Inocência

3374 Words
A Nayara começou a caminhar em uma nova direção depois do silêncio em que ficou ao tentar se apegar a dor e não a compartilhar ou após mostrar que estava com raiva e tentar me afastar. Sabendo que não era da solidão que ela necessitava, precisei insistir e quebrar a barreira que estava sendo colocada entre nós. Abandoná-la não era uma opção e por isso sempre que ela desse um passo para longe eu daria outro em sua direção. Percebi que ela estava se esforçando para interagir com as pessoas e principalmente comigo e com a Gabriela. A tristeza transbordava seu olhar e mesmo quando ela forçava um sorriso ele não tinha brilho. Com o passar dos dias entendi que o esforço dela não era em causa própria, percebi que ela estava disfarçando a própria dor para proteger as pessoas ao redor e isso ficava nítido quando ela saia da cama no meio da noite para ir chorar no quarto do Davi. Em um mês de luto a vida muitas vezes era enfadonha. Acordar todos os dias sem saber o que fazer ou dizer para a Nayara e para as pessoas que de maneira inoportuna perguntavam sobre o Davi, lidar com toda situação e ainda agir com o mínimo de naturalidade para não afetar a rotina da Gabriela, tudo era extremamente exaustivo e ficava pior porque eu me sentia sozinha. Como prometido, dediquei-me ao preparar uma festa de aniversário para Gabriela, com direito a muitos doces, um bolo com três andares, flores e borboletas, exatamente como ela pediu. O Casillas fez questão de vir ao Brasil participar da festa, assim como a minha mãe e sogra também estavam presentes. Os colegas e professores da Gabi também vieram prestigiá-la e mesmo visivelmente triste a Nayara ficou o tempo todo perto da filha, que estava tentando a fazer sorrir como se tentasse resgatá-la. O que era lindo, mas também de partir o coração. - Como a Gabi está com tudo que aconteceu? O Casillas perguntou preocupado. - Ela está lidando com a inocência de uma criança. Respondi olhando para ele. - Estranhei vocês resolverem fazer uma festa para ela nesse momento. - Primeiro não considerei fazê-la. Há um mês o Davi partiu e a Nayara ainda parece estar parada diante do túmulo dele. Não sei de onde tirei forças pra organizar essa festa. Fiz realmente pensando na Gabriela. Afirmei sentindo-me emocionalmente exausta. - Paola a nossa filha está diferente. Consegue ver a mudança no comportamento dela? A Gabi é muito pequena pra ficar preocupada e nitidamente está tentando animar a Nayara. Ele continuou mostrando preocupação. - A Gabriela é uma menina sensível Casillas. Como posso pedir para ela não se preocupar com a mãe? Como vou explicar sobre o luto da Nayara sem que isso possa confundi-la? - Pensou em levar a Gabi pra conversar com uma psicóloga? - Ela tem acompanhamento no colégio. Conversei com a psicopedagoga. A Gabi está lidando bem. Estava a preparando para esse momento. Só não a preparei para ver a Nay sofrendo. - Realmente estou preocupado. Gostaria de levá-la para passar um tempo em Madrid. Será que pode considerar essa possibilidade? Sugeriu me olhando nos olhos. - Pensei nisso Casillas. Cheguei a conversar com uma psicóloga infantil quando a médica disse que o Davi tinha pouco tempo. Considerei poupar a Gabriela desse sofrimento, mas a psicóloga disse que o ideal é deixar que uma criança na idade dela possa se despedir do irmão e sentir a dor da perda. Ela precisa passar por esse processo. - Eu entendo Paola, mas a Gabriela precisa receber todo apoio e atenção pra processar o luto. Sempre que falamos você menciona o comportamento da Nayara e nunca o da Gabi. Minha preocupação é saber que ela está realmente recebendo os cuidados que necessita. A inquietude dele era compreensível. - Não posso pedir que não fique