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Pulga girava a latinha vazia com o pé. Gargalo, encostado no parapeito, acendia o terceiro cigarro. Faísca olhava pro céu, meio distante. Neguim foi quem puxou o assunto.
— “E o Júlio, hein…”
Todo mundo ficou quieto.
— “Tá daquele jeito ainda?” — perguntou Faísca.
Suspirei. Joguei o cigarro fora e encarei o chão como se a resposta tivesse cravada nas telhas.
— “Esse aí é outro que tá dando dor de cabeça desde que nosso pai morreu. Oito anos… e ele ainda não superou.”
— “Tu também não voltou, Murilo.” — disse Neguim, calmo. — “Só virou outra coisa.”
— “Mas eu fui pra guerra.” — rebati. — “Ele ficou tentando achar saída em garrafa, em racha de moto, em rolê errado.”
Gargalo bufou.
— “Já me passaram fita da polícia. Diz que ele vive se metendo em confusão. Todo mundo sabe que é
