"Vamos correr."
A voz de Fúria sussurrou na mente de Ava, carregada de ânsia e impaciência.
"Estou faminta. Pelo menos posso caçar e nos alimentar em minha forma lupina."
Ava permaneceu sentada no colchão fino e desconfortável do porão, sentindo o corpo fraco e a cabeça latejando pela falta de comida.
Fúria não parava de inquietá-la, e, para piorar, seu próprio estômago roncava em concordância com a loba.
"Eu não quero comer carne crua." A resposta de Ava foi seca, mas, no fundo, ela entendia o ponto de Fúria. Se sua loba estivesse no controle, poderia caçar, se alimentar e recuperar um pouco de energia.
Mas então, seu pensamento se voltou para Gael.
"Gael pode nos sentir."
A risada de Fúria foi instantânea.
Não um riso comum, mas um som carregado de desafio e sarcasmo.
"E daí? D
