Quase Sem Querer

Castiel Watson era um cara super descolado e gato, ao contrário de Katherine Bathory, a gata borralheira, uma menina esquisita e nerd de carteirinha. Eles viviam em mundos completamente diferentes, mas estudavam na mesma escola há três anos.  Castiel vivia sempre rodeado de gente estranha que ele fingia conhecer. Katherine não era uma pessoa de muitos amigos, uma das pessoas que era realmente sua amiga, era Miley Watson, uma irmã mais nova de Castiel. Porém, eles nunca foram de se falar, na verdade, eles m*l se cumprimentavam e ele tinha uma namorada que parecia ter um ódio natural por qualquer garota que estivesse próxima com ele. Katherine era a caçula de três irmãos: Nicolas, o mais velho, que estava trabalhando em Washington; Damon, que estava viajando o mundo; e Anelise estava cursando faculdade na Carolina do Norte. Katherine morava no norte do Missouri, em uma cidadezinha do interior, na casa da cidade que seus avós tinham, já que sua mãe - Wise - era correspondente internacional e costumava viajar muito e seu pai - Ettore - havia morrido quando ela ainda era pequena.  Enfim, a vida de Katherine Bathory não era fácil, entediante e monótona. O que ela não sabia é que sua vida estava prestes a mudar.  Tudo começou tediosa segunda-feira de Setembro.  Katherine se pegou às 06h30 da manhã e foi se arrumar para ir à escola. Morar sozinha em uma casa não era nenhum um pouco vantajoso para ela, já que ela tinha que realizar todas as tarefas domésticas e ainda ter tempo para estudar.  Ela tomou uma boa chuveirada para acordar e se vestiu com uma de suas roupas largas e sem cor que costumava usar. Calçou os All Stars surrados de sempre e foi para a cozinha preparar seu café da manhã. Na pia ainda existe louça do seu jantar da noite passada. Katherine preparou um café e fez ovos mexidos para comer com torrada. Ainda com fome, ela comeu uma banana amassada com aveia. Resolveu lavar os pratos para que a loiça não acumulasse.  Depois de tudo estar perfeitamente arrumado, ela escovou os dentes, pegou a mochila e se apressou para a escola.  Katherine não era uma menina f**a, ela era linda, mas não se importava em estar sempre arrumada. Tinha cabelos castanhos avermelhados e olhos verdes-esmeralda. Sempre dizia: nem tudo é o que aparenta ser . Era uma menina pessimista, sem muitas expectativas para o futuro. Ela só queria finalizar a d***a do ensino médio, realizar seu sonho de ser bailarina e ir embora la cidadezinha chata.   - Katherine!  Katherine voltou na direção da voz de Miley que vinha em disparada atrás dela.   - Bom dia Mi - ela falou desanimada.    - Você está sabendo da novidade? - Miley estava eufórica.  Os olhos azuis da garota brilhavam com fascínio e satisfação. Miley jogou os cabelos escuros para traz e arrumou os livros no braço.   - Há algo que eu deveria sabre? - Katherine comentou.    - Meu irmão chutou aquela vaca da Helena! Dá pra acreditar? - Miley falou empolgada.   - E o que eu tenho com isso? - Ela retrucou.    - Ah, Gato, isso é uma notícia boa! Mesmo que não diga a respeito de você, isso é milagre e merece ser comemorado. - Miley tentava convencer à amiga, porém sem sucesso. - Enfim, vai rolar uma festona lá em casa hoje, mamãe viajou e só volta no final de semana.  Katherine balançou a cabeça e soltou uma risada.    - Quero ver você arrumar a bagunça depois. - disse.   - E você vai me ajudar, é claro - Miley falou. - Mas sim, quero você lá.  Katherine riu. - Você está maluca? Eu não frequento esses tipos de eventos - ela falou com certo orgulho.  - Nem vem com essa que você sempre vai para as festas da Camilly. A garota de cabelos vermelhos ficou corada e deu de ombros. - Não vai rolar, ok?  Miley bufou e antecipou seus passos para não perder a primeira aula. - A gente se vê no intervalo, mas pensa bem - Miley se despediu com um aceno. ***** Katherine já havia se sentida deslocada muitas vezes em diversos lugares, mas não tanto como naquele momento. Tudo bem que a festa era da sua melhor amiga, mas, honestamente, ela só queria ir para casa assistir a uma maratona de séries na CW. E havia Castiel Watson, quem estava muito gato, como de costume. Ela ficou um tempo com Miley, mas logo a garota foi socializar com as outras pessoas que pareciam mais reveladas na festa. Katherine estava completamente sozinha, nenhuma das suas outras amigas necessárias comparecido. Felizmente, conhecia bem a casa, lembrou-se de que havia um balanço nos fundos da casa e se encaminhou para lá. Surpreendentemente, o lugar estava vazio, o que era bom. Katherine pegou seu celular e os fones de ouvido e resolveu ouvir suas músicas de indie-rock. Ela sentou-se em um dos balanços e ficou em seu mundo de músicas estranhas. Ela olhou para o céu e só pensar em como seria maravilhoso conhecer todas as estrelas. Seus pensamentos fluíram para uma imensa vontade que ela tinha de ir embora de Horkland, para isso ela teria que ser muito boa no que fazer. Não apenas o balé, mas suas notas no ensino médio são fundamentais para decidir seu futuro. Katherine notou uma silhueta aparecendo na porta, contudo, o que realmente lhe proporcionou a surpresa foi o fato de ser Castiel. Meio espantada, ela tirou os fones quando notou que ele estava falando com ela. - Desculpe, eu estava com fones - ela falou meio constrangida. - Tudo bem. Você é Katherine, certo? - Sim - ela estava assustada por ele saber seu nome. - Essa festa tá um saco, não é mesmo? - ele sentou-se no balanço ao lado dela. Ele estava mesmo puxando o assunto? Respira fundo, garota! Katherine fez uma nota mental e arrumou a postura. - Se você que é o anfitrião da festa acha, quem sou eu para discordar. Castiel deu de ombros. - Por que está isolado aqui? Não deverias estar com Miley? - ele indagou. - Eu não gosto de festas, Miley me forçou a vir. - Entendi. Ele tirou uma carteira de cigarros do bolso. - Você fuma? - ele perguntou-lhe. Katherine negou com a cabeça. - Não. Fumar não faz bem pra saúde e pode desenvolver diversos tipos de complicações futuras - ela ponderou com seriedade e um pouco de desapontamento. Castiel soltou uma risada e acendeu o cigarro, puxando um trago logo em seguida. - Então, que tipo de música você curte? - ele apontou para seus fones - Indie, rock clássico. - ela falou. Este estava sendo o diálogo mais longo que já teve.