Naomi caminhava de um lado para o outro no quarto, seus dedos entrelaçados e torcidos como se tentasse espremer a ansiedade de suas veias. O vestido simples que usava — um vestido caro, porem simples para ficar em casa — balançava com cada passo rápido. Seus olhos, verdes como ervas venenosas, cintilavam de incerteza.
Baal estava sentado em uma poltrona de couro, reclinado com a postura relaxada de quem observa um espetáculo. Seus olhos escuros seguiam cada movimento dela, um sorriso irônico brincando em seus lábios.
— Você vai cavar um buraco no chão se continuar assim, minha bruxinha — disse ele, brincando, mas com um tom de deboche.
Naomi parou, fitando-o com raiva:
— Não sou uma bruxa, muito menos sua bruxinha.
Baal riu, um som profundo e rouco que ecoou pelas paredes de pedra:
—