preocupado, afinal como pai é impossível não se preocupar. Apenas posso garantir que a Gabriela está recebendo a atenção que sempre recebeu. Não mudei nada na rotina dela e até mesmo a Nayara tem ficado muito tempo com a filha. - Está bem Paola, não vou insistir nesse assunto. Vocês duas são mães exemplares. Sempre foram. Somente sugeri esse tempo em Madrid porque sei como o luto pode ser nocivo. - Tenho certeza que está pensando no melhor para nossa filha. Vamos cantar parabéns? Perguntei sorrindo e ele sorriu assentindo com a cabeça. Aproximei-me da Gabi e da Nayara e as levei até o bolo. A pequena que estava animada pegou na mão do pai e o puxou para a mesa. Ficamos os quatro diante dos convidados e depois dos parabéns uma coleguinha disse para a Gabriela fazer um pedido. E nesse momento ela olhou para a Nayara e ficou triste. Senti que a tristeza tocou a todos, principalmente quando com toda inocência ele fez o seu pedido. - Desejo que o Davi volte pra mamãe ficar feliz! Depois desse pedido todos paralisamos e sumimos um pouco. - Cariño. Fiz força pra falar com a Nayara e o olhar dela ficou tão distante que eu senti um calafrio. A Gabriela percebeu que o seu pedido magoou a mãe e abraçou a cintura dela antes de começar a chorar. Nunca vi a Gabi chorando dessa forma e se eu fiquei assustada o Casillas ficou ainda mais. Ele tentou pegá-la no colo, mas ela reagiu com agressividade e se debateu até que ele a colocasse no chão. Então ela saiu correndo e finalmente eu consegui me mexer para ir atrás. - Gabi. Espera filha! Chamei a atenção dela que correu direto para o quarto do Davi e subiu no berço. - Princesa. Vamos conversar um pouco. Só nós duas. Pode ser? Fechei a porta do quarto para ficarmos à vontade e me aproximei dela, que estava chorando muito. Quis segurá-la em meus braços, mas a pequena se recusou a sair do berço e eu achei melhor deixá-la se acalmar antes de qualquer coisa. - A mamãe ficou mais triste e a culpa é minha. Disse se encolhendo e abraçando os joelhos. Passei a mão em seus cabelos com mansidão. - A culpa não é sua princesa. Sua mamãe está triste porque o Davi não pode voltar. Seu irmão fez parte da nossa vida por pouco tempo, mas o amor que sentimos por ele é imenso. Você se lembra como a mamãe ficou feliz naquela festa que fizemos em que todas as luzes da casa ficaram azuis? - Eu me lembro. A mamãe chorou porque estava feliz. Continuei mexendo nos cabelos dela. - Então princesa. Sua mamãe queria muito que o Davi ficasse mais tempo conosco e que ele crescesse assim como você está crescendo. Ela está triste por isso. Não é sua culpa ou minha culpa. A morte faz parte da vida, mas ela sempre machuca as pessoas porque nunca queremos dar adeus a quem amamos. Seu irmão não vai mais voltar e a sua mamãe precisa de tempo pra ficar triste, antes de voltar a ficar feliz. - A mamãe pode ter outro filho? Questionou apresentando uma solução ingênua. - Ela pode ter outros filhos, mas um nunca é igual ao outro. Você é única. O Davi é único. Todos nós somos únicos, princesa. Você tem duas mães, acha que somos iguais? - Não. Você desenha e a mamãe trabalha com festa. A vovó Andréia é medica e a vovó Marta gosta de viajar. - Você é muito inteligente! Elogiei sorrindo e ela resolveu sair do berço e vir para o meu colo. - Amo você princesa! Declarei acolhendo-a em um abraço apertado. - Amo você mãe! Posso ir brincar? Ela me olhou e eu sorri. - Antes vamos arrumar seus cabelos porque eles estão bagunçados. - Está bom assim mãe. Posso ir? - Pode sim. É seu aniversário. Tem que se divertir muito! Ela saiu correndo e antes de voltar para a festa eu passei no quarto para me recompor. - Licença Paola. Como você está? A Daniela bateu na porta do quarto. - Oi