Alessandro Ferraz Montemor
O dia foi longo.
Furtos, relatórios, mais uma ligação da minha empresa querendo puxar minha atenção pra uma crise na Europa.
Mas nada disso importava.
O que importava era ela.
Dirigi mais rápido do que devia.
Entrei em casa e fechei a porta devagar.
Silêncio.
Mas era um silêncio… errado.
Encontrei Nadja primeiro.
Sentada na poltrona da sala, com um olhar de quem já tinha visto demais pra uma manhã.
Ela se levantou.
— Ela tá lá em cima. No quarto.
— O que aconteceu?
Nadja hesitou.
— Ele ligou, Alessandro.
Meu sangue gelou.
— Ele quem?
— Gustavo.
Meus punhos se fecharam.
— O que ele disse?
— Eu acho que é melhor você ouvir dela.
Subi as escadas em dois pulos.
Abri a porta devagar.
Ela tava de costas, sentada na cama, com os ombros curvados e
