Angrehand fitava o horizonte do convés. Seus olhos possuíam a mesma coloração avermelhada que o céu no decorrer daquele pôr do sol. Ele retia as lágrimas que ameaçavam cair. Mas, embora prendesse o choro, algumas gotas escorriam dos olhos e deslizavam por seu rosto até pousar sobre a lapela de seu casaco. O garoto encarava o mar como se estivesse tentando conseguir enxergar Dom nele. Seus lábios estavam enrugados. Suas mãos firmadas no parapeito. A raiva dominava seu corpo. Eu deveria ter me antecipado. Se eu tivesse chegado antes, talvez ele ainda estivesse vivo. Angrehand bufou. Por conta disso decidiu se afastar de todo mundo. Depois da noite passada ele não queria conversar com ninguém. Seu coração estava despedaçado. Alguém aproximou-se por sua retaguarda. — Eu deveria ter s

