Após entrar na casa de Mia, os beijos se tornaram mais intensos e, rapidamente, nos encaminhamos para o primeiro cômodo. Mia, com uma habilidade e falta de cerimônia que eu já conhecia, agiu rapidamente, evidenciando a familiaridade entre nós. Em seu quarto, a urgência e a intensidade dos nossos gestos revelavam uma conexão puramente física.
Mia me provocava com palavras e gestos ousados, e eu correspondia à altura. Tudo nela era direto e sem rodeios, algo que eu apreciava naqueles momentos. Ela sabia exatamente o que fazer e eu me deixava levar por aquela dinâmica que, embora recorrente, sempre trazia uma sensação de novidade e prazer.
Entre trocas de carícias e palavras atrevidas, o t***o entre nós se intensificava. Mia era desinibida e expressava abertamente seus desejos, uma atitude que me atraía. Nos entregamos a um momento de puro prazer, sem pensar em nada além daquele instante.
Após nos entregarmos a um momento de puro prazer físico, segui para o banheiro. Ao voltar, encontrei Mia começando a se vestir.
— Não entendo como você ainda está com aquela garota sem graça — Mia falou, não conseguindo esconder sua frustração.
— Vamos deixar a July fora disso. Amanhã nos vemos — respondi, tentando manter a situação sob controle.
— Por que você não fica mais? Aquela garota nem se compara com o que eu faço por você — ela insistiu, beijando meu pescoço, tentando me seduzir para ficar.
— Não fale assim — adverti com um sorriso malicioso. — Se eu ficar mais um pouco, vou acabar baixando sua calcinha de novo — ao dizer isso, dei uma mordida leve e provocante em sua boca.
Mia retribuiu com um sorriso travesso e uma faísca nos olhos.
— Isso seria uma delícia — ela disse, sua voz suave, mas cheia de expectativa e desejo.
— Preciso ir, Mia. Ela está me esperando — disse, afastando-me dela, apesar de suas tentativas.
— Você e essa sua fixação por ela. Você podia ter algo muito melhor aqui comigo — Mia argumentou, visivelmente irritada.
— Você sabe como as coisas são — respondi, vestindo minha camisa.
— Sim, sei. Você usa ela para mostrar aos outros que tem uma namorada, enquanto vem aqui para se divertir comigo — ela disse, cruzando os braços, seu tom carregado de decepção.
— Não é bem assim, Mia. Eu gosto da July — tentei explicar.
— Gosta tanto dela que está aqui comigo — Mia retrucou, seu sarcasmo evidente.
— Eu já te disse, as coisas com ela são diferentes — insisti, pegando minhas chaves.
— Diferentes como? Ela é santa e eu sou a pecadora? — Mia perguntou, a amargura em sua voz era palpável.
— Não é nada disso. Cada uma tem seu lugar — respondi, tentando encerrar a discussão.
— Ah, sim, o lugar dela é na sua vida, e o meu é na sua cama. É isso, Túlio? — Ela questionou, a mágoa clara em seus olhos.
— Não é nada disso. Você sabe que gosto de estar com você, então, por favor, não comece com cenas — pedi, tentando manter a calma.
— Não é cena, Túlio — ela retrucou e eu suspirei, aproximando-me dela com uma expressão séria.
— Mia, você aprecia os momentos que compartilhamos, assim como eu — continuei, massageando seus ombros com delicadeza. — Então não vamos discutir por besteiras. Não há cobranças entre nós. Você é livre para ficar com quem quiser e, quando sentimos vontade, nos divertimos juntos.
— Sabe que eu não me importaria nenhum pouco em ficar apenas com você — declarou, eu assenti.
— Eu sei, mas você sabe que eu não estou disposto a terminar com a July, pelo menos não nesse momento — ela suspirou. — Tenta entender, Mia, eu não suportei os caprichos dela até hoje, para sair desse relacionamento sem conseguir o que desejo.
— Eu entendo, não estou reclamando — disse Mia, mas sua voz denunciava um leve descontentamento. — Mas essa sua obsessão por essa garota... não faz sentido. Tudo isso só para ter uma noite com uma virgem?
— Não é obsessão — respondi, um pouco impaciente. — Mas sim, quero t*****r com ela. Se terminarmos, isso não vai acontecer. Você conhece a July, sabe como ela é reservada quanto a isso.
— Você não a ama, Túlio — Mia argumentou, sua voz tingida de desapontamento e frustração. — E, na minha opinião, querer alguém só por essa razão... soa como obsessão.
— Eu realmente preciso ir agora — eu disse, segurando seu rosto entre minhas mãos e depositando um beijo rápido em seus lábios, numa tentativa de suavizar a tensão entre nós, em seguida, tentei me afastar.
Mia me segurou pelo braço antes de eu sair.
— Você sabe que eu quero mais do que isso para nós, não sabe? — Havia uma vulnerabilidade em sua voz que raramente se mostrava.
— Amanhã, aqui, no mesmo horário — falei, já me encaminhando para a porta, querendo encerrar a conversa que se tornava cada vez mais incômoda.
— Vai lá, Túlio. Vai ficar com sua 'virgem' — Mia respondeu, sarcástica e desafiadora. — Mas lembre-se, amanhã estou te esperando aqui. E não esqueça: eu te ofereço tudo o que ela não pode — finalizou, seu olhar ardente e cheio de promessas.
Mia se despediu com um beijo cheio de malícia, deixando claro que, a atração entre nós era inegável.
Voltei para a quadra, onde Marcelo e Murilo ainda estavam.
— Pronto, agora está calmo? — Marcelo me perguntou, com um sorriso de canto de boca.
— Agora sim, de boa — respondi, esticando os braços e relaxando os ombros. — Murilo, você precisa de uma mulher, cara. Quem sabe assim você relaxa mais, irmão.
Murilo me lançou um olhar indiferente.
— Nem disse nada — falou, mantendo sua expressão neutra.
— Nem precisa, olha essa cara. Vai lá, pega a Mia. Aquela mulher é um furacão — afirmei, divertido.
— Não deu conta do recado, garanhão? — Marcelo zombou, me enlaçando pelo pescoço em um gesto brincalhão.
— Vai te f***r — rebati, tentando me soltar do seu braço.
— Acho que ele não deu conta, Murilo — Marcelo continuou a provocação, rindo.
— Vai se ferrar — repeti, já entrando na brincadeira. — E aí, Murilo, não quer mesmo ir relaxar com a Mia?
Murilo apenas balançou a cabeça, claramente desinteressado na conversa.
— Tô de boa. E você, vê se não reclama quando perder a July.
— Aquela lá come na minha mão. Não preciso me preocupar — disse, confiante.
Murilo me lançou um olhar cheio de censura.
— Você realmente acha que está fazendo a coisa certa, Túlio? — Sua voz era baixa, mas carregada de preocupação. — Acha que a July merece o que faz com ela?
— Fala sério, Murilo. Você se preocupa demais — comentei, ainda rindo da seriedade dele.
— Deveria valorizar sua namorada, Túlio.
— Eu valorizo — garanti. Murilo negou com a cabeça. — Bom, agora eu vou ir ver minha santinha — disse, me despedindo deles.
Enquanto seguia de volta para casa de July, pensava na facilidade com que eu controlava as coisas com ela. Murilo, é meu amigo, mais o cara se preocupa demais, deveria realmente curtir um pouco mais a vida e deixar de ser tão sério.