Sou mais macho que muito Homem!

1653 Words
"Nem toda feiticeira é corcunda Nem toda brasileira é bunda Meu peito não é de silicone Sou mais macho que muito homem" Maju A Patroa! Eu não sei qual foi a última vez que eu dormi tão bem assim, travesseiros de pena de ganso fazem toda a diferença. Eu dormi por quinze horas seguidas, fiz o que eu sempre faço quando preciso de pensar. Me enfiei em um hotel caro na barra da Tijuca, abri o chuveiro e deixei a água cair. Pensa Maria Eugênia, pensa, você tem um cérebro para que inferno!? Eu começo a rir de mim mesmo, quem diabos era Maria Eugênia? Minha mãe tinha um probleminha grave com nomes cinco filhas, cinco Marias, ela pôs cinco mulheres num mundo dominado por homens sem escrúpulos algum. Eu sou mais velha das cinco. Maria Eugênia Maria Júlia Maria Eduarda Maria Laura Maria Lúcia Ela achava que o nome Maria nos daria proteção e que carregar o nome da Virgem significava pureza. m*l sabia ela que somos tudo menos puras. No meu caso adotei um apelido e gosto de ser chamada por ele Maju, ou melhor, a Patroa. Eu nasci no conforto, todo conforto que uma filha de um grande traficante do RJ poderia ter. Meu pai era uma lenda… Na verdade, ele ainda é, ele está preso num presídio de segurança máxima, e seu nome ainda é presente no nosso meio, na realidade, cair nas graças do meu velho tem peso dois. Ele se foi um homem justo, sempre tratava todos com respeito, se ele tinha dinheiro todos tinham, se ele não tinha todo mundo se fo.dia, se ele estivesse em guerra aí meu irmão toda favela descia para defender o que era nosso. Foi por isso que quando foi preso, meu marido ganhou o poder, e virou o dono de tudo, tudo aquilo que meu velho ergueu do nada. Mas o tal marido não ganhou tudo por ser bom no que fazia, ganhou por minha causa, eu posso muito bem falar da parábola da formiga e do grilo. Eu me fo.dia trabalhando e ele só cantava e fod.ia as novinhas. Se eu amei algum dia? Lógico, nenhuma mulher se casa com um homem pensando no fim ou que vai dar errado, mas eu deveria ter visto isso antes, mas como minha mãe dizia: o amor amadurece a gente. Eu o conheci tinha apenas 16 anos, ele trabalhava em uma oficina mecânica em frente à minha escola e todas as tardes quando eu passava ele assobiava, depois começou a me dar presentes, no início era extremamente irritante, mas depois começou a ficar fofo, quando vi já estava me agarrando com ele em todos os lugares. Era bom sentir aquele calor no peito de fazer escondido, o primeiro amor, a primeira paixão adolescente. O pior dia da minha vida foi quando meu pai nos pegou no flagra, pois a filha de Fernandinho Maresia não namorava ou se separava, era casamento, sim ou sim. Naquele momento eu aprendi uma lição que eu levaria para vida. Para o meu pai eu era só uma mulher, algo que para ele era uma dor de cabeça constante. E por último não menos importante, só sairia daquela situação morrendo ou ficando viúva. Não tive escolha, meu pai mandou e eu obedeci como uma boa filha. Me casei aos 16, assim que o advogado disse que podia com a assinatura do velho, confesso que os primeiros anos não foram ruins, eu aprendi como tudo funcionava com a desculpa de ajudar o marido que era burro como uma porta. Ele gostava do status de ser o genro de um homem poderoso como meu pai e eu da liberdade de aprender coisas que eu sempre quis fazer e nunca pude, lutar e atirar, por exemplo. Eu tomei cuidado para não engravidar, principalmente depois que eu descobrir que o i****a comia qualquer ser vivo que passava à sua frente, no movimento e nos bailes ele era conhecido como o malvadão. O trágico, ou melhor, eu era a malvada, eu era quem fazia tudo, mas a fama era toda dele. Com meu pai preso eu organizei e aumentei nosso território duas vezes, conseguiu fornecedores de outros países, abri novas parcerias bem lucrativas, o que ele fez? Nada a não ser encher a minha casa com putas e drogas. Mesmo eu contando tudo isso ao meu pai ele sempre respondia, você precisa de um homem, um cara forte que fique ao seu lado e cuide de você. Cuidar de mim? A única coisa que aquele i*****l cuida é do seu próprio p.au Gente, vocês acreditam que o orgasmo que já tive na vida eu tive sozinha, nem para brincar com meu grel.o aquele F.DP servia. Essa situação se arrastou por anos até que mais resumindo não podemos confundir fogo no r**o aos 16 anos com amor, aquele homem nunca me amou ou me respeitou para isso. Um belo dia volto para casa da faculdade mais cedo