Alemão
Acordei com a Débora toda pelada do meu lado, na moral mermo, esperto foi Deus, que me deu uma mulher dessa pra eu não duvidar que o paraíso existe, ela era perfeita demais, sem condições.
Tinha que levantar para tentar resolver uns caô, mesmo que seja daqui de casa, tô nem doido de sair e deixa ela sozinha depois de ontem.
Depois de enrolar pra c*****o eu levantei pra tomar banho, vestir um blusa da Lacoste e um short preto, passei perfume e coloquei uns cordão de ouro, só o básico.
Desci para a sala, e Eduarda já tava lá, sentada assistindo televisão, a menina não dava um peido pro crime.
—Ainda não deu calo na b***a não? — perguntei indo para a cozinha, ouvir ela reclamando mas nem liguei, só sabe reclamar. — tu podia emprestar uma roupa tua para Débora.
—Pode deixa que daqui a pouco pego. — falou sem nem se mexer, ela era assim mesma, preguiça em pessoa. Vou nem perder a paciência.
Me sentei no sofá fiquei pegando onda no filme que tava passando na tevê, até meu celular começar a tocar, me chamando atenção.
—Fala mané, tem um b.o agora para gente resolver. — coringa disse rápido.
—Agora? Adianta o meu lado ai, tô agarrado aqui.
—Alemão, os pais da Débora chegaram. — fala e eu respirei fundo e forte, bolado.
—Qual foi? Como assim Felipe? — perguntei já nervoso.
—Eles acabaram de passar aqui na barreira, c*****o alemão, temos que dá um jeito p***a, agora mais rápido que nunca. — respondeu impaciente.
—Marca um dez ai que eu já chego ai coringa. — falei desligando na cara dele.
Peguei a chave da moto e subir para meu quarto, a Débora ainda tava dormindo, tava pilhadão de deixar ela sozinha, séria mó covardia da minha parte.
Mas eu não contava que os coroas dela voltaria tão rápido, complicou todo meu lado. Dei um beijo na testa dela e desci novamente para a sala onde a Duda continuava no mesmo lugar.
—Quando a Débora acordar, da o papo nela que eu fui resolver uns caô lá na boca, morô? — disse e ela concorda. — fala também que vamo' sai de noite e não esquece da roupa em. — dei um beijo na testa dela.
—Eu sei Pedro, vai logo menino chato. — falou emburrada me fazendo rir.
Subi na minha moto encostei na boca em meio tempo, cheguei lá já encontrando o Felipe na sala minha sala, boladão.
É uma história muito louca tá ligado? Tava tudo vindo agora que eu tinha conseguido o que eu queria.
Minha vida sempre foi corrida, nunca tive tempo pra relacionamento e nem queria, só de manter minha irmã e a favela longe de perigo já me sentia satisfeito.
As meninas daqui não passam de um bando de interesseira e eu tô fora de mina assim, na moral, as safadas fazem de tudo pra conseguir dinheiro.
Menos a Débora, pô, me lembro até hoje como eu fiquei quando eu vi ela pela primeira vez, bagulho doidão e eu achando que tava livre desse tal amor.
Ela tava numa resenha com as duas cobras que ela chama de amiga, ela tava cansada, dava pra isso de longe, tá ligado? Só pelo jeito que ela suspirava fundo.
Observei ela pra c*****o, por mó cota, já ela lerdinha nem reparou e só ficou sentada o tempo todo. Eduarda e ela daria um belo time de plantas.
—Ai menor. — falei chamando o vapor que veio na mesma. — qual foi daquela mina ali? — perguntei apontando para ela.
—Ih chefe, aquela dali esquece. — falou ao vê quem eu olhava. — mina mó certinha saca? Se eu não tô m*l da memória o nome dela é Débora, novinha com uns dezesseis anos, só cola nesses tipo de coisa por causa das amigas, ela estuda tudo certinho, nunca envolveu com nenhum envolvido. — disse ainda olhando pra ela.
—Quero que tu passe a ficar de olho nela pra mim, tendeu? — perguntei tentando gravar as informações.
—Pode deixar comigo, mas ela tu não consegue pegar na viu, se quiser jogo uma das amigas dela na sua mão, as duas é facinhas. — falou rapidão e eu fiquei estressado.
—Cala a boca menor, fica suave aí que eu não tô pedindo nada, eu em, é só isso mesmo, depois quero o endereço dela. — disse ríspido.
