O silêncio entre Vítor e Heron não era desconfortável, mas sim denso, cheio de camadas não ditas. Sentados no banco de madeira desgastado que ficava ao lado da entrada da casa, ambos contemplavam a madrugada que se esvaía lentamente. O céu começava a clarear com tons azulados, denunciando que logo o dia nasceria. Vítor quebrou o silêncio com a voz rouca, mas firme.
"Bem… eu só queria dizer para não se deixar ficar amargurado. Só isso." Seus olhos cansados se desviaram para Heron. "Isso pode acabar com um lobo. E, goste você ou não… eu quero que a Tiana seja feliz. Ela realmente é uma boa loba."
Heron o encarou por um instante. O antigo alfa era duro, mas não injusto. O reconhecimento em suas palavras fez Heron apenas assentir, sem a necessidade de retribuir com palavras. Aquilo já era ma
