Gael rolava de um lado para o outro na cama, os lençóis amassados refletindo a inquietação que consumia cada célula de seu corpo. Seus olhos, fixos no teto, não viam nada além do reflexo do vermelho que havia queimado nas íris de Ava. Aquilo não era fruto da sua imaginação. A força com que ela o arremessara contra a porta não era natural. Uma ômega nunca teria força para lançar um alfa supremo como ele daquele jeito. Vulcano, seu lobo, rugia por dentro, agitado, perturbado. E não era apenas pela vergonha de ser derrubado por uma suposta ômega. Era pelo sentimento estranho e penetrante de perda. De rejeição. De culpa. "Você viu os olhos dela... o poder", murmurava Vulcano, como se tentasse processar o que haviam presenciado juntos. E havia Lisa. Gael se levantou da cama, sem camisa, os m