Depois disso, observei ela a noite inteira, tinha alguma coisa nela que me intimidava, a forma que eu fiquei obcecado tão rápido por ela me deixou puto.
Não sei se era só o meu ego que gritou mais alto por ela nunca ter rendido pra mim, mas eu já tinha colocado ela no meu nome e eu ia esperar o tempo que for.
Ela ainda ia ser minha, eu tô certo.
Depois daquele dia, comecei a observa ela todo sempre, bagulho era doidão, todos os bailes, festa, escola, eu sempre tava observando ela de longe.
Diferente dos traficantes, eu sempre zelei muito minha vida amorosa e s****l. Eu sabia que todas elas só queria dinheiro e fama, então nunca rendi pra nenhuma dessas cachorra.
As vezes na maior necessidade me envolvia com algumas, mais nunca foi mais que isso, e eu sempre deixei bem avisado.
Isso também fez com que saísse algumas conversas tortas do meu nome. De acordo com a maioria do desse morro, eu já tinha fodido a maioria das meninas daqui.
Qual foi né? Meu p*u não foi achado no lixão e sempre fui bem chato na hora de escolher quem eu iria comer, não é atoa que os meninos ficam me zuando.
Nunca tinha gostado de nenhuma menina desse morro tá ligado? Eu sempre coloquei minha irmã, minha mãe e meu morro na prioridade.
Mais depois que ela chegou ficou tudo diferente, sentia coisas diferente, papo de boiola mais era real. E o pior e que a filha da p**a nunca rendia pra mim e eu ficava só no sapatinho, esperando a hora certa.
Uma vez o coringa até me zuou, alegando enquanto eu estava esperando amadurecer, tinha gente comendo cru com sal, fiquei boladão, mas o morro é meu a mina tava no meu nome e quem pegasse, ia ser um CPF a menos.
O tempo foi passando rápido pra c*****o, puxei a ficha dela toda e dos pais é também, descobrir merda pra c*****o, eu já tava ficando maluco porque aquela p*****a me trava como se eu nem existisse.
Não podia negar que eu já tava gamadão nela, já pensei em chegar nele e mandar o papo retão, mas eu não sou assim até porque se alguém fizesse isso com minha irmã, rapaz.
E nada aconteceu entre a gente até na última vez que eu fiquei secando ela lá do camarote.
Observava ela como sempre, vi o playboy chegando nelas, vi quando falsa da amiga, dela deixou eles sozinhos, só aí eu já fiquei puto, e quando vi ele puxando ele com toda brutalidade do mundo para fora da quadra, eu só sabia que eu ia matar, mais nada.
Parece que eu demorei uma eternidade para atravessar a multidão, só pensava o pior mermo, homem não tem coração, quando tem, bate é na sola do pé.
E eu matei mermo, sem dó e sem e nem piedade o filho da p**a que tentou abusar dela, eu nunca tive pena de matar e não teria hoje, a única culpa que eu sentia era de não ter protegido ela antes disso acontecer.
Também foi o último dia que eu vi ela longe, não queria isso mas, e jurei aquele dia com ela deitado nos meus braços, que não deixaria nada de r**m acontece com ela de novo.
—Já não consigo mais enrolar minha mãe alemão. — coringa diz me tirando do transe. — ela quer porque quê ver a filha dela.
—Não tiro a razão dela cara. — falei olhando para Débora que estava conversando com as meninas. — mas vai ser tudo muito rápido pra ela, a gente devia esperar mais.
—A gente ia esperar um mês lembra? Os coroas dela voltou, acabou, coloca um fim nisso logo p***a. — falou se alterando um pouco me fazendo fica muito nervoso.
—Se vocês dois brigarem assim também não adianta p***a nenhuma. — neguin disse chamando atenção.
—Mano, temos que fazer o certo, tendeu? — coringa continuou. — minha mãe já sofreu pra c*****o, quanto mais a gente continuar mentindo pra Débora, mais ela vai ficar chateada.
—Tu acha que eu gosto de esconder a verdade dela? Abre o olho coringa, quero só o bem dela. — respondi olhando pra ela que me encarando.
—Então faz o certo Pedro. — falou se levantando e eu encarei ele. — faz o certo rápido, porque tenho certeza que tu quer tá com ela quando ela descobri né? — saiu da roda me fazendo ficar puto.
—Nessa ele tá certo mano. — Douglas colocou a mão no meu ombro e entrou atrás dele. Olhei pro João que fez sinal de rendimento, neguei com a cabeça e acabei entrando também.