Capítulo 25

832 Words
July: Após concluir a arrumação da minha casa, deixando cada canto impecável, resolvi ligar para meus pais e minha irmã. Ao telefone, suas vozes transbordavam alegria, enquanto descreviam a festividade na casa de Juliana. Conseguia visualizar claramente a cena alegre e descontraída através de seus relatos entusiasmados. Ao final da conversa, reafirmei minha promessa de me juntar a eles na próxima semana, criando uma expectativa agradável para o próximo encontro. Enquanto finalizava minha maquiagem, dando os últimos retoques para realçar meus traços, o celular vibrou com uma nova mensagem. Era de Cristine. Pousei o pincel de maquiagem e peguei o celular, curiosa para saber o que minha amiga tinha a dizer naquele momento. Cristine estava animada para nossa noite de diversão. Ela me enviou uma foto do seu look, um vestido curto e justo com um decote ousado, salto alto e uma maquiagem marcante. Elogiei sua beleza e, a pedido dela, enviei uma foto do meu próprio look: um conjunto de três peças preto, com um blazer, cropped e saia, complementado por um salto delicado. Cristine brincou dizendo que me pegaria fácil, elogiando minha aparência. Ela perguntou a que horas eu iria para a casa do Marcelo, e eu disse que estava esperando por Túlio. Cristine preferiu não ir comigo para evitar conflitos, querendo uma noite perfeita sem intrigas. Concordamos em nos encontrar na festa e nos divertir sem estresse. No meio da conversa, Túlio me enviou uma mensagem perguntando se estava pronta e dizendo que estava a caminho. Respondi que sim e que o esperava. Logo após encerrar minhas conversas, decidi dar uma olhada no meu i********:. Deslizei pelos stories até encontrar um de Murilo. Ele estava incrivelmente atraente nas fotos, com um charme que saltava da tela. Sua aparência estava impecável e ele postou uma legenda casual e convidativa: "Bora aproveitar a noite!" Fiquei pensativa por um momento, refletindo sobre o quanto Murilo merecia se divertir e esquecer um pouco dos problemas. Ele estava passando por um momento delicado, especialmente com o recente retorno de seu pai. Era evidente que ele precisava dessa descontração, um momento para se afastar das tensões e preocupações que vinham marcando seus dias. No momento em que percorria as fotos de Murilo no i********:, um tremor tomou conta de mim ao ouvir a buzina estridente da moto de Túlio. Rapidamente peguei minha bolsa pequena e guardei meu celular dentro, apressando-me para encontrá-lo, que já me esperava, impaciente. — Demorou — afirmou, assim que fechei o portão. — Pensei que iríamos subir a pé — comentei com leveza, me aproximando dele. Ele me olhou com um misto de surpresa e admiração. — Uau! Que linda — sua voz saiu num sussurro rouco. De repente, ele me puxou para si, capturando meus lábios em um beijo ardente. — Boa noite, gatinha. Você está muito gostosa — disse ele, com um sorriso que não escondia seu desejo. — Boa noite, meu amor — respondi amável, envolvendo seu pescoço com meus braços, mergulhando brevemente naquele beijo. No entanto, a ousadia de Túlio logo se fez presente, suas mãos deslizando atrevidamente em direção ao meu bumbum. Ele apertou com uma certa possessividade, aprofundando o beijo com um toque de malícia. Sua mão tentou, de forma um tanto audaciosa, deslizar por baixo da minha saia. Sentindo-me desconfortável com aquela aproximação, afastei-me sutilmente, sinalizando que era hora de irmos para a festa. — Como vou subir na moto assim? Estou de saia — disse, com um tom de voz suave e um sorriso discreto nos lábios. Ele, no entanto, não satisfeito com a minha atitude, me empurrou de forma sutil, porém firme. — Qual o problema, July? Não posso nem tocar no corpo da minha própria namorada agora? — Não é isso. — Então o que é? Qual a frescura da vez? — Túlio, vamos brigar mesmo? Eu só quero que a noite seja tranquila — tentei acalmá-lo, me aproximando e selando seus lábios com um beijo carinhoso. — Por favor, não vamos discutir. Ele respirou fundo, claramente tentando controlar sua irritação. — Sobe logo, July. Vai ficar fazendo cena até para subir na minha moto? — O problema é que estou de saia, Túlio, não é cena. — Não fode, July. Se continuar assim, vou pensar que quer outra pessoa no seu lugar. Tenho certeza que outra garota não se incomodaria com algo tão bobo. — Já te disse que não gosto quando me compara com outras — retruquei, sentindo minha paciência se esvair. — Então para de ser insuportável e sobe logo — ele falou, colocando o capacete, seu tom de voz denunciando uma impaciência crescente. — Sério, Túlio? — Ele estendeu o capacete em minha direção. — Sobe, c*****o. Está escuro, ninguém vai ver nada. Para de ser chata — respirei fundo, aceitando o capacete. "Ele chegou tão doce, mas logo voltou a ser o de sempre", pensei com desgosto. Com cuidado, sentei-me na moto, segurando-me firme em sua cintura, e partimos em direção à casa de Marcelo.
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