A noite estava pesada, envolta por nuvens densas que escondiam a lua como um segredo bem guardado. A floresta parecia sussurrar antigos presságios, e Lisa corria, sentindo-se livre, mas ao mesmo tempo estranhamente inquieta. Suas corridas noturnas eram um hábito recente, algo que fazia para esvaziar a mente e aliviar a tensão que crescia dentro de si como uma fera enjaulada. Mas naquela noite, algo estava diferente. Quando ela se aproximava da orla da floresta, onde as sombras se alongavam como dedos esqueléticos, um som inesperado fez seu corpo inteiro congelar. Era sutil, um farfalhar entre as folhas, rápido demais para ser o vento, pesado demais para um animal pequeno. Seu coração acelerou em seu peito, batendo forte contra as costelas como se quisesse fugir sozinho dali. Então ela vi