Dani. Estou me recompondo. Sabia que uma festa nesse momento não seria fácil. - Sinto muito Paola. - Tudo bem, esse dia está quase chegando ao fim. Declarei respirando fundo. - Tenho que ir agora. A Fernanda precisa de carona até o aeroporto. Vejo você na seção de fotos amanhã? A Catarina está adorando a ideia de fotografar a Letícia. Concordamos que esse ensaio precisa do seu olhar especial. - Vemo-nos amanhã. Agradeça a Fernanda pelo presente antecipado. Espero poder fazer brindes em breve para experimentar os novos espumantes. - Agradeço sim. Até amanhã! Retoquei o batom e voltei para a festa. Imediatamente notei a ausência da Nayara. - Sabe onde está a Nay? Perguntei a Andréia. - Ela disse que queria descansar um pouco e foi para o quarto. - Acabo de voltar do quarto. Entendi que ela mentiu para se livrar da mãe. Procurei por toda casa e nem sinal dela. Chegando à garagem vi que ela havia saído de carro e por conhecê-la deduzi para onde tinha ido. De alguma forma ir até o Davi era a maneira que ela estava encontrando para aceitar que o nosso menino havia partido. - Encontrou a Nayara? A Andréia me abordou parecendo nervosa. - Ela saiu de carro. Certamente foi ao túmulo do Davi. Ela tem feito isso sempre que fica em negação. Você pode ir encontrá-la? Preciso dar um pouco mais de atenção a Gabriela. Se as duas mães sumirem da festa ela vai sofrer. Afirmei angustiada. Se fosse possível me dividir em duas para ficar com a Gabi e a Nayara eu certamente faria isso. Estava ficando cada vez mais difícil ter que ser forte o tempo todo. Tentei distrair a Gabriela pensando em poupá-la de mais uma tristeza ao sentir a ausência da mãe. Mas infelizmente ela não era mais um bebê e não demorou a perguntar pela Nayara. Já não sabia mais o que dizer e achei melhor apenas falar a verdade. - Sua mamãe precisa de um tempo para pensar e ela procurou um lugar silencioso. Logo ela volta pra casa. Ela sempre volta. Você sabe princesa. Não tem que se preocupar com nada, apenas em aproveitar sua festa e brincar com suas amigas. Afirmei mexendo nos cabelos dela. Para suprir a ausência da Nayara o Casillas fez de tudo um pouco. Ele até brincou de ser o príncipe no Ballet da Gabi e de todas as amigas dela. O Casillas era um pai excepcional tanto para a Gabriela quanto para a Sophia. Por ele a família aumentaria assim que possível, mas a Antonela estava focada no trabalho com a Duquesa, que tinha esse poder de prender as pessoas para trabalhar em um projeto após o outro. Quando todos os convidados deixaram a festa o Casillas permaneceu por mais um tempo até se despedir para voltar à Madrid. Dessa vez ao partir eu percebei que ele estava angustiado por deixar a filha e na tentativa de o tranquilizar novamente me comprometi a dar mais atenção a nossa primogênita. - Queria que pensasse melhor na minha sugestão. Talvez você e a Nayara precisem de um tempo sozinhas. Até para que ela possa expressar tudo que está sentindo sem que isso afete a Gabriela. Seria apenas por um tempo Paola. Qualquer que seja a sua decisão vou concordar. Ele disse antes de entrar no táxi e seguir para o aeroporto. Por mais que entendesse a intenção dele, não tinha certeza que seria o melhor para a Gabi. Como a Nayara ainda estava fora de casa dediquei minha atenção exclusiva a Gabriela. Tomamos um banho de banheira juntas e isso relaxou a pequena. Depois assistimos a uma animação e quando ela adormeceu a levei para a cama. Estava começando a ficar nervosa com a demora da Nayara quando a Andréia entrou em contato para avisar que a filha iria passar a noite em seu antigo lar. Imaginei que ela só queria um pouco do colo da mãe e não questionei sua decisão. Realmente reconhecia o esforço que ela estava fazendo para