa do Don, mas em nenhum momento ela estava te rastreando, eu nem sei porque guardei esse aparelho inútil, mas ainda bem que fiz. — Comenta sem conseguir encarar Kaleu nos olhos. — Laysa… a filha da p**a que é Laysa… — Murmura Cassius. — Eu vou conversar com Laysa, e… vocês dois… venham com o tio… seus pais precisam resolver esse m*l-entendido. — Avisa Cassius levando os dois. — Que inferno… — Rosna Kaleu entre os dentes de forma que a voz saiu quase nula. Ela se levantou tentando engolir o choro, Kaleu deu alguns passos à frente e se manteve de pé de frente a ela esperando por cada palavra dura. — Lembra… — Balbucia segurando as lágrimas. — Naquele dia que… todas as esposas vieram? Elas foram me buscar em casa, ainda assim encontrando uma v***a com a secretaria de vocês, eu briguei com você? — Não… — Aperta os olhos , desapontado consigo mesmo. — Enquanto o mundo desabava lá fora estávamos bem, foi naquele dia que ela teve essa ideia maluca, mas nem por isso eu segui sua ideia, você sabe como Laysa é insistente e eu odeio ter que ficar discutindo, mas depois daquele dia eu nem mesmo toquei no assunto sobre aquela funcionária, eu não tinha o que desconfiar e eu não digo isso porque você cobre metade de seu rosto, porque eu sei que em cada pavilhão tem ao menos mais de uma mulher interessada em você e eu nunca fiz nenhuma cena de ciúmes, você está mais exposto do que eu! E ainda assim… — Eu não estava pensando. — O que você fez, Kaleu? — Pergunta mas ele fica em silêncio ainda tentando encontrar palavras. — Você se atreveu a me trair! — Vocifera levantando a mão na intenção de os esbofetear, Kaleu apenas fechou os olhos e esperou que ela fizesse, mas suas forças se esvaíram só em pensar em o agredir. — Kaleu… — Choraminga o puxando pela gola da camisa. — Eu não saí nem mesmo dessa sala, estava pensando em mil maneiras de ter essa conversa com você sem que nenhum de nós dois ficássemos machucados, não queria te ver ainda, então só hoje… você tem o direito de me bater quantas vezes quiser, o erro foi meu… mas realmente não estava com cabeça para ter uma conversa coerente com você, ver você chorar por minha causa de novo, era a última coisa que eu queria ver. — Mili… — Murmura levando as mãos até a face dela limpando as lágrimas apreensivo. — Kaleu… eu não vou te agredir, levamos nossas promessas a sério. — Eu sei… — Suspirou segurando a mão dela beijando entre seus dedos. — Você jura que não me traiu por causa de um rastreador? — Pergunta levando as mãos até o cabelo de Kaleu segurando seus fios com força o mantendo com a testa colada a sua. — Não, eu nem sai dessa sala e ninguém entrou aqui, eu sou seu, assim como você sempre será minha. — Murmura apreensivo a apertando com força em seus braços. — Não quero que haja desentendidos entre nossa família, me perdoe por não ter conseguido conversar pacificamente. — Tudo bem, eu vou tentar entender que você só estava ganhando tempo. — Murmura tentando se soltar de seu abraço, mas Kaleu a mantém presa até que sente ela rendida e relaxada. — Vamos para casa? Vai me deixar te levar, certo? — Pergunta esperançoso. — Tudo bem… — Não se preocupe, você tem o tempo que precisar, não estou te forçando a me perdoar por ter te machucado. — Tudo bem, vamos esquecer isso e fazer de conta que nada aconteceu. — Murmura subindo a máscara dele e na ponta dos pés beija seus lábios como um selamento de paz. Kaleb e sua irmã ficaram aliviados em ver que já estavam bem e que tudo não passou de um m*l-entendido, Kaleu acalmou sua filha caçula e seguiram para o elevador enquanto Cassius os observava com seriedade. — É… Laysa consegue fazer o impossível quando se trata de merda. — Comenta Cassius para Braston. — Bom, você já sabe bem o motivo de Kaleu manter os filhos e a esposa longe dos Seagreme, eles são o inverso de nós. — Fato… mas ainda tem a Lara, não sei que tipos de problemas ela vai trazer. — Só sei que alguma confusa ela trará. — Comentou Braston pensativo.
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