O quarto ainda estava silencioso, inundado pela luz suave da manhã que atravessava a janela parcialmente aberta, trazendo consigo o aroma fresco das árvores do bosque ao redor da casa. Gael ajustava a camisa, os músculos das costas se movendo sob o tecido, enquanto Ava, enrolada na toalha, procurava uma blusa na gaveta. A cumplicidade silenciosa dos últimos dias parecia ter mudado algo entre eles, mas ambos evitavam nomear aquela transformação. Quando Ava passou ao lado dele, Gael segurou suavemente seu pulso, fazendo com que ela parasse. Em sua outra mão, estendeu um pequeno envelope branco. “Abre.” Sua voz grave soou mais baixa do que o habitual. Ava arqueou uma sobrancelha, desconfiada, e puxou o envelope, rasgando a aba com um movimento rápido. Dentro, encontrou um cartão bancário,

