— Alguma notícia? — indaga a rainha a Rainer. — Alguns aldeões o viram cruzar o rio Aparecida. Se minhas intuições estiverem certa, ele embarcará em um pesqueiro e cruzará o mar para fugir do país — Rainer pronuncia cada palavra com uma função catastrófica. — Mandem uma guarnição atrás dele. E nossos melhores soldados. — ordenou mamãe. O conselheiro assente e retorna para o local de onde havia vindo, seja lá onde for. Mamãe prossegue com o preenchimento das papeladas. Ela enfia a caneta feita de penas no recipiente de tintas e escreve algo no papel. Nem parece que se deu conta de minha presença. Olhando-a, percebo que sua testa esboça traços de preocupação, há rugas em todos os cantos de seu rosto e a linha de seus lábios se curva em uma expressão de desgosto. Mas não é só isso. Sua