processar o luto e qualquer pedido de ajuda dela era uma evolução. Mesmo não gostando de dormir sozinha simplesmente adormeci. Mas não demorei a acordar ouvindo o choro da Gabriela que entrou no quarto e subiu na cama assustada. - Onde está a mamãe? Ela foi embora mãe? A pequena perguntou nervosa e isso mexeu comigo. - Acalme-se Gabi. Porque está chorando? - Tive um pesadelo com a mamãe. Onde ela está? - A Nayara vai dormir na casa da sua avó Andréia hoje. Ela está segura princesa. - Pode falar a verdade. A mamãe não vai voltar porque está triste comigo. Disse de um jeito que partiu meu coração. - Não é por isso Gabi. Eu jamais vou mentir pra você. A Nayara precisa ficar perto da mãe dela. Assim como você que saiu da sua cama pra vir ficar aqui. Não tem nada de errado nisso. Pode ser que você precise fazer quando for adulta. Você sempre terá suas mães por perto, princesa. - Posso dormir aqui hoje? - Pode sim. Vamos dormir abraçadinhas. Amo você! Arrumei os lençóis para que ela se deitasse ao meu lado e a acolhi em meus braços. Dormimos abraçadas e quando o dia estava amanhecendo eu acordei me sentindo m*l. Corri para o banheiro e depois de vomitar e me recompor voltei para a cama e ao deitar com a Gabi senti que ela estava febril. Rapidamente procurei pelo termômetro para conferir a temperatura dela e constatei que a pequena estava com febre. Imediatamente liguei para a Nayara e pedi para ela me encontrar no consultório da Doutora Maíra, que era a pediatra da Gabriela. Acordei a minha mãe que ficou ao lado da Gabi enquanto eu dirigia e encontrei com a Nayara no hospital. Ela saiu da casa da mãe tão apressada que até vestiu uma camisa ao avesso. Logo a Maíra nos recebeu e examinou a Gabriela. Depois de examiná-la a Doutora começou a fazer perguntas e ao contar sobre a festa de aniversário ela olhou para a Nayara, baixou a cabeça e começou a chorar. O gesto chamou nossa atenção e da Maíra. - Mães podem deixar a Gabi com a avó por um minutinho. A pediatra pediu e eu levei a Gabi até a minha mãe. - O que ela tem? - Eu não sei. A Doutora ainda vai dizer. Cuida dela. Pedi e ela sorriu assentindo com a cabeça e sentando a neta em seu colo. - Pode falar o que a Gabriela tem? A Nayara questionou a Doutora assim que eu entrei na sala. Logo notei que ela estava um pouco alterada e segurei sua mão na tentativa de deixá-la mais calma. - Aparentemente a Gabriela não tem nada. Nenhum sinal de inflamação, gripe. Absolutamente nada. Porém, sei que estão passando por um momento delicado. E essa febre pode ser um sintoma emocional. Ontem foi um dia intenso para ela. A Vitória mencionou o que aconteceu no aniversário. Sinto muito que estejam passando por tudo isso. - Está dizendo que a Gabriela está assim por minha culpa? A Nayara novamente se alterou. - Estou dizendo que pode ser um sintoma emocional, mas mesmo assim vou fazer uma solicitação para alguns exames. Paola, você pode providenciar tudo e voltar com os resultados assim que possível? A Maíra pareceu ignorar o estresse da Nayara. - Claro que posso Doutora. - Sendo assim voltamos a falar após os exames. Por hora, vou passar um remédio para baixar a febre e o indicado é que você a faça beber muita água e repousar. Disse olhando para mim e isso irritou a Nayara. - Agora ela só tem uma mãe? Questionou tomando a receita da mão da Doutora, que permaneceu calma. - A Gabriela continua tendo duas mães, mas só uma delas está em condições de ajudar. A fala da Doutora deixou a Nayara paralisada. - Volto com os exames. Obrigada Doutora! Agradeci e puxei a Nay pela mão como se ela fosse uma criança prestes a brigar no parquinho. Do hospital até em casa a Nayara não disse nenhuma palavra, apenas ficou acariciando os cabelos da Gabriela que