e vejo roupas espalhadas pela casa. Ele havia trazido outra p*****a para minha casa, mas dessa vez ele estava no meu quarto na minha cama e a vagabunda não era ninguém mais ninguém menos que minha irmã mais nova. Aí fud.eu quando eu vi que já tinha dado dois tiros em cada um. C.B. meu guarda-costas entrou correndo no quarto e viu toda confusão. Mesmo sendo filha de quem sou se os homens descobrissem que eu matei o meu marido eu ia para vala, até porque para todo mundo ele era o chefe. Então C.B. teve uma grande ideia, jogaríamos os corpos no poço do quintal e cobrirmos com cimento, a parte de baixo da casa estava em obras e ninguém ia reparar. Minha casa fica no lugar mais alto e dentro do mato, então foi tranquilo. E assim foi feito, dei folga para os pedreiros e depois de 12 horas tínhamos um poço cheio de cimento, um marido i****a e uma traidora. O que eu contei para o povo? Simples, ele já era um dos homens mais procurados do RJ. Com uma recompensa gigante em suas costas William Lucas da Costa, vulgo W.L O malvadão simplesmente desapareceu. Quer dizer, desapareceu para o mundo, mas continua comandando tudo por intermédio de mim. Mas meu pai está cada dia mais desconfiado, ele quer falar com o monte de bosta de qualquer jeito. Sem falar dos aliados dele que ficam me pressionando pedindo notícias e eu não sei mais o que inventar. Por isso assim que sai de Bangu do presídio vim direto para esse hotel. Lutei muito para chegar até aqui, e não vou deixar um homem tirar minha coroa, nunca gostei das princesas Disney, as rainhas más sempre foram mais atraentes a mim. Eu preciso me manter no poder c*****o, mas como? **"* W.L — Wesley Lucas O Tinder, lugarzinho bom para pegar mulher, na verdade, era, nos dias de um cara duro, fodido e ferrado como eu pode se dar bem em qualquer lugar principalmente no coração daquelas mulheres que quando eu era moleque só via nas revistas Playboy. Hoje mesmo, comi uma loira tão gostosa mais tão gostosa, ainda por cima ela pagou o motel cinco estrelas, como eu consegui isso? Mentindo, minta como se sua mulher tivesse te pego comendo a vizinha. É bom, mas eu ando tomando prejuízo, eu posso alegar para mina que o banco cancelou meu cartão, mas não tem como o que eu alego por não ter 50 paus para pagar a cerveja do barzinho? Então tenho que arrumar um jeito mais barato de ter meus lances, então meu P.V. Paulo Victor teve uma ideia mirabolante. Como meu radar anda sempre ligado, notei um novo fenômeno entre as mulheres, as Maria Tornozeleira. Existe a Maria chuteira: mulher que gosta de jogador de futebol. Existe a Maria palheta: aquela que ama um guitarrista. E a Maria tornozeleira: mulheres que amam o perigo e estão sempre tentando arranjar um malvado nos bailes. Por volta da meia-noite, eu e o P.V adentramos no baile da CDD na Zona Oeste, engraçado que assim que descemos do Uber, sim vou de Uber para chegar causando. O povo todo olhou para mim, como se eu fosse um fantasma, ou melhor, uma divindade. E o mais surpreendente, geral me conhecia, eu por minha vez não me fiz de rogado e fui aceitando tudo, o camarote, a mulher no meu colo, o uísque, o cigarrinho do cap.eta, uma pistola carregada, aceitei tudo de bom grado, fui até aplaudido de pé quando fo.di a mina ali mesmo no camarote em cima de uma mesa de plástico. Ou eu seria o melhor dos malandros, ou o pior dos otários. O que eu sei que em menos de duas horas eu havia virado o rei do lugar sem saber nem mesmo o porquê, tres coisas eu sabia, um eu parecia com o tal W.L. que eles estavam falando, dois eles atribuíram sumiço dele a estar preso e três, o cara era um sortudo do c*****o porque depois da loira comi mais duas loiras. Saio do baile, volto para casa determinado a nunca mais voltar aquele lugar. Foi bom, foi ótimo ser tratado como rei, pela primeira vez na vida eu não abaixei a cabeça, abaixaram a cabeça para mim. Eu prometi nunca mais voltar naquele lugar, eu sabia que era perigoso, sabia que aquilo iria me afundar ou o pior me matar. Mas viver como um rei… Quem não ia gostar? Mulheres, dinheiro, fumo do bom e o melhor o olhar de admiração de todos em cima de mim. Vou para casa levando o pão, a mãe já estava passando o café, conversamos e rimos das bobeiras que ela assistiu na tv. Me deito um pouco e durmo toda a tarde, no dia seguinte às quatro estou de pé. Mas aquele lugar não sai da minha cabeça, e se eu fosse só uma vez? O que pode dar errado, não é?
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