O sol já havia descido além das copas densas da floresta, tingindo de laranja o céu que se estendia sobre os limites do território dos Furiosos da Noite. Era ali, na fronteira que separava o conhecido do temido, que Fergus caminhava em silêncio, com os passos pesados marcando o chão úmido e musgoso da floresta encantada.
Atrás dele, Maelis permanecia imóvel. Ela observava o alfa com o olhar sereno, sem ousar segui-lo. Sabia que Fergus precisava de solidão — não a do abandono, mas a do peso que apenas um líder carregava. Maelis o conhecia bem demais para insistir em sua companhia naquele momento. O silêncio entre eles era um pacto antigo, construído ao longo de décadas de convivência. E quando Fergus desapareceu entre os troncos espessos das árvores, ela apenas virou as costas e voltou par
