Ava atravessou os portões da casa do bando. A brisa carregava consigo o cheiro das árvores molhadas pela neblina e da terra antiga que sustentava aquele território. Ela havia retornado. Não apenas fisicamente, mas mentalmente também. Após ter visto aquele homem na fronteira, e sentido a constante sensação de estar sendo vigiada, sua mente finalmente encontrou uma clareza que ela não tinha há muito tempo. Agora ela sabia: precisava deixar de lado os sentimentos conflitantes que teimavam em se enroscar como cipós ao redor do seu peito toda vez que o nome de Gael rondava seus pensamentos. Não podia mais se permitir fraquejar por algo que só a arrastaria para dentro de um abismo. Não quando tantos mistérios ainda pairavam sobre sua vida como nuvens densas antes da tempestade. Ava respirou fu

