O amanhecer filtrava-se pelas frestas das cortinas pesadas, invadindo o quarto com uma luz dourada e suave. O sol tocava os corpos entrelaçados sobre os lençóis amarrotados, aquecendo a pele nua e marcada de Ava e Gael. Lá fora, a floresta despertava com sons discretos: o farfalhar das folhas, o chamado distante de um pássaro, mas dentro daquele quarto, o tempo parecia suspenso, como se o mundo lá fora não tivesse importância. Gael foi o primeiro a abrir os olhos. Estava deitado de lado, com um braço possessivamente enroscado na cintura de Ava, mantendo-a colada ao peito largo. O calor do corpo dela, a respiração lenta e profunda, o aroma natural que misturava mato, pele e desejo... tudo nele despertava o instinto de alfa. Sua loba, sua fêmea. Sua. Ele apertou um pouco mais o abraço, apr

