PRÓLOGO
_ Por favor Fernando me deixa explicar! Por favor amor não faz assim, você não sabe o que aconteceu...
Ele me segurou pelo braço e senti o seu aperto ao meu guiar para a porta do apartamento. Ele parecia outro homem, suas feiçõesntes que me traziam tanto alento, agora estavam retorcidas pela raiva. Não, não! Puro ódio evaporava pelos intensos olhos azuis. Sinto-me tonta, não consigo formular como palavras enquanto ele me arrasta pela sala, só sinto meu coração se cada passo dado, graves feridas que não seriam facilmente curadas. Puxo meu braço da sua mão, fazendo ele me encara furiosamente. Suas próximas palavras foram bradadas para machucar e ele conseguiu.
_ Você é como todos como que eu tive, só mais uma dissimulada e interesseira. Acha que iria enganar com essa cara de boa moça até quando? _ disse enquanto passava as mãos nervosamente pelo cabelo escuro _ você até que eu conseguiu fazer pensar por um tempo que era diferente, só para que no final eu ver o quanto eu sempre estar certo em mim manter longe de tipos como você – riu em escarnio.
Ele parece louco, vai até a mesa de bebida e encher um copo com uísque e depois derruba todas as coisas que estavam ali. Vejo como na câmera lenta o porta retrato com nossa foto se espatifando no chão. Restaram apenas cacos. Eu sinto que no restarão final apenas cacos entre nós dois. Ele vem se aproximando enquanto eu vou recuando até ficar encurralada entre ele e a parede, passa a mão no meu rosto enquanto cospe as palavras...
_ Você é só mais um no mundo querida, além disso, me pergunto o que esperava um mim envolver-se com uma mulher do seu tipo...
Ele me encara profundamente, aqueles olhos que fizeram meu corpo aquecer agora estavam frios. Congelantes. Meu coração nesse momento parece que foi estraçalhado, sinto que vou sufocar. Sussurro para ele:
_ "Uma mulher do meu tipo"?
Ele abaixa a cabeça, sussurrando no meu ouvido como palavras que desarmam definitivamente meu coração.
_ Uma preta gorda, que nunca chegou aos meus pés. Agora suma sua e nunca mais apareça na minha frente ou não sei do que serei capaz.
Ele me empurrou para a porta, me jogou para a como se estivesse descartando um lixo e foi ali, no chão da varanda, em meios as lágrimas que jurei que nunca iria o perdoar por isso. NUNCA.