pareceu ficar mais corada ao receber atenção da mamãe. Certamente a suspeita da pediatra estava certa e a febre da Gabi era um sintoma emocional. O Casillas também tinha razão ao dizer que a dor do luto era nociva a todos os envolvidos, principalmente para uma criança como a Gabi, que além de ser inocente demais para processar a perda do irmão com clareza, ainda era sensível ao esmorecimento da Nayara. Depois de voltarmos para casa e colocarmos a Gabi para dormir, fiquei pensando em conversar com a Nayara e sugerir que a minha mãe levasse a princesa para passar um tempo com o pai na Espanha. Esperei ela tomar um banho, trocar de roupa e parecer mais calma para iniciar a conversa e mesmo assim logo o assunto virou uma nova problemática. - Você concorda com a Doutora. Acha que não tenho condições de cuidar da Gabriela? A indagação da Nayara veio em tom áspero. - Porque você mesma não responde a essa pergunta? Percebe como está falando comigo? Chamei a atenção dela que estava com uma postura agressiva. - Perdemos um filho. Não quero perder a Gabriela também. Você e ela são tudo que eu tenho nessa vida. É por vocês que estou tentando seguir em frente. Ela admitiu um fato que eu havia notado. - Essa é a questão Nayara. Você está tentando por mim e pela Gabriela e não por você. Percebe que esse não é o caminho e que você precisa se cuidar pra querer cuidar da gente? - Estou fazendo tudo que posso. Acha que eu quero causar mais sofrimento a nossa família? A postura dela ainda era alterada. Por outro lado, o meu tom de voz se manteve manso. - Conheço você o suficiente pra saber que sempre quer proteger todos ao seu redor. Mas algumas vezes isso pode se tornar um problema, porque você se fecha. Acha que não sentimos sua ausência quando sorri por conveniência? Eu sinto e a Gabi também. Ela não entende por que você está assim. Por mais que eu explique o que é esse momento que estamos passando e no qual você está sofrendo com todas as suas forças; por mais que eu tente fazê-la entender a única coisa que ela consegue entender é que a mamãe está triste. Ela finalmente se desarmou e sentou com os ombros baixos. - Preciso de ajuda. Não consigo seguir em frente e não quero fazer vocês duas sofrerem. Admitiu mostrando-se fragilizada. - Posso fazer uma sugestão sem que você fique com raiva? Fiquei de joelhos na frente dela que estava de cabeça baixa. - Você é minha esposa. Estou ouvindo. Declarou fitando meus olhos. - Talvez seja importante você conhecer outras mães de luto. Eu sei o quanto é resistente a ideia de fazer terapia, mas assim seria diferente. Porque você poderia falar o que sente com outras mães e ao mesmo tempo não se preocupar em colocar mais esse peso nos meus ombros. O que funciona pra mim, pode funcionar pra você de outra forma. Consigo colocar pra fora toda dor que sinto em cada seção de terapia que eu faço. É isso que tem me ajudado a não desmoronar e a deixar ainda mais triste. Eu quero muito ouvir você. Muito mesmo, mas tenho consciência de que você não fala porque quer me proteger da sua dor. - Realmente acha que isso vai fazer a diferença? Questionou me olhando e derramando algumas lágrimas. - O que custa tentar Cariño? Se não der certo procuramos novas alternativas até encontrar uma que seja compatível com você. Segurei as mãos dela. - Eu também preciso de você. Não posso ser forte e ter medo de chorar ao seu lado pra sempre. Uma hora vamos ter que chorar juntas sem que isso machuque profundamente a outra. Até esse dia chegar, prometo que vou segurar sua mão e as minhas lágrimas. Prometi de coração e ela me deu um abraço demorado. - Vou seguir sua sugestão. Eu te amo Paola! - Eu te amo muito Cariño!
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