Ava corria pela floresta como se fugisse de um pesadelo que se recusava a deixá-la escapar. Cada passo era impulsionado por pura emoção crua: dor, rejeição, fúria. Ela se recusava a se transformar ali, tão perto da escola. Sabia que se desse lugar à loba dentro de si, seu cheiro se intensificaria e Gael, com certeza, a encontraria. Mas não. Não depois do que ele fizera. Não depois de ele ter lhe dito para ficar com o humano, como se ela fosse apenas uma qualquer, como se seu toque, seu gosto, sua presença não tivessem incendiado os instintos dele tanto quanto haviam incendiado os dela. Suas pernas ameaçavam fraquejar, seus pulmões queimavam como se estivessem prestes a explodir, implorando por ar. Mas ela continuava. A dor física era apenas um eco distante da dor que rasgava seu peito por

