Apotegma

1846 Words

Elisabella assentou-se com as pernas lado a lado sobre o banco de madeira com almofada, fornecido a ela pelo parlamento de jure na praça central de Veneza, onde o navio aportou. Uma multidão estava presente. As pessoas coléricas, prontificavam-se para testemunhar mais um réu em sua sentença hedionda. Ninguém, além dos presentes, sabia que a rainha estava ali. Nem mesmo seus filhos que permaneciam isolados nas repartições — ao menos assim esperava. Ela comparecera ao julgamento do algoz de sua filha. — Ninguém a viu saindo atrás do criado mudo que estava sendo escoltado por tripulantes de Wellehallfax rumo ao desembargar, com cordas prendendo as mãos e grilhões presos nos tornozelos, há algumas horas. Ou viram, mas não notaram que tratava-se a rainha por causa da manta que ela utilizou.

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD